O delegado Barreto atira contra a maçaneta, e depois ele chuta com força a porta, a mesma se abre. O delegado aponta para os quatros policiais, para que possam posicionar-se. Um fica de vigia na porta, outros dois seguem para fora do prédio, para rodear e entrarem pelos fundos.Enquanto, o delegado, um polícial e eu entramos.
Subimos uma escada velha, cujo alguns degraus estão esburacados.- Parece que realmente alguém está morando aqui. - diz o delegado.
Barreto referiu-se aos móveis novos, e caros que havia alí. Apesar do prédio ser uma construção antiga, a decoração do ambiente interno, os móveis, são contemporâneos. Diria até que um decorador teria trabalho aqui, pois tudo é muito planejado. Acima de tudo, organizado.
- Senhor. Não há ninguém aqui. - diz o policial, depois de revistar a casa. - Mais, achei isso em cimo do criado-mudo. - o policial entrega para o delegado um recibo de uma conta em um restaurante.
- Acha que ele voltará para cá? - pergunto.
- Com certeza, não. André não é tão burro. - responde o delegado. - Mas, por vias das dúvidas, colocarei homens disfarçados nas redondezas.
*
Uma semana depois...
As buscas pelo o André estão intensas. Além da equipe da polícia, contratei vários homens também. Não vou descansar, até o capturar.
No dia anterior fui a audiência; na qual eu saí vitorioso. Alice, conseguiu se livrar de ir presa por alguns meses. Tenho certeza que o pai dela subornou o juiz. Mais, o que realmente me importa nessa história toda, é que consegui anular o contrato.
Outro fato de relevância que ocorreu essa semana, foi o casamento do meu grande amigo Daniel, com a Luiza. Laura e eu fomos os padrinhos. A festa e cerimônia foi muito glamourosas, a pedido da mãe do noivo. Teve um momento, em que o casal sumiu da festa, indo para a lua de mel, em Portugal.
Três dias depois...
Saio da empresa as pressas, e sigo apressadamente para a casa de Cecília. Pois, Laura ligou para avisar que sua bolsa havia se rompido.
- Miguel apresse meu filho. Laura está sentindo com frequências as contrações. - diz Cecília ao telefone.
- Vovó, não deixa-me mais nervoso.
- Ok. Vou desligar.
Chegando na mansão, sou recepcionado por Cláudio.
- Elas estão no quarto.
Vou subindo rapidamente a escada, abre a porta do quarto onde Laura estava, e dou de cara com ela toda suada e contorcendo-se de dor. Em vê-la sofrer meu coração se contrai.
- Miguel... - sua voz saí quase um sussurro.
Laura parece está cansada. As contrações estão mais curtas, sinal de que Celina está prestes a nascer. Pego Laura nos braços, desço com cautela a escada e a deitei no banco traseiro do carro. Minha avó vinha logo atrás.
- Espere meu filho... - Cecília diz voltando para dentro da casa.
- Tou com medo Miguel... - Laura chora.
Pego suas mãos e as beijos.
- Estarei sempre ao seu lado. Não tenha medo - dou-lheum beijo.
- Agora vamos... - Cecília aparece com uma bolsa de bebê rosa. - Vamos meu filho... - fala sorrindo. Saio disparado com o carro, e os dois seguranças em outro carro atrás.
Estava rezando mentalmente para que desse tempo de chegarmos no hospital a qual queria que Laura tivesse nossa filha, pois um dos sócios do Hospital La Vida era meu conhecido, quando Cecília fala:
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Além Do Corpo - Completo
RomanceLaura Ferraz, nunca teve uma vida fácil. Abandonada recém-nascida em um orfanato de freiras, onde viveu por dezoito anos, ao lado de tristezas íntimas e pequenos momentos de felicidades que as irmãs lhe propôs. Como não foi adotada, assim que ficou...