Capítulo Seis

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Boa leitura e perdoem minha escrita.

Consegui juntar dinheiro suficiente para pagar o aluguel durante a semana. Como recompensa, Luiza, filha da dona Tereza voltou de viagem do interior. Iza, como a chamo, é uma mulher fantástica, linda e super amiga. Nos conhecemos não faz muito tempo, pouco mais de cinco meses desde que vim morar na pensão.

Estava morrendo de saudades dela, pois Luiza precisou ir para o interior cuidar de sua avó paterna, que se encontrava muito doente, ficando lá por um mês.

- Me conta Laurinha, as novidades? - pergunta sentada na cama, enquanto secava meus cabelos na toalha.

- Ah, Iza. Não aconteceu nada de anormal, exceto... - não sei se realmente é necessário falar da amizade de Gabriel comigo.

Luiza faz um gesto de mão mandando eu prosseguir.

- Exceto que conheci alguém, muito legal por sinal, que está se tornando um grande amigo. - Iza abre um sorriso enorme que falta tocar as orelhas.

Dou de ombros, pego uma camisola velha do armário,que ganhei de uma das irmãs no orfanato, e quando ía tirar a outra toalha que cobria meu corpo para vesti a camisola Luiza interveio.

- Não acredito que você já vai dormir!? Sendo que hoje é sexta-feira e que hoje eu voltei para casa.

- Desculpa Iza, mas estou muito cansada, devido a correria da semana. Agora eu só quero a minha caminha.

Ela faz uma carranca raivosa, mas a conheço bem para saber que só quer me levar pra farra.

- Negativo. Você vai comigo para uma balada top, numa boate mega popular da capital.

- Sinto muito decepciona a senhorita, mas não posso pagar um ingresso tão caro... - sou interrompida.

- E quem disse que você vai pagar? - ela tira da bolsa dois ingressos e exibe pra mim.

Essa eu já perdi.

- Só por curiosidade, como conseguiu... - novamente ela interrompe.

- Não sei se já comentei com você antes, mas eu estava, bem, estou saindo com um carinha que é o dono dessa boate.

Não, ela não havia mencionado nada comigo antes da viagem ou até muito tempo atrás.

- Ah, legal. - digo chateada.

- Desculpa Laurinha, é que nós não temos uma relação específica, e não queria ter falsas esperanças. Então resolvi guardar só pra mim.

A entendo. Iza tem muitas razões para não da um passo grande nos seus afetos, pois uma vez ela me contou que foi enganada por um idiota que dizia juras de amor eterno, chegando os dois a ficarem noivos precipitadamente. Mas foi tudo uma farsa, ele só queria tê-la por uma noite, a qual ela se entregou apaixonadamente, dias depois ele simplesmente sumiu do mapa.

- Tudo bem amiga, entendo plenamente sua atitude. - a abraço demonstrando que não é nada de mais.

Luiza muda rapidinho seu humor.

- Iai? Vamos pra farra? - fica de pé.

- Sim, vamos. - aceitei.

- Por quê não chama seu amigo? Assim ficamos em casal.

- Nós não somos um casal Iza, apenas amigos.

Ela sorri.

- E quem disse que eu chamei vocês dois de casal de namorados ou algo do tipo? Quis dizer de amigos, você que se enrolou toda. - a danada ri, pois caí na dela.

Ela vai pro seu quarto para poder se arrumar. Ligo para o Gabriel o convidando que prontamente aceita, combinamos de nos encontrar na boate, depois desligo o celular e começo a me arrumar.

(...)

A boate realmente é coisa de outro mundo. Pelo menos não o meu. O prédio da boate é de dois andares, localiza-se na esquina da avenida mais badalada, a fachada é toda espelhada por vidros negros e contém um estacionamento próprio.

Esperamos pacientemente na fila, enquanto algumas pessoas da " nobreza" entram sem precisar ficar mais de cinco minutos fora aguardando sua vez.

Colocamos em dia os principais acontecimentos de ambas, e de repente avistei a mesma Ferrari vermelha entrar no estacionamento a minha direita. Será que Miguel está dirigindo aquele carro? Pergunto mentalmente. Não sei por que esse meu interesse repentino, afinal, ele sempre é um idiota comigo.

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