164 dias

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Adormecer na presença de amigos sempre fora difícil para mim. Com eles tenho sempre coisas para dizer, jogos para mostrar e consequentemente recordes para bater! Porém Scott, devido ao sono que já o começava à atacar, estava-se literalmente a lixar para os meus jogos (e para os meus recordes). Tanto que se deitou pouco depois da uma da manhã.

Isso irritou-me profundamente! Não só por me ter deixado a sofrer sozinho, mas também porque enquanto eu estava deitado na cama a ver-se conseguia adormecer, notei que o meu melhor amigo ressonava como um urso em altura de hibernação!

Como é obvio, graças às poucas horas de sono, eu acordei completamente rabugento.

Scott ainda dormia, e por alguma razão o seu roncar tinha dissipado por completo!

O nosso hotel era maravilhoso. Tinha um quarto espaçoso com duas camas, uma secretária e uma televisão gigante de alta definição! E a casa de banho era ainda mais maravilhosa! Não cheirava a roupa suja e a gel de barbear, como a minha, e a sanita, que era eletrónica, aquecia as minhas bochechas do rabo enquanto eu fazia chichi.

Decidi enfiar-me na banheira e tomar um bom banho. Porém enquanto esfregava o meu tronco com as mãos escorregadias ouvi a porta bater violentamente.

- SCOTT! - Gritei!

A porta continuou a bater sem parar.

- SCOTT! - Voltei a gritar por entre o barulho da água que caia em cascata sobre o meu corpo nu.

A porta tocou outra vez num ritmo acelerado. E eu virei as torneiras do duche, a cascata de água parou e eu sai do banho tapado com um robe que tinha o logotipo do hotel.

- Olha lá! Não ouves a porta, Oh anormal? - Scott levantou a cabeça e discretamente escondeu o seu pequenino amigo que acordara ereto. - Já entendi! - Informei.

Abri a porta de sorriso amistoso na cara. E adivinhem qual não foi a minha surpresa quando vejo o meu pai do lado de fora do quarto. O meu progenitor, como era de esperar, estava irado comigo! E entrou no nosso quarto com passos pesados. Aproximou-se da minha cama e pegou na minha mala descuidadamente. Depois pegou num par de calças, que estavam pendurados em cima da televisão, e numa camisola, que estava no chão, e mandou-me as peças de roupa contra a cara.

- Veste-te Jason estás de castigo!

- Pai... - Gemi.

- Veste-te. Eu estou no carro à tua espera.

O militar Fisher saiu de cena, e eu olhei para Scott, o meu melhor amigo também olhava para mim.

- Tu sabias que isto era arriscado! - Informou.

Encolhi os ombros e vesti a roupa que me tinha sido mandada à face.

Mesmo á frente da entrada do hotel estava a carrinha do meu pai, uma Land Rover verde suja de lama. Entrei lá dentro indiferente.

(Já que estar chateado não ia fazer a diferença.)

O meu pai rodou a chave e o carro começou à andar.

- O que fizeste foi errado, Jason!

- O problema é que eu não fiz nada!

- Desrespeitaste as minhas ordens se isso é fazer nada, então desculpe! - Atacou o meu pai com sarcasmo.

- Olha, eu contei à tua mãe?

- Contaste... O quê?

- Contei a tua aventura com a rapariga com quem te envolveste!

- O QUÊ? Porquê?

- Tu provaste que não mereces a minha confiança, e a tua mãe estava a ponderar deixar-te ficar no hotel com os teus amigos, no entanto eu exaltei-me e ela perguntou-me porque estava eu REALMENTE tão chateado, porque, não sei se te lembras, mas eu apenas lhe tinha dito que me tinhas respondido mal, e eu contei-lhe a verdade.

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