74 dias

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Sexta-feira! Os adolescentes repletos de hormonas, gritavam de alegria e infernizavam os professores. Até se ouvia a voz da Katy Perry a gritar nos ouvidos de todos Thank God It's Friday! Mas eu não estava no modo de festa.

Eu e o meu gangue estávamos reunidos no Lolliepop a conversar sobre escola e sobre música, enquanto mastigávamos as nossas sandes super calóricas com orgulho.

O sorriso de Jamie, enquanto falava com Cassandra sobre bandas rock, era contagiante. De facto, era inconcebível pensar que alguém tão frágil, e delicado, tivesse tido tantas aventuras na privacidade de quatro paredes. Distraí os meus pensamentos obscenos e tentei participar na conversa sobre os sex pistols. O que foi um tentativa escusada.

Tenho de vos dizer isto! Durante toda a noite fui atacado por aqueles nosso conhecido monstros noturnos, chamados de insónias, que me atormentaram e perseguiram com as suas imagens em forma de Russel! Pelo que é compreensivel o meu estado de espirito.

As duas raparigas argumentavam, entre si, sobre quem era o mais sensual da banda britânica, sex pistols, se o baixista Sid Vicious se o vocalista John Rotten. Nenhuma delas ganhou, porque aparentemente eram os dois demasiado sensuais.

- O que se passa? – Acabou por perguntar a fangirl, travando a sua conversa.

Mirei-a confuso.

- Nada. - Respondi. Olhei para Scott e este com um ar acusador pousou o seu campo de visão sobre o chão. 

A minha namorada encolheu os ombros e logo continuou a falar com Cassandra, que não compreendia a tensão do nosso momento. Olhei em frente, e foi quando notei na presença de Russel, apoiado na porta de entrada do café. Mirei-o com um olhar determinado e ameaçador, e o mesmo retribui-me com uma expressão igualmente aterradora. Levantei-me e fiz-lhe sinal, para que nos encontrássemos lá fora. 

- Aonde vais? - Perguntou Jamie.

- Vou lá para fora, pah! Não posso! - Devo ter sido duro, para ela, porque a minha namorada de repente se virou para a frente e decidiu calar-se. - Desculpa. - Insisti arrependido.

- Vá, vai-te embora! - Ordenou ela. - E vê se quando voltares trazes a boa disposição de volta!

Eu peguei na minha mala irritado e de facto saí apressado do bar.

Esperava-me, lá fora, o menino dos cabelos encaracolados.

- O que foi? - Perguntou ele, deixando para trás a simpatia, que o caracterizava.

- Eu sei quem tu és! - Confrontei-o.

Este respondeu-me com uma gargalhada.

- E o que queres fazer? - Acabou por me perguntar.

- Nada. - Respondi. - Apenas te quero dizer que é melhor afastares-te da Jamie. Ela não está contigo, sabes?

- Jason, - Chamou ele. - Do que é que achas que ela gosta mais? Do rapaz que lhe proporcionou tantas noites de prazer? - Eu enojei-me com tamanho comentário. - Ou aquele que nem sabe fechar o zipper das calças?

Olhei para baixo e tinha o feixe aberto. Suspirei de raiva ao mesmo tempo que fechada as minhas calças com embaraço.

- Mas eu dou-te uma hipótese, Jason. - Informou ele. - Tenta mantê-la apaixonada por ti. – olhei-o ainda mais confuso, do o que já estava. – Porque eu vou voltar a divertir-me.

E dito isto ele foi-se embora de mala presa num só ombro e a caminhar lentamente com o seu belo par de calças finas à abanar numa forma sedutora. Tão sedutora que conquistou o olhar de duas raparigas em direção à sua traseira.

- RAHHHH! - Gritei, enquanto mandava um pontapé no caixote do lixo, preso ao chão. O meu pé ricochetou para trás e dos meus olhos soltaram-se lágrimas de dor.

Cassandra, que estava a sair do café, para ir a um sitio qualquer, viu-me me a chorar e à acariciar o meu pé.

- Está tudo bem? - Perguntou ela chocada. 

Eu pus as minhas mãos à volta das suas bochechas salientes e fofas e implorei-lhe:

- Dá-me um pontapé nos tomates e prova que eu estou a sonhar!

-JASON! - Gemeu ela. - Não vou fazer isso!  O que se passa contigo?

- Eu quero estar a dormir.

- Mas não estás, isto é a realidade, posso-to garantir. Está bem?

Eu abracei-a com força.

- Eu detesto a realidade. - Informei-lhe.

- Ninguém gosta. – Comentou ela, enquanto me dava pequenas festas nas costas. - Agora fazes-me o favor de ires para o café E. DE. ME. LARGARES.

Ajeitei a minha mala no ombro e disse-lhe, um pouco triste:

- Não. Eu... Eu tenho de ir.

- Mas JASON! - Gritou ela, enquanto eu corria.

Nunca pensei ser assim. Tão frágil, tão sentimental. Como pode uma rapariga fazer-me sofrer tanto física e psicologicamente?

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Estou a tentar ver se consigo publicar o proximo capitulo agora.

Por favor votem. Comentem! 

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