Era o último dia de aulas (do primeiro período) e aqui o Jason William Fisher safou-se com uma média de 3,1! Sei que ainda estão pela frente outros dois períodos, que nos vão avaliar nas maneiras mais exaustivas possíveis, porém se continua-se assim eu não ficaria retido um ano. O que é bom, tendo em conta que sou um péssimo aluno. (Admito-o sem qualquer problema!)
Scott passou com média de 4 valores e ficou radiante, ele nunca fora grande aluno, aliás antes de irmos para o secundário, nós os dois eramos sempre os únicos que tinham negativa a quase todas as disciplinas e que irritavam os professores com as suas conversas descabidas e distrações. Porém havia algo que sempre nos distinguiu: O meu amigo tinha uma aptidão especial para as áreas das ciências. Enquanto eu sempre tive ótimas capacidades para copiar nos teste! Pode-se dizer apenas que fui abençoado pela minha descontração melosa e pela minha "deficiência" nos olhos, que me permite virar a minha iris em direções diferentes. Eu sei, pode não parecer muito útil, porém esta minha habilidade dá sempre os seus frutos quando preciso de copiar em testes.
- Fogo, estupida da professora de educação física. - Dizia Jamie irritada. Pois esqueci-me de vos dizer, ela teve uma média de 4,9 valores.
Nós estávamos todos sentados nas cadeiras de metal, situadas no café da tia de Scott. E bebericávamos as nossas cervejas, como que tentando proteger as nossas bochechas do frio daquele Novembro invernoso.
- Se me tivesse dado um 5 eu tinha média perfeita. - Admitiu, irritada, a nossa amiga.
- Esquece isso. - Disse Scott engolindo dois goles da sua cerveja.
- Yah. Todos sabemos que és uma aluna perfeita. - Informei dando-lhe um beijo suave na orelha.
- Ai! Para, detesto esse som! - Gemeu ela visivelmente irritada.
Eu ri-me.
- Eu sei, porque achas que o fiz? - Perguntei com ironia.
- Fogo onde raio anda a Izumi, malta? - Questionou Scott. - Não quero ser a vela sozinho!
- Deve estar a chegar, as notas lá na escola dela, são mesmo levadas a sério. - Informou Jamie. -Olhem a falar no diabo.
Ouviu-se, depois, o som de um carro a travar a fundo, marcando a estrada com as marcas dos pneus. De dentro da viatura saiu a nossa amiga asiática, que gritava com o pai umas coisas em japonês que nós não sabíamos traduzir. A nossa amiga pianista trazia uma mala azul a tiracolo e vinha vestida com o uniforme da sua escola: Uma camisola branca, com as iniciais e o logotipo do estabelecimento escolar sobre o peito, e uma saia azul escura até ao joelho.
A rapariga fardada trazia também uma expressão pesada marcada com as rugas, que mostravam a sua frustração. A pianista aproximou-se de nós e sentou-se suspirando profundamente.
- Então como foram as notas? - Perguntei.
- Tive média de 4,5. - Respondeu irada.
- E isso é mau? - Insisti. A sério que me começava a sentir mal, no meio deles todos. O meu gangue era o exemplo perfeito dos bons alunos, que estudavam e que queriam saber da escola. E depois existia, eu. O perfeito exemplo de como não ser um Straigh "A" student.
- Eu tive um 3 a matemática, Jason! Alguma vez viste alguém asiático ser mau a matemática? - Perguntou chateada.
- Bem, tu és a única asiática que eu conheço portanto acho que posso dizer... - A minha voz fora interrompida pelo pontapé de Izumi que chocou contra os meus joelhos. - AUUUCCCHHHHH! Filha de uma... - Mordi a língua antes de poder dizer algo contra a maravilhosa Mrs. Hayashida.
- Izumi, isso não é um pouco estereotipado? - Inquiriu Scott de sobrancelhas erguidas. - Lá por seres asiática tens logo de ser boa a matemática?
