Capítulo 51 - Correria pra batalha (Louis) parte 3

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     ( Caros leitores a partir desse capítulo, as conversas em outra língua serão escritas direto em português, para melhor entendimento)

     Lindsay nos acordou de sobressalto, parecendo assustada.

     _ Louis, Louis!_Gritou._ Vamos acorda.

     _ Lindsay... Já amanheceu já... Já é a hora?_ Me sentei, um pouco atordoada. Corri os olhos para me localiza, lembrando que Devon e Nando deixaram que eu e Maylle ficássemos com a cama de casal espaçosa de Lindsay. Maylle... Ela não tinha vindo dormir quando cai no sono.

       Levantei o carpete fazendo cócegas nos pés. Estava estranhamente frio ali, um frio mórbido, como se houvesse tensão no ar.

     _ Onde está Maylle?_ Perguntei, massageando as têmporas e as canelas surradas, antes de calçar meias e as botas.

     _ É exatamente sobre isso que estou aqui!_ Guinchou. Reparei que na voz, tinha traços de amargura escondida atrás de medo e até um pouco de pesar.

     Sopesei os pequenos estalidos que ela fazia com a língua.

     _ Onde ela está?_ Suspirei pesadamente.

     Odiava o que viria a seguir. A burocracia disfarçada de intimidade para conseguir provas ou confissões. Mas era necessário.

     _ Você colocou uma pessoa mordida dentro da minha vila Louis, Acho que sou eu que mereço respostas.

     Lutei contra minha pele, tentando não ficar pálida. Nessas horas, era estritamente preciso se manter impassível. Eramos amigas, mas Lindsay tinha uma vila pra comandar, pra ajudar, e eu era apenas um soldado. Um soldado que havia sido irresponsável.

     _ Precisávamos da sua ajuda._ Comecei.

     _ Mas interromperam nossa segurança...

     _ Nossa vila foi atacada.

    _ De certa forma a minha também...

     _ Ela é nossa amiga!

     _ Você era nossa amiga!

     O silêncio parecia estar mais pesado do que as palavras que imaginei, ou que a pedra que obriguei a jogar sobre meu coração e os meus sentimentos. Usei essa pedra para afiar minha resposta.

     _ Lindsay, sua obrigação era proteger essa vila...

     _ E você me impediu de cumpri-la._ Me cortou, cruzando os braços.

     _ Não estamos mais em uma discussão de adolescentes prefeita. Sua obrigação era proteger a vila, e eu lhe impedi de fazer isso. Sua obrigação  também é ajudar quando uma vila precisar de ajuda, como fizemos quando aquela casa pegou fogo.  Maylle estava bem, você mesma a viu, espero que isso não mude sua opinião com relação a ajuda._ Finalizei, passando por ela, sem parrar para encarar o rosto da loira.

     Nando e Devon me encararam, sentados na sala de estar com as expressões tristes, vazias.

     _ Maylle..._ Nando começou.

     _ Eu sei._ Sorri, solidária pra ele.

     _ Desmembraram ela..._ Devon completou.

     Não respondi, o clima triste ali era até pior do que a tensão que pairava no outro cômodo. Sentei no sofá colorido, sua cor estranhamente opaca no momento. O espaço vazio do meu lado parecia ter nome, mas fechei minha mente para esse pensamento era impossível não sentir nada, mas era possível diminuir aquele sentimento. E era o que eu faria...

Gêmeos Contra O Apocalipse Zumbi (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora