Gêmeos Contra O Apocalipse Zumbi (Concluído)

Capítulo 56 - O fim. Ou apenas um recomeço? (FERNANDO) parte 3

     _ Queridos... Como vocês são rápidos..._ Veronika deu um sorriso sádico, os olhinhos azuis demais brilhando._ É muito interessante como conseguiram reduzir todo o meu trabalho a 0.

     _ Bem vinda ao nosso mundo, é bem bom como você se incomoda com isso._Rebati.

     _ Ah, Daniel, cale a boca.

     _ Se informe Veronika, porque eu não sou o Daniel._ Sorri, abrindo um sorriso tão sádico quanto o dela.

     Ela pareceu ainda mais confusa do que quando viu Daniel e eu, um do lado do outro.

     _ NÃO.OUSE.ENCOSTAR.UM.DEDO.NO.MEU.IRMÃO!!_ A voz de Daniel gritou, completamente ensandecido, os olhos faiscando de raiva.

     Veronika arregalou os olhos, sorrindo animada.

     _ São gêmeos!_ Ela quase bateu, palmas de ansiedade, como uma criança._ Dois deles!

     Daniel deu mais alguns passos na rua, impassível e irritado. Ele trazia uma outra mulher com ele, loira, que parecia igualmente com cara de irritado.

     _ Não ouse encostar em nenhum deles!_ Voltou a dizer.

     Os cabelos dela balançaram, quando voltou o olhar pra nós. Encarou André, com um sorriso, e apontou ainda mais a arma pra ele.

     _ Não me diga... Eles são seus filhos!_ Ela continuou._ É tão irônico não é, a família reunida, falando só a irmãzinha mais nova, e todos sobre a nossa mira. A minha mira. André, você está me decepcionando muito mesmo... Lembra do que eu te disse querido?_ Segurou com as duas mãos a arma, apontando diretamente para André._ Não ia dar certo...

     Antes que eu ou Daniel conseguíssemos gritar, três tiros explodiram, e nosso pai caiu no chão, os olhos abertos em uma expressão aterrorizada.

     Então, nós dois gritamos. Daniel correu, furioso, na direção de Veronika, enquanto eu catei a primeira arma que consegui encontrar. Apontei a arma pra ela, suspirando profundamente, com o dedo no gatilho.

     Foi necessário apenas um tiro.

     O som ecoou, tão alto que calou tudo em volta. Veronika tombou pra frente, o sangue escorrendo pelas suas costas. O mundo parecia estranhamente em câmera lenta, quando por fim, ela caiu, o rosto no chão, sem se move mais.

     Ficamos nós, atônitos, quando percebemos que, antes do meu tiro, ecoaram mais três. Vindos da arma de Veronika. Os tiros derrubaram Melissa, Tia Marina e Yasmim, e as poças de sangue escorreram junto com as lágrimas no meu rosto e no rosto de Daniel.

    Meu irmão, tão igual a mim, um completo espelho. Ele se via chorando com as minhas lagrimas, e eu me vi chorando nas lagrimas dele. O luto sobrepôs a felicidade de conseguir vencer Veronika. Qual era o sentido disso tudo, se todas as pessoas que amamos estão mortas? Se o apocalipse levou todas elas?

     Ajoelhei, as mãos na cabeça.

    O sangue e os corpos em volta começavam a feder muito, o cheiro metálico e podre.

     Daniel caminhou devagar, completamente atônito. Ele se agachou ao lado do nosso pai, pegando o rosto cheio de sangue dele, e colocando-o sobre o colo. Ele começou a chorar descontroladamente, sobre o corpo do nosso pai. Senti os braços fortes e pesados de Louis me abraçarem, como em consolo, a mulher loira tentando consolar Daniel. Devon nos encarava, completamente desolado.

     Perdemos tudo. Tudo...

     Nós 5 nos sentamos, um ao lado do outro, as mãos dadas em forma de consolo, para conversar e tentar nos resolver. Contei à ele sobre D.M, Maylle e Eloise, e ele murmurou sobre Ti Lua, Tio Rodrigo, Tio Renato e sobre nossos primos.

     No final, a dor foi ainda maior.

     Percebemos que toda a nossa família, tudo o que consideramos como uma família, havia sido morto, destruído. Não tinham mais motivos para sequer continuar por perto daquela vila...

     Sem rumo, nós subimos as escadas, devagar e lentamente, saindo no mercadinho, agora sem porta e sem janelas, que dava para o lugar. Mas ali, ainda estavam muitas famílias, esperando. Percebi, que não fomos os únicos a perder alguma coisa. Era mesquinho pensar que fomos, que aquilo tinha acontecido só com a nossa família.

      Era a nossa história, mas também estava acontecendo com outras histórias. Com muitas outras histórias na verdade...

     Percebi que não podemos simplesmente ir embora, não antes de trazer as pessoas de volta. Não antes de trazer essa vila de volta para os moradores de verdade.

     Ainda tínhamos trabalho à fazer.

     Capítulo um pouco mais curtinho porque estamos na reta final, realmente agora falta beeem pouco para acabar. Dois capítulos na verdade. Coloquem o que acharam nos comentários e não se esqueçam da estrelinha linda que me ajuda demais!!!

      Beijinhos milhos pra pipoca!!!