- Oh! Vocês não conhecem de certeza o meu pai! Ele diz que temos de orgulhar a nossa nação, e que a minha obrigação é ser a melhor em tudo. Ele costuma dizer-me todas as noites que eu sou a Izumi Lee Hayashida e que sou Japonesa, não americana. Diz-me que não devo ceder à vossa preguiça imunda e que tenho de ser melhor que todos em tudo! - Ela pousou o seu olhar na mesa, num efeito dramático e começou a murmurar umas coisas impercetíveis.
- O quê? - Perguntei.
- Baka wa Shinanakya naoranai. - Todo o seu corpo retraiu-se mostrando alguma preocupação e tristeza. - Foi o que o meu pai acabou de me dizer: A não ser que um idiota morra, ele nunca será curado. - Ela suspirou. Para além dos problemas no seu círculo de amor-barra-amizade. A minha amiga também tinha as suas próprias batalhas em casa.
- Mas será que alguém me pode passar uma cerveja? - Acabou Izumi por gritar, despertando-me do meu mundo.
- Tia! - Chamou Scott. - Uma cerveja aqui.
A mulher de avental verde passou pela nossa mesa e com um olhar descontente disse ao sobrinho:
- Levanta-me esse cu preguiçoso e vai tu buscar! Mas isto aqui há empregados?
O baixista bufou impaciente e foi buscar a cerveja à nossa amiga japonesa. Ela bebeu metade do líquido dentro da garrafa num só gole e logo com um arfar estranho e ofegante gemeu de raiva.
- O que vou fazer! - Disse ela batendo com a cabeça na mesa de metal. - Sou péssima a matemática, nunca hei-de conseguir ter nota máxima! E depois o meu pai vai-me chamar Baka[idiota] e vai-me dizer outra vez aquela porcaria. Maldito seja aquele velho!
- O Scott pode-te ajudar! - Soltou Jamie prontamente. Os olhos da asiática abriram-se como persianas, e a expressão do meu amigo tornou-se pensativa e amedrontada.
- Pode? - Perguntou Izumi com a sua felicidade rapidamente restaurada.
- Yah, ele teve 5! - Confessou a fangirl.
- Ajudas? - Perguntou Izumi com um olhar preenchido com esperança.
O meu melhor amigo deu um golo na sua cerveja.
- Não vejo porque não... - Acabou por responder.
- OH! SCOTT-SAN NEM SABES APETECE-ME BEIJAR-TE!
O meu amigo riu-se.
- Deixa lá de ser parva! - A pianista soltou um olhar envergonhado e uma interjeição murmurosa. - É o mínimo que posso fazer por seres minha amiga. - Concluiu Scott.
A forma como ele pronunciara a ultima palavra do seu discurso pareceu ao restante gangue como que um murro no estomago. Estaria a nossa amiga pianista presa na Zona de amigo? Ou estaria o meu amigo a disfarçar o nervosismo de ter uma rapariga interessada nele?
- Bem! - Disse Scott assassinando o silêncio que nos rodeava. - Vamos é parar de falar de escola estou-me já a vomitar todo. Em vez de escola, vamos falar de coisas boas, como... - O meu amigo ficou calado a pensar.
- O álbum da vossa banda. - Respondi.
- Yah...! - Soltou Scott num sussurro.
- A nossa felicidade? - Disse Jamie a medo.
- Também. - Respondeu com um sorriso o baixista.
- Ao nosso gangue!!! - Gritou Izumi com os olhos cheios de água e destruição.
- Eu brindo a isso tudo! - Anunciou Scott levantando a garrafa de cerveja no ar.
E todos nós imitamos o ato do meu melhor amigo.
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Ai sorry só consegui publicar hoje! :( Eu fui ontem consumida pela preguiça! BLAAAHhh
Este capitulo está meio parvo, mas prontos! Espero que votem e comentem, mesmo que seja para me mandarem com Hates!
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Fangirl
Novela Juvenil[Completa e editada] "A nossa vida é um constante prazo de validade, que à medida que o tempo passa, o seu número vai diminuindo. O que farias se soubesses que o último dia do prazo está para chegar? - Perguntou-me Jamie, tristemente." Fangirl é a h...