Oi xeente linda, como vocês estão? Espero que bem!
Demorei mais cheguei, mais um capítulo fresquinho pra vocês. Espero que gostem.
Não deixem de comentar e votar ;*
Vamos ver o que Aron pensa a respeito dessa festinha que Hanna e Alice fizeram?
Boa leitura eee
Beijinhos da Lua ;*
***
Meu pai sempre dizia: não levante a sua voz, melhore os seus argumentos. ( Desmond Tutu).
...
Aron:
- Tchau gente, boa noite. – Falei para os únicos que tinham sobrado no restaurante.
O dia foi exaustivo mas eu estava focado em chegar em casa e dormir o restinho que eu ainda tinha ao lado da minha baixinha.
- Tchau Aron. – Responderam.
Entrei em meu carro de dirigi rápido até o apartamento, eu estava realmente exausto e precisava de um banho. Chegando, eu estacionei o carro e subi parecendo um zumbi naquele elevador, olhei a hora e já era quatro da manhã.
- Hoje foi até tarde. – Comentei comigo mesmo.
As portas do elevador se abriram e eu fui me arrastando até a porta, abri e dei de cara com uma cena que me fez instantaneamente ficar louco de raiva.
Hanna estava dormindo com Fernando em um coxão no chão, a mão daquele bastardo estava agarrando a minha mulher e isso fez com que eu me irritasse mais ainda, passei o meu olhar por toda aquela sala cheia de gente e garrafas de bebidas espalhadas pelo balcão e chão. Alice estava dormindo de conchinha com Elliot e tinha aquela garota que vi conversando com a Hanna, aquela garota me cheirava a encrenca.
Fui tomar um banho pra vê se o sangue que esquentou dentro de mim esfriava, mas de nada adiantou. Tudo isso só me deixou mais irritado por conta que Hanna não teve um pingo de respeito por mim, como ela pode trazer bebida pra uma casa onde tem alguém tentando parar de beber?
- Alice, quero que você sente e se acalme. – Respirei fundo e olhei em seus olhos.
Alice não parava de chorar e isso me deixava mais nervoso do que já estava. Como eu iria dar uma notícia para aquela criancinha na minha frente? Eu não era um adulto, tinha apenas desseis anos e Alice treze, como eu ia cuidar de alguém? Eu não cuido nem de mim.
- Cadê o papai e a mamãe Aron? – Ela fungou e secou as lágrimas com as costas das mãos. – Eu quero a mamãe.
Merda, merda, merda mil vezes merda. Como eu posso quebrar um coração como o da minha irmãzinha? O mundo só podia está com ódio de mim.
Respirei fundo tirando forças de onde eu não tinha mais para dar a noticia.
- Alice, o papai e a mamãe estão no céu agora... – Não consegui terminar pois ela pulou para cima de mim chorando mais ainda e me abraçou forte.
- Diz que é mentira Aron, me diz que tudo não passa de uma brincadeira de mau gosto. – Alice soluçava e chorava em meus braços.
Depois que Alice se acalmou deixei ela com uma vizinha nossa confiável e fui tomar o meu primeiro porre de muitos, eu nunca vou esquecer como essa minha vida começou. Eu bebi, bebi e bebi até não lembrar meu próprio nome eu era apenas um garoto de dezesseis anos que tinha acabado de ficar órfão com uma irmã pequena. Ao invés de assumir as responsabilidades eu me joguei no que eu achava mais fácil, me auto destruir.
A dor da perda foi algo enorme pra mim, como se um grande buraco se formasse em meu coração adolescente. Eu não tinha mais motivos para viver, a não ser a Alice que apesar de ser mais nova tinha mais força e garra do que eu. Eu era fraco e nos dias mais tristes eu saia para tomar vários porres para esquecer dessa dor, eu bebia e me drogava pra não precisar pensar no que minha vida tinha se tornado, em tudo que eu tinha que passar.
- Bom dia. – Soltei involuntariamente quando vi Hanna acordar.
Ela sentou-se coxão e olhou tudo ao seu redor minuciosamente, pegando o celular ela percebeu a hora e acho que ai foi que sua ficha caiu.
- Aron? – Hanna me chamou com a voz baixa e receosa.
- Então você lembrou que eu existo. – Respirei fundo e respondi.
- Como assim? – Ela tinha os seus olhos curiosos em mim, acho que estudava cada detalhe meu para saber como eu estava.
- Até poucos minutos você estava muito bem dormindo abraçada a Fernando, não acho que isso te fez lembrar de mim e ainda mais da nossa conversa sobre bebidas. – Traguei o cigarro e soltei a fumaça.
- Você está enganado e precisa me ouvir. – Hanna falou se aproximando de mim.
Como assim enganado? Ela acha que eu sou cego? Que eu não vi o que estava na minha frente? Ela acha que eu sou burro?
- Eu não preciso ouvir nada porque eu JÁ VI O QUE TINHA QUE VER. – Gritei.
A raiva me consumiu e eu não queria gritar com ela, mas já era tarde de mais e eu não iria voltar atrás.
Todos acordaram em um susto, principalmente Alice que se soltou dos braços de Elliot ao me ver.
- Você não pode achar que eu fiz algo de errado aqui Aron. – Sua voz amargava e era triste.
- COMO NÃO?
- Aron, chega de gritos. Essa conversa tem que ser só vocês dois. – Alice falou ficou ao lado de Hanna.
- Se a festa foi com todos, todos vão ouvir. E você Alice? O que estava fazendo dormindo com Elliot?
- Não te devo satisfações Aron. – Alice cuspiu essas palavras e eu sabia que ela tinha razão, eu nunca fui um irmão de verdade pra cuidar dela.
Sai bufando de raiva sem rumo e nem direção, eu não queria ficar lá e olhar pra elas duas, não agora. Elas precisam de tempo e eu também.
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Aron, juro que tentei te odiar. [COMPLETO]
RomanceHanna é uma garota de 22 anos que está a procura de sua independência começando por cursar sua faculdade de Jornalismo. Ela e sua melhor amiga Alice conseguem o que tanto querem, mas junto com tudo isso vai uma bagagem bem bagunçada cheia de amor, p...