18-Desaparecida

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*Maria*

Acabamos o serviço e veio logo a correr a uma senhora com os braços abraços.

-Muito obrigada! Muito obrigada! Muito obrigada! Por favor, entrem! Temos comida, vocês devem estar esfomeados! Coitadinhos! E todos sujos! Ai meu Deus! Por favor entrem!- Gritava a mulher .

Começou a empurrar-nos todos lá para dentro. Quando entramos aquilo estava péssimo! Tudo sujo, cheio de molhos no chão, massas, saladas, todo o tipo de comida que se possa imaginar. O problema é "Onde é que eu vou pôr os pés?".

-Desculpem a bagunça. Tivemos alguns problemas nestes úlimos dias. Por causa... vocês sabem... dos zumbis...- Parecia incomodada ao dizer esta última frase. Mas nós todos mantinhamo-nos calados. Não abríamos a boca.-  Dyson!!!! Anda cá temos visitas!

Chegou um homem alto, loiro, de barba e com uma criança no colo.

-Este é o meu marido.- E levantando-se começou a falar para ele- Querido, não te importas de fazer alguma coisa para estes jovens comerem, por favor? Eles mataram os zumbis lá fora. Eles salváram a nossa filha. 

-Sim, tudo bem. O que é que vocês querem comer?

-Pizza.- Disse rapidinho o John. Dei-lhe uma cotovelada e ele imendou logo.- Quer dizer... o que tiverem... o que lhes der jeito.- O senhor afirmou com a cabeça e saiu dali.

-Então, digam-me lá, o que vocês fazem pelas ruas a estas horas, sozinhos e com estes problemas tão perigosos?

-Hmm, é que, aqui a nossa amiga Katy, acha que sabe que pode parar isto, e então temos de chegar a Nova Iorque, o mais rápido que conseguir-mos.- Disse a Erika.

-Katy? Katy? Katy... Perry? És mesmo tu?- E ela disse que sim com a cabeça. A senhora começou a chorar.- Nunca pensei conhecer a Katy Perry!

-E eu nunca pensei conhece-la! Mas agora, como se chama? Ainda não sabemos o seu nome.

-Stephanie. Mas podem-mse chamar Steph. É mais fácil, e todos me chamam assim.

-Então... Steph... como vai o negócio aqui?- Disse a Buh enquanto limpava o pó de umas prateleiras com os dedos.

-Oh minha filha, nem muito. Sabes que esta já foi um dos restaurantes mais visitados por turistas e até mesmo pelas pessoas desta cidade, mas depois começou a abrir muitos restaurantes  parecidos com estes e quase deixamos de ter clientes. Agora, a situação piorou com estes ataques frequentes que temos tido. É dificil  cuidar de tudo. 

O sr. Dyson chegou com a comida e nós começamos a comer. Afinal, ele tinha arranjado mesmo pizza. Coitado. Quando acabámos de comer, eu comecei a falar.

-Bem, eu quero agradecer aos dois por toda a hospitalidade, mas nós temos de continuar o nosso caminho. Nós viemos para aqui porque o senhor August Duncan nos trouxe. Ele disse para nós virmos aqui pedir comida... para levar. Mas vocês já foram tão bons connosco hoje, a dar-nos esta comida toda, que eu não sou capaz de pedir mais para levar. Por isso, nós vamos indo embora, pode ser?- Começamo-nos a levantar da mesa e sair.- Adeus! Obrigada!

-Mas... esperem!- E saímos.

Começamos a andar em frente. As ruas estavam praticamente vazias. Podíamos perfeitamente andar no meio da estrada, que não havia problema nenhum.

-Então, Katy? Qual é o percurso agora?- Perguntou o Pedro.

-Próxima paragem: Taco Bell. Daqui a 1,6 Km. Dezanove minutos. Aguentam vocês?

-Claro! Fogo! Não é muito!- Disse o Richard.

-Ótimo! Então vamos começar. Despachar. Já são 10 am!- Disse a Katy.

Começamos o nosso caminho e eu sentia muito medo. Não sei o que vai acontecer dali para a frente. 

-Então, quantas baterias já gastaste?- Perguntei.

