23- Saída

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*Maria*

-O que é isso?- Perguntou o Pedro.

-Um livro.- Limpei a capa.- Diz: Como trabalhar. Passo a passo. Que estúpido.

-Mas espera, tem a imagem de uma máquina! Tem de haver por aqui alguma máquina.-Murmurou a Katy.

-Por aqui! Venham!- Disse alto o Lezard.

Ninguém resmungou. Todos já sabiam que ele é um bruxo, não há como duvidar do que diz. Andámo quase 1,5 Km, mas chegámos a algum sitio. Estava cheio de máquinas que não sabiamos a mínima como  utilizar.

-Pessoal, o livro vem escrito à mão!- Falou o Harry, que estava a ler aquilo  durante o caminho.

-Isso quer dizer que foi alguém que o escreveu.- Louis.

-A Lorde.- Respondeu a Helen logo de seguida.

Fazia sentido, mas certezas, não temos.

-Pessoal, aqui diz que temos de encontrar um botão para desligar. Vou ler, "Para começar a controlar as criaturas, é preciso acabar com tudo o que está ligado ao pacto: Uma pessoa, uma máquina, uma espécie de criaturas e um alvo". Espera isto quer dizer que...?- Falou o Pedro.

-Isso quer dizer, que a pessoa é a Lorde, a máquina é a que está à nossa frente, a espécie de criaturas são os zumbis e o alvo sou eu.- Conclui a Katy, tremendo um bocado.

-Isso quer dizer que vamos ter de te matar?- Perguntou a Bea fazendo uma careta.

-Não pessoal! "Depois de todos estarem unidos num só e das palavras certas serem ditas, está cumprido o pacto. Para o quebrar, a pessoa e máquina devem deixar de existir. O alvo deverá sofrer alguma espécie de ferimento. Passado isso, a espécie em questão desaparecerá de vez, deixando cadáveres pelas zonas onde estiverem."

-Ok, isso é assustador!- Disse a Katy, levando as mãos à barriga.

-Diz mais alguma coisa sobre como desligar a máquina?- Perguntou Lezard.

-Não.- Negou o Pedro.      

Ninguém disse mais nada. Só observavamos tudo o que poderia ser um sinal. Passei imensas vezes pela máquina, até ver uma espécie de cabos ligados a ela. A sério, é assim tão simples desligá-la e acabar com ela? Só podem estar a gozar com a minha cara.

-Pessoal?- Puxei os fios e o barulho da máquina acabou. 

Todos se aproximaram. 

*Katy*

A Maria chamou-nos e nós fomos. A sério, já estou farta deste drama todo que acabou com a vida de muitas pessoas. 

-Maria, o que é isso?- Perguntei, baixinho, porque a minha dor de cabeça estava a rebentar-me a cabeça.

-Não sei.- Ela respondeu, com uns fios na mão.

Comecei a sentir a minha perna com alguma coisa a escorrer. Passei a mão e olhei. Ela estava vermelha. Cheia de sangue... do meu sangue! A dor intensifica-se e eu sento-me ao chão, sem ninguém reparar. Estavam todos muito ocupado a olhar os fios na mão da Maria. 

-Eu acho... que... funcionou.- Quase gaguejei com a dor que sentia. 

Desviaram os olhares para mim, mas não percebi o que aconteceu depois porque estava inconsciente.

*Pedro*

A Katy desmaiou, outra vez. 

- "Depois de todos estarem unidos num só e das palavras certas serem ditas, está cumprido o pacto. Para o quebrar, a pessoa e máquina devem deixar de existir. O alvo deverá sofrer alguma espécie de ferimento. Passado isso, a espécie em questão desaparecerá de vez, deixando cadáveres pelas zonas onde estiverem."- Voltei a dizer.

-Não é por nada, mas eu acho que vou concordar com a Katy.- A Maria disse e o Markus pegou na Katy ao colo e saímos daquela "gruta". 

-Não podes fazer nada para ajudá-la?- Perguntei ao Lezard.

Ele simplesmente abanou a cabeça e manteve-se em silêncio. Andámos às voltas pelas paredes do esgoto, perdidos.

-Alguém sabe por onde é que temos de ir? Ou nós estamos... perdido?- Perguntou a Erika, a medo. 

-Nós estamos perdidos.- Respondeu a Helen muito rapidamente, sem dar tempo para eu pensar sequer na resposta. Mas era verdade, nós estávamos realmente perdidos.

-Eu posso ajudar-vos nisso, mas eu estou a ficar fraco.-Olhámo-lo confusos.- Eu explico. Para eu poder fazer magia à vontade, tenho de comer, pelo menos, uma vez por semana, uma espécie de cogumelos que só se encontram aqui em Nova York. 

-E o que é que acontece se não comeres isso?- Adiantou-se a Maria.

-Se eu não comer esses cogumelos e praticar magia, há grandes possibilidades de eu morrer. Mas eu nunca experimentei, como é óbvio.

Várias pessoas suspiraram, assim como eu, sem saber o que dizer, o que fazer, ou para onde ir.

-Pessoal, pessoal! Está aqui aquela marca de sangue onde encontrámos a Lady Gaga, antes de ela nos levar para a Lorde e bem... morrer.- Anuncio a Buh.

-De que é que estamos à espera? Vamos!- Gritei.

Dei a mão à Maria e seguimos o rasto de sangue que o Lezard tinha deixado no chão. Chegámos a uma zona que parecia perfeitamente o lugar onde a Katy desmaiou pela primeira vez.

*Katy*

Acordei no chão (outra vez) sem me lembrar do que aconteceu desde que a Maria desligou a máquina. Quando abri os olhos, estava rodeada de gente à minha volta e eu sem entender nada.

-Ai! Espaço, por favor!- Pedi enquanto tirava as costas do chão frio e duro.

-Katy, estás bem?- Perguntou a Maria, que estava ao meu lado e me fazia carícias no braço. Sorri.

-Como é que estão as coisas? Correu bem?- Tudo se formou na minha cabeça. Eu tinha de ter algum ferimento para acabar com aquela estupidez que a Lorde criou.

-Não sabemos como é que as coisas estão. Ainda não saímos desde que tu desmaiaste. A sério, estavamos preocupados contigo!- Ela disse e abraçou-me o que podia. Eu correspondi, claro.

-Há quanto tempo estou aqui?- Perguntei assim que a Maria me soltou.

-Há cerca de três horas.

-Cruzes! Ajuda-me a levantar!- O Markus deu-me a mão e fez lance para eu me pôr de pé. Sacudi-me para tirar as areias que eu tinha.- Hmm, a saída é por aqui não é?- Pergunto meia atordoada e tonta de me levantar tão rápido. Reparei que a minha perna já estava normal.- O que é que fizeram à minha perna?

-Sim, mas não sabemos se já acabou mesmo tudo. Não temos a certeza. E... nós não fizemos nada à tua perna.- Encolhi os ombros.

-Estranho... Mas não interessa, vamos lá!- Caminhei na direção da saída.

-Ela tem razão, pessoal! Vamos lá!- Gritou a Helen.

Continuei a caminhar na direção da saída. Lembro-me perfeitamente onde ficava, por isso não seria difícil. Subimos por umas pedras até conseguirmos todos estar lá fora. 

Observamos tudo à nossa volta. Poucos corpos espalhados pelo chão (poucos porque não sei se se lembram, mas NYC era a zona onde haviam menos zumbis e ataques).

-Funcionou?- Perguntei.

-Eu acho que sim.- Respondeu a Maria.

Uma vida com Katy PerryOnde histórias criam vida. Descubra agora