Bônus

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 Dois meses se passaram desde que levaram Minho. Jorge e Teresa conseguiram encontrar um grupo que se escondiam pelo deserto, eles nos acolheram e estão nos ajudando. Thomas está liderando um grupo de busca por jovens do CRUEL. Toda vez que podemos, "sequestramos" esses jovens e trazemos para cá. Eles sempre nos agradecem por terem saído das mãos do CRUEL.

Porém em nenhuma delas encontramos Minho.

Já estava de noite e eu andava entre as barracas onde dormíamos. Pensava em Clint. Ele estaria adorando cuidar de todas essas crianças. Aqui tinha alguns médicos, mas nenhum deles era tão bom no improviso como meu amigo.

Meus pensamentos foram parar em Newt. Estávamos bem unidos nesses dois meses que se passaram. Em nenhum momento ele dizia sobre a suposta traição que eu tinha feito. E isso me deixava bem tranquila. Mas eu sempre ficava imaginando se ele ainda pensava no que tinha ocorrido.

E como se fosse o destino, senti alguém aparecer ao meu lado. Era ele.

Seus olhos olhavam a imensidão de areia a nossa frente. Seus cabelos tinham crescido um pouco e estavam todo bagunçados por conta do vento. Ele segurava uma flor em suas mãos. Estendeu para mim sorrindo. 

Newt e suas atitudes simples, mas que me deixavam cada vez mais apaixonada por ele.

-Pensando em que? – ele perguntou se sentando na areia. Sentei ao seu lado.

-Em você – respondi e senti minhas bochechas queimarem um pouco.

Agradeci por estar a noite e ele não conseguir ver isso. Ainda me perguntava como ele tinha esse poder sobre mim. Eu sempre estava com vergonha.

Senti ele sorrir ao meu lado.

-Eu sempre penso em você – ele disse e mais uma vez eu estava com vergonha.

Entrelacei nossos dedos. Era uma sensação boa.

-Sinto que amanhã vamos resgatar Minho – ele disse se virando e olhando para mim.

-Espero que sim – eu disse, ou melhor, sussurrei.

Percebi que Newt se aproximava de mim. Meu coração começou a bater mais rápido. Era como se nunca tivéssemos nos beijado antes. Sorri com aquela sensação que só ele me proporcionava.

Quando estávamos a milímetros de distância, com sua respiração batendo no meu rosto, fechei os olhos e me inclinei para frente, acabando com aquela distancia que estava me matando.

Nossos lábios se movimentavam em uma sincronia incrível e perfeita. Eu não sabia explicar se estava sendo calmo ou rápido, era uma mistura de tudo. Segurei seu rosto impedindo que ele parasse o beijo, mesmo já sentindo falta do ar. Mas ele pareceu não se importar com isso também. Passou as mãos pela minha cintura e me aproximou mais ainda dele.

Nossas línguas exploravam o beijo em uma batalha em que ninguém ganhava. Senti meu coração bater mais rápido se isso era possível. E aquelas famosas borboletas no estomago.

Mas o ar acabou uma hora e tivemos que nos separar.

Permaneci de olhos fechados, com nossas testas encostadas uma na outra, só apreciando a presença dele.

-Eu te amo – ele disse e eu abri meus olhos, olhando bem no fundo dos olhos cor de mel dele. Sorri com suas palavras.

-Eu também te amo – eu disse – Muito.

-Vamos – ele disse levantando e estendendo uma mão para mim. - Está tarde.

Começamos a andar até nossas tendas. Muitas pessoas já estavam dormindo e estava bem escuro e silencioso.

A garota da clareira (Maze Runner)Onde histórias criam vida. Descubra agora