170 dias

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Hoje era o dia do concerto dos Hayley, também conhecido como o meu primeiro encontro com Anna.

A primeira coisa que fiz assim que abri os meus olhos para um novo dia foi: tomar um bom banho.  Infelizmente para mim, como já não havia o meu viril champô de banho, tive de lavar o meu cabelo com o produto capilar da minha mãe, especificamente para cabelos oleosos. Esfreguei todo o meu corpo com o gel com cheiro a chocolate. E no final do banho, logo após de me secar, borrifei-me todo com axe, porque adoro o cheiro e porque acredito que tenha um efeito qualquer nas mulheres. Depois besuntei o meu cabelo com aquele creme pastoso, para lhe dar um aspeto viril e sensual.

Quando saí da casa de banho, e fui para o meu quarto tapado pela toalha cor-de-rosa, fui negativamente surpreendido pela minha mãe que me farejou a cabeça e disse numa gargalhada:

- Cheiras a rosas!

- A rosas? OPAH!

- Qual é o mal amor? Estás a cheirar deliciosamente bem.

- Mãe nenhuma rapariga gosta de rapazes com cheiro a rosas!

- Nenhuma rapariga? Hmm... Está-me a querer parecer que este concerto não é apenas um simples concerto! - Disse a minha mãe erguendo uma sobrancelha e pousando o cesto de roupa lavada sobre a minha cama. 

A verdade é que, não sei como é que as mães fazem isto, mas elas são sempre capazes de saber o que se passa na nossa cabeça. Isso irrita e assusta-me! Mas eu também nunca fui alguém que não desse nas vistas, não é de admirar que ela descubra tanta coisa a meu respeito.

- Sim, mãe.. Existe algo mais. - Admiti. A minha progenitora ergueu os punhos triunfantes. - Vou ter lá um encontro com uma rapariga.

- Oh amor! Ela vai adorar-te. Mesmo com esse cheiro irresistível. - Ela aproximou-se de mim e beijou-me a testa.

- Mas tu és a minha mãe, tu gostas de tudo o que eu faço! 

Ela soltou uma gargalhada estridente e começou a arrumar a minha roupa no roupeiro despreocupadamente.

De repente notei em algo estranho e embaraçoso, e comecei a olhar para mim nervosamente (também olhei para a minha mãe, se querem saber, mas mais para mim) e notei que estava tapado apenas com uma toalha. E a minha mãe não parecia querer sair tão cedo do meu quarto para me deixar vestir. Eu sei que ela é a minha "mãe" e que já foram várias as ocasiões em que ela me viu nu. (Mas isso foi quando eu tinha para aí uns cinco anos). Aquela mulher já não me vê totalmente despido desde que entrei no sexto ano. Mostrar-lhe o "pequeno Jason" com esta idade, tendo em conta que ele cresceu Tanto, seria apenas errado e constrangedor para mim.

- Não te vestes? - Perguntou ela de costas para mim. - Eu sei que o concerto é só ás cinco da tarde, mas também não vais estar a manha inteira tapado com a toalha, pois não?

- Mãe?

Ela respondeu-me sem se virar. Eu tossi.

- Mãe? - Ela virou-se. - Podes me dar licença?

- HA! Queres que me vá... para tu... ha! desculpa! - Ela saiu desorientada e saiu do quarto a correr. - Boa sorte para o concerto da rapariga e o encontro com o Scott. - Ela berrou frustrada. - Tu entendes-te, filhote!

Levantei-me vermelho e deixei cair logo a toalha no chão, enquanto procurava pelos meus boxers. Porém fui logo interrompido pelo meu pai que entrou no meu quarto sem bater á porta.

- Ouvi bem, vais sair com o Scott?

- Ham? - Disse levantando a minha toalha e tapando o pequeno Jason.

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