Capitulo Vinte E Dois

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Mesmo sem conhecê-la pude sentir o ódio subir pela minha cabeça, pelo simples fato dela já ter sido a noiva do Miguel. Que ódio! Que bruxa! O que ela quer comigo? Talvez queira explicações da mulher que roubou-lhe seu homem.Mas, não deixarei levar pelas suas palavras.

- O que quer?

Um sorriso maléfico surge na sua face. Apesar de linda, Alice parece ser uma pessoa superficial. Arrogante talvez. Uma criatura bela, porém, amarga. Não sei o que esperar, mas confesso que estou curiosa para descobrir. Sou avaliada dos pés a cabeça, e um olhar de desaprovação surge naquele azul de nebuloso.

- Serei direta. - sutilmente Alice levanta a sobrancelha super definida. - Suma da vida do Miguel. Ele é meu. - apontou para si. - Você se meteu no nosso relacionamento como uma praga, que destrói. E veja só? Você conseguiu. Acabou com o meu noivado.E não foi nada legal. E, é por isso que estou aqui para reverter esta realidade. Se não sair do meu caminho, vou inferniza a sua vida. Compreende querida?

Suspiro e logo respondi:

- Não vou sair da vida do Miguel, por que ele não quer. Eu também não sairei, por que o amo. - dou-lhe as costas e sigo em direção a porta. - Sugiro que você deixe-o em paz. - ao pegar na maçaneta, sou puxada brutalmente pelo o meu cabelo para trás.

- Sua vaca. - sou derrubada, mas em questão de segundos consigo livrar-se de suas garras. - ELE É MEU. SUA PUTA. - volto a ficar de pé. Rapidamente dou-lhe um tapa que a faz cair.

- A puta aqui é você. - ouço a porta abrir.

- QUE MERDA É ESSA? - Miguel. Ele fica a minha frente e ajuda Alice a se levantar. A bruxa se agarra a ele e se finge de vítima.

- Cheguei aqui para te encontrar como combinado e me surpreendi ao encontrá-la furiosa querendo mim matar. - meu queixo caí com tanta blasfêmia.

- MENTIRA. Recebi um bilhete de você pedindo para que o encontra-se aqui. Ao abrir a porta dou de cara com ela. - falo desesperada. - Precisa acreditar em me.

- Ela que mente meu bem. - que ódio dessa cobra cascavel. - Lembra que você, pediu para nos encontrar aqui.

Sinto um pouco de verdade no que ela fala.

- Não escrevi nenhum bilhete. - diz ainda agarrada a ela. Deixo uma lágrima escapa.

- Mas... - procuro a droga do bilhete nos bolsos da calça, mas lembro-me de ter deixado na sua sala. - Deixei na sua sala. Se aguardar posso pegá-lo e provar que não estou mentin... - Miguel me interrompe.

Miguel vira-se e diz:

- Saía Laura. Preciso conversar com ela. Depois falarei com você. Aguarde na minha sala.

O quê? Ele quer que eu saía? Não ela? Ótimo. É melhor que seja assim, pelo menos agora sei com quem ele tá. Busco seu olhar, e fico surpresa ao notar serenidade. Talvez, não quisesse que eu fosse. Dou meia volta para sair daquela sala infernal, mas quando ponho o pé esquerdo para fora, Alice solta o seu veneno.

- Até nunca mais querida! Miguel a repreende.

- Cale-se.

Cada passo que dava para o elevador,meu coração apertava. Doía de uma maneira que não conseguia mais aguentar. Adentrando no elevador, rios de lágrimas deixei cair.

- Idiota! Sem vergonha. AAAAHHHHHHHH - gritei. - Filho de uma... Não. Celina não merece. Ela não têm culpa pelo o filho.

Avaliei minha cara de tacho, e senti-me mal por ter sido fraca. Rapidamente limpo com a manga da camisa meu rosto antes que o elevador abra.

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