7-A entrada

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A Katy teve de usar um casaco com um carapuço e óculos de sol, porque ia ser complicado se alguém percebesse. Fomos a pé para uma mercearia ali perto e o sol estava quente. Finalmente chegamos e quando íamos a entrar encontrei a Marry e a Sarah.

-Olá! O que é que fazes aqui?- cumprimentaram-nos, claro.

-Olá!- e demos dois beijinhos.

-Olá Pedro, como estás?- perguntou-lhe a Marry. Ele respondeu que sim.

-Vim fazer umas comprinhas para a casa. Tens visto as notícias? Eu estou assustada!

-Eu também e por isso é que vim aqui comprar alguma coisa. Quem é?- apontando para a Katy.

-É a filha de uma amiga da minha mãe, pediu para eu ficar com ela e eu não recusei. Chama-se… Elizabeth.

-Ahh. Prazer, então. Bem, nós temos de ir embora. Beijinhos.

-Xau.

Aff, só me faltava esta agora. Começamos a ir buscar umas latas de atum, sardinhas e algumas comidas rápidas de fazer. Distraímo-nos um bocadinho nas horas, mas foi divertido. Fomos pagar e levámos bananas, maçãs, pêssego, ananás, água, bolachas, chocolate, papel higiénico e de cozinha, massa, arroz, carne, mais peixe e mais algumas coisas. Paguei 68.99€. Puxa vida! Chamei a Katy para ela vir, mas ela não respondeu. Voltei a chamar e voltei a não ouvir nada. O Pedro foi ver se ela estava ali, mas não. Estávamos super preocupados. Com tudo isto que anda a acontecer, fomos pousar as coisas a casa e depois procurámos a Katy até à exaustão. Ela não poderia estar muito longe, ela não conhece a zona. Já era de noite e estava a ficar muito escuro e decidimos ir para casa. Quando chegamos lá estava ela.

-Katy! O que é que te passou pela cabeça? Estás tola?

-O que é que foi? *****! Saio um bocadinho da vossa beira e vocês agem como se eu me tivesse perdido. Mãe do céu!- ela estava com os olhos vermelhos. Assustei-me com a reação dela. Eu sei que estava a passar por um mau bocado, mas tudo se resolve. Se não morrer entretanto. Cruzes.

-Vai tomar um banho! Não sei porque é que estás assim, não vejo o que é que eu te fiz, mas ok. Hoje dormes aí na sala. Tenho direito à minha caminha e já que não queres saber, ótimo!

O Pedro deu-me um abraço e eu pedi-lhe que ele ficasse comigo, mas ele recusou porque tinha de estar com a sua mãe agora, neste momento complicado. Não insisti, porque também estava preocupada com a minha família. Dei-lhe um beijo de despedida e levei-o à porta. A Katy entretanto entrou no meu quarto, para se vestir. Fui arrumar a cozinha, que ainda estava uma completa desarrumação desde o pequeno-almoço e agora ainda tinha mais coisas para fazer. Finalmente acabei e já eram quase onze horas da noite. Fui tomar um banho rápido. Estava muito preocupada com a minha família que estava em Milão e eu aqui, em Portugal. Estávamos tão longe! Não consegui deixar de pensar que eles podiam estar em perigo de vida, porque as notícias já deram há algum tempo e não me ligaram. Estes pensamentos não me saiam da cabeça e eu não sabia o que fazer. Não sei quanto tempo fiquei no banho, só sei que não foi pouco tempo, mas saí. Sequei-me e liguei o meu computador. Vesti o meu pijama com gatinhos e decidi ligar aos meus pais. Ninguém atendeu. Agora estava mesmo preocupada. E se eles não voltassem? O que é que eu ia fazer? Ai não aguentei e mandei uma mensagem ao Pedro: “Liguei aos meus pais. Eles não atendem. Não aguento muito mais. Estou muito preocupada. Amanhã de manhã passa por aqui, por favor. Adoro-te <3”. Ele não respondeu.

Fui para  o meu computador dar uma vista de olhos pelo meu facebook e twitter. Toda a gente contra a Katy, achei melhor nem lhe dizer nada. Ela ia ficar pior e ia sobrar para mim, eu já estava a imaginar a história. Desliguei o PC e fui dormir. Passado pouco tempo desliguei-me.

Uma vida com Katy PerryOnde histórias criam vida. Descubra agora