-Esta é a primeira, ainda. Eu estou a tentar poupa-las.- E deu um risinho fofinho.

*Buh*

Então continuamos o nosso caminho e converámos bastante o tempo que achámos que aquela 'missão' vai demorar. E que vai ser complicado ultrapassar isto tudo. 

-Pessoal, esperem só um bocadinho para eu apertar os cordões, por favor.- A sério? Ninguém ouviu? Como sempre, falo demasiado baixo e ninguém ouve! -.-'

Apertei da mesma os cordões e levantei-me. Senti umas mãos a agarrar-me, a pôr um pano na boca e a levar-me parra longe. 

-HMMMMMMMMMMMM!!! HMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!- Tentei gritar, mas o som saía muito abafado e eles já iam muito longe para conseguirem ouvir. Não acredito que isto me está a acontecer!  

Fiquei inconsciente. Não sei quanto tempo se passou. Não sei o que me vai acontecer. 

*Beatriz*

-Katy, ainda falta muito?- Perguntei.

-Mais ou menos.

-Buh, achas que... Buh? Pessoal... onde está a Buh?

-Como assim, onde está a Buh? Ela estava aqui ao nosso lado!- Disse a Maria.-Temos de a procurar! Vamos voltar para trás!- E começamos todos a procurá-la. Chegámos quase à pizaria e não encontrámos nada. 

-O que é que vamos fazer?- Disse abraçando-me ao Markus. 

-Tenham calma! Todos têm de ter calma! Mas eu tenho a certeza que vai haver alguma forma de voltarmos a encontrá-la. Temos de ter paciência!- Disse a Katy.

-Como assim, paciência?! Temos de continuar a procurar até a encontrarmos!- Gritei.

-Então, procura tu! Eu estou aqui para acabar com os zumbis e se ela desapareceu o que é que queres que faça? Eu também gostava dela! E nós vamos encontrá-la! Tenho a certeza disso, mas neste momento, temos de seguir o nosso caminho!- Respondeu-me.

-O quê? Procuro eu?!- As lágrimas caíam-me pelo rosto- Como é que és capaz de dizer isso? Ouve, eu nunca gostei de ti, agora, eu ODEIO-TE!- E quando vi ela já estava de costas, a caminhar em frente.

Não acredito que ela me possa ter feito uma coisa destas! Não é possível!

*Katy*

Como é que ela e atreve a falar assim comigo? Quer dizer, eu estou aqui para ajudar toda a gente, mas a única coisa que ela faz é reclamar comigo! A culpa é minha da melhor amiga dela ter desaparecido? Eu também perdi a minha irmã! A Maria também perdeu a sua irmã! Todos nós viemos para aqui e aceitamos fazer isto, por isso cada um tem de saber cuidar de si! 

Mas já me comecei a acalmar e já eram quase 11 horas. E é assim que se perde tempo. Mas agora já me começo a contentar com o cheirinho do Taco Bell. Yami! Já falta muito pouquinho! São só mais cinquenta metros! 

Boa! Já chegámos! Toca e entrar!

-Bom dia! Eu sou a Katy Perry e gostava de levar comida para cerca de 14 pessoas. Vou ficar aqui à espera.- Virei costas e sentei-me numa mesa. Fiquei ali sozinha. Mas sozinha e poderosa! Esperei meia hora, ali, sentada.  Chegaram as funcionárias com a comida:

-Vai desejar mais alguma coisa?

-Sim, por favor, duas garrafas de água grandes. 

Foi rapidinho.

-Se não se importa, eu tenho de passar por casa para ir buscar o dinheiro. Venho já, pode ser?- Ela acenou com a  cabeça.

Sai de lá e guardei a comida dentro das mochilas. As garrafas de água ficaram no saco para refrigerar.

*Buh*

Quando acordei, estava dentro de uma sala, tipo uma prisão. Levantei-me a agarrei-me às grades que lá tinha.

-TIREM-ME DAQUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII! TIREM-ME DAQUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII! TIREM-ME... Daqui-i-i!- Comecei a chorar. Não sei onde estou, nem o que fiz para estar aqui. Não sei o que se está a passar. Não faço a menor das ideias!

Uma vida com Katy PerryOnde histórias criam vida. Descubra agora