Eu encontro você - Final

9.6K 657 1K
                                    


 No dia seguinte decidimos colocar em prática a ideia de Thomas em honrar todas as pessoas que perdemos. E nada seria melhor do que repetir o que fazíamos na clareira, com o muro. Algumas pessoas encontraram uma pedra alta e lapidaram a mesma para que ficasse no formato de um pequeno obelisco.

E, assim como fazíamos na clareira, escrevemos o nome de todas as pessoas que nos ajudaram e se foram. Era uma forma de fazer eles sempre serem lembrados e mostrar o quanto foram importantes para nós.

Com um pouco de dificuldades escrevi o nome de Teresa na pedra. Ao meu lado, Thomas escrevia o do Chuck. Meu coração estava um pouco triste por ter que lembrar de momentos tão doloridos, mas ao mesmo tempo eu senti um pouco de paz. Como se finalmente eles tivessem tido um motivo e uma razão para partirem. E apenas bons momentos seriam lembrados a partir de agora.

Escrevemos o nome do Ben, Alby, Clint... E tantos outros que se foram. A cada nome, uma lembrança. 

Mas as pessoas escreviam os nomes sorrindo, e aquilo me deixou um pouco mais feliz.

-Agora sim – Thomas disse finalizando de escrever o nome de Chuck.

-Ele iria amar esse local – eu disse suspirando.

-E o melhor que você pode fazer por ele – Thomas respondeu – É ajudar os outros e viver feliz. Tenho certeza que é o que ele desejaria.

Sorri com suas palavras.

-E eu sei bem como começar – ele continuou e ficou me olhando sorrindo.

Encarei ele de volta, confusa com suas palavras.

-Tem uma pessoa te esperando na praia – Thomas disse assim que viu minha expressão – Soyna vai te ajudar.

Olhei para trás e observei a menina loira sorrir para mim, fazendo um sinal para que eu a acompanhasse. Eu queria perguntar logo o que estava acontecendo, mas acabei gostando do clima de segredo e deixei que me levassem.

Fazia tempo que eu não tinha uma surpresa e minha mente trabalhava em mil possibilidades para o que estava acontecendo.

Thomas continuava me encarando com um sorriso estranho e sapeca e Soyna me puxou para uma das barracas, sem dizer nenhuma palavra.

Ela me fez trocar de roupa e colocar um vestido bege. Estranhei colocar aquela roupa no corpo, já que eu não me lembro a última vez que usei um vestido. Mas a sensação era boa, apenas me deixei levar.

Ela continuou a me puxar para a praia e eu não conseguia parar de pensar em Newt e em como ele deveria estar naquele momento. Ele tinha planejado aquilo? Ou era uma surpresa para ele também? Iriamos matar a saudades e ter um momento a sós? Ou nossos amigos estariam conosco? Era uma festa?

Mas assim que pisei na praia, a ficha caiu na mesma hora.

Havia várias pessoas ali, todas sorrindo e olhando para mim. Era final de tarde e o sol estava se pondo, deixando uma paisagem maravilhosa que me fez ter vontade de chorar. Observei Soyna entregar um buque de flor para mim e sair de fininho. Foi naquele momento que eu percebi que estava tremendo um pouco, já que eu não consegui segurar as flores direito.

-Quer ajuda? – Thomas disse surgindo ao meu lado.

Sorri para ele. Meu irmão se colocou ao meu lado e cruzou nossos braços, me dando apoio e me ajudando a segurar as flores direito.

-Eu vou cair – eu sussurrei agora sentindo minhas pernas tremerem.

Aquilo estava mesmo acontecendo?

A garota da clareira (Maze Runner)Onde histórias criam vida. Descubra agora