Uma vida com Katy Perry

19-Resgatada

*Buh*

-Então, menina queres comer?- Disse um homem que estava a chegar depois de eu tanto gritar.

-Onde é que eu estou? Quem és tu? Como é que eu vim parar aqui?

-Tantas perguntas para uma rapariga tão nova. Mas eu fiz uma outra pergunta antes de ti: queres  comer ou não?

-Isto é à base do que eu quero?-Insisti um bocado com ele. Ele virou costas.

-Se não queres, o problema é teu. Adeus!- *Ti-ri-ri-ri-ri-ri-ri Ti-ri-ri-ri-ri-ri*. Ele parou. "Sim, chefe? Sim ela está bem. Um pouco confusa de momento, mas vai-se habituar. Não, ainda não comeu. Recusa-se a fazê-lo. Sim, não se preocupe. Ok, minha senhora (ironia), não se preocupe.". E continuou a andar.

-Espera!- Gritei.- Eu quero! Eu quero!

-Tens de te começar a portar melhor, menina. Isto pode acabar muito mal. Toma lá a comida e vê se não te pões para aí a gritar, ouviste?

-Só mais uma coisa!

-Que é?- Não sei se devo mesmo perguntar, ele está com uma cara de chateado. Estou indecisa.- Diz lá! Tenho mais coisas para fazer!

-Hmm... Eu... Como é que eu vou à casa de banho?

-Estás a gozar comigo, só podes não é?- abanei a cabeça- Ok, chamas-me. Agora adeus!

Foi-se embora e deixou o tabuleiro em cima de uma pedra que lá tinha. Ele tinha dito "minha senhora". Tenho de contar à Katy sobre isto! Mas... e se não a voltar a ver? E a Bea, a Joh, todos eles! A minha pergunta é: Será que eles já deram pela minha falta?

*Johanna*

O que terá acontecido à Buh? Ela era a minha Buh! Isto está tudo muito confuso! E ainda passaram... quê? Três dias? Ou nem isso! Isto está a ficar mesmo perigoso! Muito perigoso!

-Vamos andando? Ainda é de dia, acho que devemos aproveitar se queremos acabar com isto!- Disse a Bea caminhando mais depressa.

-Sim, vamos lá.

*1 semana depois*

*Buh*

-Levanta-te! Vamos lá!- Disse um homem gordo, baixo e careca.

-O quê? Porquê? Onde é que me vais levar?

-Menos perguntas e mais trabalho!

-Para onde me levas?

-Nova Iorque. Não vais ficar aqui para sempre!

*Cerca de 2 meses depois*

*Buh*

Continuo aqui... sozinha... sem nada para fazer... sem forma de fugir. Vou morrer aqui! 

Ouvem-se passos.

-Então, já estás acordada? Trouxe-te o pequeno almoço!

-Não tenho fome!!

-Então não comes! 

-Espera, quero ir à casa de banho. Por favor.- Ele olhou para mim com uma cara de cansado.

-Está bem. Espera aí.- Começou a tirar a chave e a abrir a porta. Agarrou-me no braço e levou-me.

-Eu posso ir sozinha!- E consegui desprender-me.

-Se tu tentas fugir, morres aqui mesmo. Ouviste?

-Eu nunca o fiz, antes, pois não? Já tive oportunidades, não já? Então, podes confiar.

-Espero que sim.

Passamos pelo mesmo homem gordo que me levou para NYC.

-O que é que estás a fazer com a rapariga?