ꜱᴡᴇᴇᴛ ʟᴏᴠᴇ • ʟᴀʀʀʏ

🌸 Cookie

O interior do lábio de Harry era constantemente mordiscado quando ele chegou à escola no dia seguinte e se encaminhou diretamente ao seu armário quando percebeu que não havia sinais de Louis pelo corredor. Ele pega seu material para a aula de história e tenta arrumar brevemente os seus cachos rebeldes, sem conseguir tirar suas fantasias com o jogador da cabeça e nem o sonho que tivera na noite.

Ele poderia jurar que cada um dos toques era real e sua decepção quando acordou sem estar com marcas de chupões pelo corpo alvo só não foi maior que o sentimento leve de vergonha ao perceber o quanto estava necessitado de Louis, sonhando com ele e se tocando fantasiando os seus dedos em seu interior:

- Bom dia, doce! – o mais velho abraça o garoto por trás quando se aproxima sem que ele perceba, fazendo com que ele se assuste e solte um pequeno ofego quando dá um pulinho ao ser desperto de seus pensamentos. – Oops.

- Hi... – o cacheado respira fundo, colocando a mão no coração acelerado e virando-se na direção de Tomlinson para deixar um beijo suave em seu queixo.

- Não queria te assustar, desculpe. Você está bem? – Louis leva a mão até suas madeixas cacheadas, bagunçando sem querer enquanto acaricia e se inclina para beijar sua testa. Não sabia o porquê, mas percebera que o menino não se sentia totalmente confortável com beijos em público ainda e procurava respeitar essa decisão implícita em seus gestos.

- Tudo bem – o cacheado olha para o mais velho e abre um sorriso ao que o carinho se desloca para seu rosto, de modo que as covinhas aparecem em suas bochechas.

Louis abre um sorriso carinhoso ao notar as covinhas e não consegue deixar de afundar o dedo numa delas num gesto simples que acabou despertando novamente a imaginação impura do menino. O mesmo dedo indicador que afundara em sua entrada em seus sonhos agora afundava em sua covinha.

Aquele pensamento sem pudor faz com que suas bochechas fiquem rapidamente ruborizadas e seu sorriso se desmancha ao que ele mordisca o lábio inferior, desviando o olhar de Tomlinson quando não consegue mais controlar sua imaginação que sempre fora fértil. Ele sentia-se horrivelmente envergonhado por seu corpo precisar tanto do garoto do mesmo modo que seu coração também clamava por ele cada dia mais.

Ao contrário do que ele imaginava, Louis ainda lembrava-se da provocação feita no dia anterior e também pensou bastante no quanto seus lábios avermelhados ficavam gostosos circulando aquele maldito pirulito quando acabou demorando mais um tempinho no banho. O jogador nota que há algo de estranho com o modo de agir do cacheado, mas quando está prestes a perguntar o que havia acontecido o sinal toca:

- Hora da aula, cachinhos! – o irlandês parece surgir do chão para salvar o amigo de mais constrangimento, agarrando sua mão e cumprimentando Louis brevemente ao que começa a puxá-lo para a sala de aula.

- Até depois – Harry dá um pequeno sorriso sem graça e acena para o mais velho quando se afasta junto com o amigo.

O cacheado tem vontade de se bater com aquele livro grosso de história quando vê o garoto acenando para ele ainda meio atônito, com o cenho franzido em confusão pelo seu modo de agir e ainda assim tão gentil. Seu medo de machucá-lo se tornava maior a cada vez que via o seu belo sorriso, mas sabia que não poderia mudar quem ele era ou seu passado que o perseguia.

Niall senta a sua frente na sala de aula e fica conversando com ele sobre uma nova série que ele estava assistindo até o momento em que o professor chega com os resultados da última prova que haviam feito, como sempre o cacheado havia se saído muito bem, mas ainda assim manteve o olhar perdido num ponto fixo quando o educador começou a ensinar um novo conteúdo que ele já conhecia bastante – por mais que a maioria duvidasse disso, Harry constantemente estudava em casa.