Capítulo 25 - Quem está te fazendo mal?

252 22 13
                                    

OI XENTEEE.
Quanto tempo né, dessa vez eu demorei de mais, mas eu estava sem inspiração e pra não fazer um capítulo 💩 pra vocês eu preferi demorar.


...

Havena estava mais calma então sentamos pra conversar melhor. Ela me serviu um chá e enquanto tomava ela foi até o armário e tirou uns remédios de lá, fiquei observando quieta tentando absorver o máximo de informações possíveis.

Sentamos no chão e nos olhamos fixo, ela abriu a boca querendo começar a me dizer algo mas não conseguia, no mesmo instante ela desviou o olhar e respirou fundo.

- Não quero que você faça nada que não queira, mas entenda Havena eu preciso saber da verdade para por um ponto final nisso tudo.

- Eu não posso contar tudo, mas eu vou tentar te dizer o possível.

Não era tudo o que eu queria, mas só em ela abri o bico e me dizer algo sei que já vai me ajudar a montar esse quebra-cabeça.

- Sou toda ouvidos.

- Tem alguém, uma pessoa que quer muito destruir todos ao seu redor Hanna, ele quer você só pra ele. - Seus olhos encheram de lágrimas, mas ela tentou se conter para continuar. - Essa pessoa tem feito todos ao seu redor sofrer e tem me feito de "Hanna de estimação", me fez pintar os cabelos iguais aos seus - lágrimas desciam de seus olhos e eu sentia sua dor. - Ele me fez ser você, ele me usa todos os dias e no fim, quando ele ver que eu não sou você ele me bate como castigo. - Sua voz embargada não demonstrava apenas o que ela tava sentindo, tinha algo a mais, um sentimento indefinido cujo eu não conseguia decifrar.

Abracei seu corpo machucado e alisei seus cabelos que antes eram de um castanho lindo e agora são de um loiro sem vida e maltratados.

- Hanna, ele me estupra e depois me agride, você tem noção do quanto isso dói? Você tem noção do quando isso me faz mal? O que eu fiz? Eu queria tanto acabar logo com isso. - Havena soluçava e chorava e eu chorava junto com ela.

Eu queria ter a respostas para as suas enumeras perguntas.

Eu me culpei por saber que isso tudo era por minha causa.

- Me diz quem é, me ajuda a te ajudar, me ajuda a acabar com tudo isso.

Ouvimos um barulho na porta, alguém batia na porta, forte e insistentemente. Meu coração quase pulou para fora e eu imaginei que fosse o torturador da Havena e essa seria a minha chance de ajudá-la e de por um ponto final nisso tudo.

- Você tem que se esconder, rápido Hanna. - Ela me puxou pelo braço mas não tinha tanta força para isso. - Por favor, se você quer me ajudar, se esconde agora.

Havena me levou para o seu guarda-roupa e me escondeu lá.

- Se poder, nem respira e não saia desse guarda-roupa por nada nesse mundo, nem que ele esteja me matando. - Disse Havena antes de fechar a porta e correr para fora do quarto.

                                 ***
HAVENA:

- Porque demorou tanto para abrir a porra dessa porta, vadia? - Ele já chegou batendo em meu rosto, segurei o choro e decidi ser forte.

- Desculpa, eu estava dormindo. - Disse tentando mostrar que era verdade.

- Então, está preparada pra hoje? - Perguntou com um sorriso maligno brotando em seu rosto.

Eu não conseguia compreender como alguém tão doce tinha se tornado essa pessoa tão imunda.

- O que tem hoje? Algo de diferente? - Perguntei com medo.

- Depois do de sempre nós vamos pra a segunda parte do plano. - Ele disse me agarrando pelos cabelos e me levando em direção ao quarto.

Enfim Hanna vai saber quem tanto quer lhe fazer mal porque isso não é amor. Amor era o que eu sentia por ele, hoje em dia eu tenho repudio e mais ainda nojo de mim mesma por ter entrado nessa.

- Vamos, tire logo essa droga de roupa. - Jogando-me na cama ele ordenou e eu acatei sentindo uma dor em meu braço que já estava enfaixado.

