Capítulo 2 - A casa da guerra (DANIEL) Parte 1

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Mal amanheceu, e nos já estávamos de volta a estrada (ou melhor, a pequena trilha dentro da Mata, que encontram os a uns dois dias). Meus pés se acostumaram durante esses anos de caminhada constante, mas ainda doíam na maior parte do tempo.
O Sol atravessava as folhas das árvores a nossa volta, fazendo com que eu nao conseguisse ver em alguns momentos. Mas eu via o suficiente para saber que Fernando e Melissa estavam por perto, grudados, como sempre. Eles estiveram assim durante quase o tempo inteiro nesses anos.
Não que eu nao esteja feliz pelo meu irmão, mas ele é meu gemio, e meio que gemios precisam conversar de vez em quando. Mas Nando viu grudado na Melissa, e normalmente ele nem olha mais pra mim. É errado querer que seu irmão te de um pouco de atenção? Ok, eu estou sendo egoísta e infantil, deixa pra lá.
Minha bota esmagou um ou dois galhos e folhas no chão, chamando atenção dos olhos atentos e meio psicóticos da Clara. Ela me olhou meio assustada, mas respirou função e continuou caminhando, afastada de nós, como sempre.
A trilha se alargou um pouco, fazendo com que pudéssemos ficar mais juntos, e a fila indiana que estávamos fazendo desaparecer. As árvores estavam ficando com poucas folhas, e o inverno chegaria em breve... Junto com o frio congelante do hemisfério Norte. Mas ainda estávamos no outono, e o frio não chegou com força total.
Coloquei uma das maos na alça da mochila, olhando para o céu com nuvens e quase ficando cego com o Sol que bateu no meu rosto. Coloquei a outra mao na frente dos olhos para diminuir a claridade.
Então, acabei reparando em uma fumaça escura, que saía de dentro das árvores. Mas não parecia um incêndio, e nem era epoca deles.
_ O que é aquilo?_ Apontei para a parte onde estava a mancha escura.
_ Um incêndio?!_ Tia Lua olhou para lá.
_ Acho que não... Parece mais fumaça de chaminé._ Continuei._ Acho que deveríamos dar uma olhada no que é.
_ Vocês não aprenderam nada nesses anos._ Tio Rafael olhou para nós._ Onde tem pessoas, tem Zeloides!!!
_ Onde tem pessoas tem comida!!_ Yasmim rebateu para seu pai, vindo um pouco mais para perto de mim._ Você não aprendeu ainda?!
_ Yasmim, não se meta!!! Você é só uma criança, que não sabe o que é realmente perigoso!!!_ Tio Rafael disse, quase gritando com a filha.
_ Eu não sou mais uma criança!!! Tenho 14 anos!!!_ Yasmim rebateu novamente._ E você é só um velho rabugento que não confia mais em ninguém!!!
_ Gente, não precisamos deixar esse clima ruim no ar. Pai, você não precisa falar assim com a Mim, ela tem razão._ Gabriel passou o braço por cima dos ombros da irmã, defendendo-a. O pai dos dois os olhou, bravo._ Mas, para ser justo, é melhor votarmos.
_ Voto sim._ Tia Lua, Rio Rodrigo, Yasmim, Gabriel, Fernando e Tia Marina votaram.
_ Voto não._ Henrrique, Juliana Clara e Tio Rafael disseram. Henrrique e Juliana estavam mais é com medo, mas Clara e Tio Rafael estavam só rabugentos, como sempre. Clara nos observava de longe, completamente assustada.
Tio Rafael gruniu como um animal, e Tia Marina colocou a mão em seu ombro.
_ Relaxa mor... Estamos em grande número, as coisas podem ser controladas caso dê em errado, o que eu acho que não vai dar._ Tia Marina sortiu para seu marido._ Calma, ok?
Tio Rafael respirou fundo e gruniu de novo, mas se virou e foi em direção a fumaça. Nos o seguimos.
A floresta parecia mais aberta ali naquela parte. Não completamente limpa, mas a trilha adjacente que levava a fumaca era maior ainda, e as arvores menos fechadas. Mas a vegetação ainda insistia em dominar, e muitos matagais atacavam a trilha.
Não demorou quase nada, para avistarmos um pequeno e precário chalé, quase uma canarinha, enfiada entre as arvores, onde a trilha adjacente acabava, e as arvores se fechavam quase completamente denovo. De uma pequena chaminé no alto do telhado de palha e barro, a fumaça preta que vimos subia aos céus, em espiral. A porta de madeira estava entreaberta.
Tirei a arma da cintura e a carreguei. Ouvi outras pessoas fazerem o mesmo.
Tio Rodrigo foi na frente, e nos juntamos em um bolo de gente logo atrás dele. Com seu fuzil PARAFAL 763-IMBEL semi automático, mirado orgulhosamente para a porta, ele entrou, seguido de perto por mim, e Yasmim logo atrás.
Ele não parou, e continuou entrando dentro do pequeno chalé, até que todos estivessem dentro do cômodo apertado.
_ O que é esse lugar?_ Henrrique sussurrou, olhando em volta.
Realmente, onde estávamos naquele momento era o lugar mais bizarro que eu ja vi. O lugar consistia em uma bancada suja e cheia de facas ensanguentados, com a pequena ou a entupida, uma geladeira, também muito suja e uma cama improvisada. Também estava cheio de potes com animais pequenos e mortos dentro, boiando em um líquido alaranjado.
_ Essa casa parece o lar de um Serial Kiler..._ Sussurrei também. Então, reparei em um cano, saindo de dentro do chão e indo até o teto. Me lembrei da chaminé, e percebi que o local não tinha lareira. Nem sequer um fogão a lenha... De onde vinha a fumaça então?_ Ei, vejam esse cano... Deve ser o que vai até a chaminé, mas... Não tem lareira, ou fogão...
_ Mas tem um alçapão ao lado da cama..._ Melissa disse, apontando para o lado da cama.
Realmente, tinha um alçapão de madeira ao lado da cama, trancado.
Melissa e Fernando se agacharam, e puxaram a trança do alçapão, que estava podre, e se abriu rapidamente. Os dois puxaram a tampa para cima, e olharam la dentro.
_ Tem uma escada, que vai para algo que parece um Banquer._ Ela se sentou, e começou a descer, com Fernando logo atrás. Então, eu e os outros fomos junto.
A escada terminava em uma sala subterrânea, com prateleiras quase vazias, caixas e mapas jogados por todos os lados. Também tinha uma caldeira, com um cano, que provavelmente levava até a chaminé.
_ Tem comida enlatada nas prateleiras! Podemos levar?!!_ Henrrique mostrou as latas.
_ Nao sabemos quem mora aqui, mas poucas latas não farão tanta falta..._ Tia Lua disse.
_ Olhem isso..._ Clara disse, e eu quase dei um pulo. Fazia tempo que não ouvia voz dela alta e clara como naquele momento.
Clara apontava para alguns mapas nas paredes e em uma mesa. Fui até la, e olhei o mapa. Quase tive um infarto!
_ São mapas de bombas!!! Bombas do vírus, do primeiro apocalipse!!!_ Dei um passo para trás, completamente aterrorizado._ Esse lugar pertence ao Estado Islâmico!!!
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Oieee milhos pra pipoca!!!!! Td bem?!!!
O que acharam dessa bomba? Literalmente, é uma bomba, hehehe.
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Queen Pop Corn.

Gêmeos Contra O Apocalipse Zumbi (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora