Uma vida com Katy Perry

9-A traição

Olá a todos que lêm! Quero só dizer que desde a última vez, já vai muito tempo que eu não público, por isso decidi que caso eu esteja um pouco adiantada em relação aos dias em que devia publicar, vou lançando mais um capítulo a meio da semana. Ok? Beijinho e obrigada por lerem :D

*Maria*

As imagens mostradas congelaram-me o corpo todo. Desta forma ficámos o tempo todo a olhar para a televisão, em noção do que se passava na realidade. Uma coisa é certa: não podíamos sair de casa, de forma alguma! Mas haveriam consequências com isto. Quando a comida acabasse. O que é que íamos fazer? Morrer à fome? Esta ideia congelava-me a alma e os meus pensamentos. Quando acordei destes pensamentos ameaçadores vi que o Pedro e a Katy já não estavam lá na cozinha e havia um barulho ensurdecedor nesta divisão com todas as pessoas a gritar, assustadas e sem saber o que fazer. Decidi procurar pela Katy. Estava à procura de um abraço reconfortante como o dela, que mais do que ninguém, era a que sofria mais. Aproximei-me do quarto dos meus pais. “Não precisas de ficar assim” dizia o Pedro enquanto a Katy chorava. “Então como é que queres que eu me sinta? De certeza que eu não vou ficar super feliz que por minha culpa, as pessoas estão todas a morrer e o mundo vai acabar! Yupi!” E com isto fiquei a pensar nas suas palavras. Será que vai ser o fim do mundo? “Shh” e sente-se um silêncio infernal que me está a matar. Decidi entrar no quarto, mesmo sem autorização, mostrando que estava a ouvir a conversa. O meu corpo congelou, o meu coração deve ter parado, porque eu só sei que me custava cada vez mais respirar.

-Maria, não é nada do que estás a pensar.- Disse o Pedro largando-se dos braços da Katy.

-Não é?- ele acenou com a cabeça para responder que não- Eu vi perfeitamente o que vocês estavam a fazer! Aí aos beijos, como se não houvesse problema! Mas há problema, há problemas!- e com isto pego numa tesoura, apontando-a para ele e aproximando-me- Os problemas são que vocês estão na MINHA casa! O problema é que tu eras o MEU namorado!

-Eu sei que sim, e eu gosto muito de ti. Muito mesmo!- ele estava com um ar muito assustado. Isto tudo passou-se tão rápido!

-E tu…- grito eu com a tesoura apontando-a para a Katy- …eu já sabia que tu estavas a dar em cima dele, mas não quis acreditar que era possível fazeres isto. Eu só pensava “Eu ajudei-a” “Ela não vai fazer nada de mal”, “Nós somos amigas”, “Ela não me vai trair”… Mas afinal, eu tentei acreditar em ti e tu saíste-me cá uma traidora!- e com isto largo a tesoura que tinha na mão e dou-lhe uma estalada.

-Espera, deixa-me explicar, por favor! Não aconteceu nada entre mim e o Pedro! Não aconteceu nada!- Ouço isto e dou-lhe outra estalada, agora com mais força. Estava cheia de raiva e queria lá saber se todos os meus amigos estavam a olhar. Entretanto sinto que alguém me agarra.

-Larga-me Pedro! Por favor larga-me! Não me toques!- Depois de tanta luta, consegui finalmente afastar-me dele e dar-lhe um murro. Sim, já nem foi estalada. Foi murro mesmo, para ele aprender que mulher também se tem de defender.- Cinco anos! Cinco anos que ficámos juntos e agora tinhas de me fazer isto! Logo agora, que o que eu só precisava era de alguém para falar?! Vai passear. Queres saber?! Vais mesmo, porque hoje à tarde, não te quero ver mais aqui! Não te quero mais na MINHA casa! Não te quero mais como MEU namorado! Não quero ter de olhar mais uma vez para a tua cara nem para a desta vagabunda! Quero os dois fora da minha casa e é hoje!

Saio daquele quarto como um furacão e empurro toda a gente que estava ali amontoada, como um touro perseguido. Vou para a casa de banho, ligo o chuveiro e entro mesmo com roupa. Precisava de desanuviar da minha raiva toda que sentia por aqueles dois me terem traído desta forma. E eles dizem que não aconteceu nada, mas por amor de Deus. Eu vi!