Tirando sua roupa ele veio em minha direção fazendo com que meu coração batesse cada vez mais rápido, mais forte e mais dolorido, o medo me consumia e o nervosismo estava estampado em minha cara, mas eu não ia dar pra trás, eu ia até o fim e eu sabia que depois de tudo aquilo eu ainda iria ser feliz, eu ainda poderia ser livre.

- Vire-se.

Fiquei de peito para baixo, deitada na cama nua, ele veio por cima e eu senti o seu peso sobre o meu, seu peito encostou em minhas costas e eu senti que ele ainda estava com blusa. Nossa relação que um dia foi tão boa não tinha mais amor, afeto, paixão, carinho ou respeito, eu era uma qualquer para ele e para mim, hoje ele era somente o meu estuprador e torturador.

Ninguém entenderia  a dor que eu sentia, ninguém podia minha em ajudar, ele era um peso que eu levava a tão pouco tempo que se transformou em anos pra mim, cada dia, cada hora, cada minuto e segundo era de total agonia e medo. Eu vivia esperando o dia que ele completasse o seu serviço e me matasse de vez, talvez assim eu tivesse um pouco de paz. talvez assim eu poderia dormir sem medo, talvez assim eu poderia ser feliz.

Sem pena e nem dó ele meteu em meu anos fazendo eu derramar lágrimas, a dor que veio em seguida não rasgos somente meu corpo ele fez um grande ferimento em meu coração, em meus sentimentos, na minha dignidade. Seu vai e vem ficava mais intenso, mais forte, mais pesado, mais difícil de aguentar. Agarrando meus cabelos ele os puxou para trás e me fez gemer de dor.

- Não seja uma fracote Hanna, sei que você estar gostando. - Ele riu. - Vamos, diga que me ama.

- Eu te amo. - Disse com repulsa e nojo cada palavra em cada estocada, funda, intensa, forte, dolorida.

Eu sentia dor, uma vontade muito louca de matar ele, mas isso não faria com que eu fosse a mesma pessoa, nunca mais eu poderia ser a mesma Havena. Matar ele não mudaria os fatos pois eu continuaria com tudo isso na minha cabeça, todo esse acontecimento deixaria cicatrizes em mim que seriam incuráveis.

- DIGA DIRETO SUA PUTA. - Ele vociferou e em seguida aumentou a intensidade.

Nem imaginava que isso fosse possível.

- Eu te amo Fernando. - O nome dele saiu dos meus lábios como facas que saiam cortando de dentro para fora fazendo-se maior do que a dor física que eu sentia.

Em seguida ele gozou dentro de mim. Liberou o que lhe prendia e me prendeu em um mundo perverso e triste.

                                   ***

Depois do seu banho eu sabia o que vinha em seguida e eu já estava preparada para isso, já tinha tomado remédios para dor e o esperava sentada na cama.

- Você não é a Hanna. - Ele veio com o cinto da sua calça.

- Eu sei que não, você sabe que não.

- Cale a boca. - Gritou. - Você sabe o que merece depois de ter me feito transar com você? Sabe o que você vai receber por ser uma puta que quer ser quem não é?

- Sei. - Disse enquanto lágrimas insistiam em escorrer pelo meu rosto.

Senti a primeira em minhas costas, a segunda em minhas pernas, a terceira em meu braço, a quarta em minha barriga, a quinta, sexta, sétima... a décima quinta foi a fivela do meu cinto em meu rosto e eu deitei na cama.

- Chega, por favor. - Implorei.

- Eu já cansei de você por hoje, mas antes de ir quero deixar bem claro minha última ordem e quero que acate se não será pior pra você. - Ele sorriu de canto e me olhou com desprezo. - Mate a Alice que eu vou matar Elliot e Aron.

- Quem me garante que você não irá me matar também? - Disse nervosa e com um medo maior ainda me consumindo.

- Faça o que eu mando e te deixarei em paz.

Vi ele saindo do meu quarto e senti nojo de mim mesmo por ser tão fraca, por permitir que Fernando faça tudo isso comigo.

Aron, juro que tentei te odiar. [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora