Capítulo nove

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Capítulo adiantado, espero que gostem.

Miguel pressiona seu corpo no meu de tal forma que sinto sua ereção na minha barriga. Minha razão tenta me fazer desvencilhar dos beijos dele, mas meu coração diz o oposto, para deixar fluir o momento. O beijo é quente e intenso. A química que flui dos nossos poros era capaz de incendiar quaisquer coisa que nos tocassem. Poderia até queimar instantaneamente. Estávamos em brasas.

Miguel me coloca sentada na pia e vai até a porta e a tranca. Fico nervosa e com medo com o que ele pretende fazer comigo. Já posto a minha frente, fica olhando-me com um jeito que não consigo decifrar.

- O que pretende fazer? - pergunto amedrontada.

Ele sorri maliciosamente. O seu sorriso poderia simplesmente enfeitiçar qualquer ser vivo da terra, e de outro planeta. Eu poderia estar exagerando, até  mesmo perdendo a sanidade. Mas o sorriso dele é de matar. Melhor dizendo, enfeitiçar. Maldito!

- Não vê?! - aponta para seu membro - Quero você!

Engulo em seco. E agora o que faço? Nunca deitei-me com um homem na minha vida. E não pretendo dormir com ele. Não desse jeito e não pela as circunstâncias entre nós. Quero que a minha primeira vez seja especial e com alguém importante.

Não quero bancar a santa, no orfanato nas aulas de biologia as irmãs falavam abertamente sobre sexualidade, e relacionamento sem nenhum constrangimento, o que de fato não me incomodava. Entretanto, decidi desde cedo, que ía me entregar para o homem que amasse e de preferência meu marido.

- Acho que... - busco ar - é melhor você sair deste banheiro e me deixar em paz.

Novamente se aproxima de me e fala sensualmente no meu ouvido:

- Não pense que pode me evitar. Sei que seu corpo quer o meu, então por que não para de bancar a difícil e abre logo essas pernas pra mim?! - infeliz arrogante.

Sem pensar duas vezes, chuto com força suas bolas o que o faz ficar ajoelhado no chão gemendo de dor.

- Ops! Foi sem querer. - rindo alto, abro a porta e saio.

- Sua... - não completa a frase.

Volto pra mesa onde todos estão sentados deixando um Miguel furioso e com as bolas inchadas.

- por que demorou tanto? - pergunta Iza.

- Tive um pequeno problema com duas bolas que encontrei.

Todos olham confusos na minha direção com a minha resposta sem pé nem cabeça. Sorrio para me mesma  com os meus pensamentos no Miguel, contorcendo-se de dor no banheiro.

- O que está falando Laura? - desta vez é Gabriel que pergunta.

- Não é nada. Esqueça o que falei.

(...)

A noite até que foi emocionante - refiro-me sobre as cenas em que fui a protagonista e fiquei por cima do Miguel.

Luiza resolveu esticar a noite e foi para o apartamento do Daniel. Eu, por outro lado, estou exausta aceitei a carona que Gabriel ofereceu de me levar para casa.
Chegando ao destino final, ele para o carro em frente a pensão, desce primeiro e abre a porta do veículo para me como um verdadeiro cavalheiro instinto.

- Obrigada! Você foi muito gentil. - digo.

Gabriel vem até me e pega na minha cintura com uma mão enquanto a outra acaricia minha bochecha.

- Você é linda! - diz com a voz melancólica.

Fico constrangida com a atitude que ele tá tomando e falei:

- Gabriel. Por favor, quero que entenda... Que agora o vejo como um novo amigo e não gostaria de precipitar as coisas. - sou sincera.

- Entendo. Então é melhor ir andando. Boa noite anjo. - do quê ele me chamou? Anjo? OMG!

- Boa noite, Gabriel. - ele sorri.

Quando ía beijar sua bochecha, ele virou o rosto e fez-me dá um selinho na boca. Retiro rapidamente meus lábios dos dele.

- Não deveria ter feito isso. - não gostei nem um pouco da ousadia que ele teve.

Com base na minha reação, Gabriel tenta se desculpar.

- Desculpe! Foi um impulso e não consegui evitar.

- Já tá tarde, preciso entrar. Até depois.

Adentro na pensão sem olhar pra trás.
Depois do banho, visto uma camisola e vou direto dormir.

(..)

Acordo depois do meio-dia com uma ressaca das brabas. Como hoje é sábado e estou literalmente acabada, dou-me um dia de folgas.

Debaixo do chuveiro, relembrando o ataque de Miguel e o selinho roubado de Gabriel, uma dúvida surge na minha cabeça.

Fui atacada pelo meu arco inimigo e deixei-me levar e quando o Gabriel ousou em dá um selinho, senti indignação e repúdio. Mas, pôr quê? Sou retirada das minhas reflexões, por uma batida insistente na porta do meu quarto. Pego a toalha e a uso para cobrir meu corpo.

- Luiza? O que faz aqui? Não deveria está com o Daniel?

Ela passa por me e entra no quarto. Luiza sorri de orelha a orelha, e menciona com a mão um gesto para me sentar na cama.

- Deveria. Mas, tenho ótimos motivos para ter vindo aqui. - faz mistério em revelar o assunto.

- Vai, desembucha.

- Dani nos chamou para passarmos o final de semana na cobertura de um amigo no Leblon. - uau! Que chique. - Iai, você topa? - nunca tive no Leblon, muito menos em uma cobertura desse alto nível.

- Não sei Luiza... Eu não pertenço a esses lugares.

Ela faz uma cara de ofendida.

- Laurinha, não fala assim. Eu também não faço parte do mundo do Dani, mas tanto ele quanto eu estamos fazendo que o nosso relacionamento dê certo.

- Ok! Você venceu.

- Ebah!

Separamos algumas roupas. Escolhi as melhores peças de roupas que tenho - comparado com as de marcas, são consideradas trapos. Daniel mandou um motorista para nos levarmos até a cobertura.

(...)

- Oi, amor. - Iza beija Daniel assim que ele abre a porta.

- Oi linda...

O casal se desgruda e Daniel ajuda-nos com as mala.  Entretanto, depois já estão aos beijos novamente. Eles se beijam como se um precisasse do ar do outro. Definitivamente estou exercendo  o papel perfeito da amiga segurando vela. Na verdade eu poderia montar um altar em minha volta diante ao casal que não se desgruda nem para respirar.

- Oi! Ainda estou aqui casal. - sou ignorada.

O jeito é procurar o quarto de hóspedes sozinha. Caminho até o enorme corredor e vou direto para a segunda porta a direita que se encontra um pouco aberta. Ao chegar perto, escuto gemidos saindo do quarto, curiosa olho pela a porta entre aberta.

Não posso acreditar. Ou melhor devo. Pois sempre soube que ele é do tipo de homem mulherengo. Miguel está transando com uma loira - por que só o vejo com mulheres loiras?, e quando ele percebe minha presença me dá um sorriso que só os cafajestes como ele sabe sorrir.

Se eu soubesse que ele é o tal amigo do Daniel, não teria vindo.

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