Perversa

15. Hey, Brother

SEM REVISÃO

oi mores, vcs estavam certos, me apaixonei e me ferrei jsjsjsjsjs

tá todo mundo caindo pra cima do Robinzinho.

espero q gostem do cap, bjs, amo vcs

***

Camila caminhava preguiçosamente até um dos bancos de cimento do campus após sua última aula, Lauren e o acontecimento de mais cedo em sua mente.

Afinal, quem era aquela mulher? E por que ela estava tão irritada consigo apenas por ter Lauren? Bom, não que de fato ela tenha Lauren e não que isso a agrade. Mas era, por mais que não dissesse em voz alta, no mínimo reconfortante ver a garota de olhos verdes defendê-la daquela forma. Camila sentia-se muito bem, seu ego revigorado.

Soltou um longo suspiro quando enfim sentou-se, jogando sua bolsa ao lado esquerdo do banco, fechando os olhos com a sensação maravilhosa que era saber que não tinha mais aulas aquele dia. Tudo estava nos conformes até aquela voz irritante surgir e ela arregalar seus castanhos surpresa.

— Maninha! — droga, droga, droga.

Com um semblante de poucos amigos, Camila olhou para o lado, encontrando uma figura muito conhecida em seu típico terno vinho e gravata preta. Ele sorria com seus dentes brancos e perfeitos e seus olhos azuis cintilavam com a pouca luz que escapava do sol por entre as nuvens carregadas daquele dia.

— Que porra você está fazendo aqui? — ela perguntou de maneira rude, e ele apenas se sentou ao seu lado calmamente.

— Vim te desejar feliz aniversário! — respondeu alegre, passando o braço pelo banco, ao redor de Camila.

— Meu aniversário foi a semanas. — contou como se fosse óbvio, querendo espancar aquela cara de quem sabia o que estava fazendo dele.

— Eu sei, linda. Mas eu não pude vir, infelizmente.

— Eu não te convidei. — Camila se gabou.

— Porém, — ergueu o indicador no ar, tirando do bolso uma caixinha quadriculada do tamanho de sua palma e ignorando as falas da outra. — eu te trouxe algo para compensar a minha falta de compromisso.

Muito desconfiada, Cabello pegou a caixinha em mãos, que era achatada e totalmente preta. Abriu sem muita pressa e encontrou um colar de ouro e diamantes.

Ela o olhou, suas pálpebras cerradas.

— Esse é o melhor presente que você já me deu. — confessou. Todo ano ele a presenteava, às vezes cedo demais, as vezes tarde demais, mas ele sempre dava-lhe algo para lembrá-la de que ele se importava com ela. Camila sempre desprezou seu amor fraterno mas ele nunca a desprezou por não gostar dele. — De ursos, roupas de grife, e flores e chocolate para um colar que aparentemente vale uma fortuna. Por que essa mudança de repente?

Ele a encarou sorrindo sem mostrar os dentes, suas covinhas presentes em suas bochechas.

— Você fez 21 anos. Ursos não seriam legais, seu closet já é cheio demais, flores te dão alergia e você está de dieta e não come chocolates. — ele disse. — Esses são bons motivos, mas não é apenas isso. — então seus olhos voaram para frente, e apenas ela o encarava agora. — Eu sei que você, por mais que não diga em voz alta, ficou chateada que ele não veio de novo. Que ele não veio pela vigésima primeira vez para o seu aniversário. — o maxilar de Camila trincou e ela soltou uma lufada de ar, então ele continuou. — Mas eu não sou ele, e eu estou aqui. Eu quero te provar isso, sempre, porque eu sou o seu irmão mais velho por mais que, para você, isso não seja verdade. Resolvi te trazer algo que brilhe tanto quanto você. — os grandes olhos azuis observaram a latina. — Bruce não é perfeito, ele fez coisas ruins a vida toda e eu sei que isso te machuca como o inferno, mas me machuca também. Estamos no mesmo barco desde crianças e eu odeio vê-lo nos tornar tão indestrutíveis mesmo sabendo que somos destruídos por dentro.