Capítulo Doze

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Em ver o Miguel colocando a camisinha, me assustei com o tamanho, mas principalmente com a grossura.

Não vai caber! - penso, e fico com medo.

Com os olhos arregalados, deixo de analisar seu membro e fico fitando seus olhos.

Vendo a confusão interior que encontro estampada na minha cara, ele diz:

- Não se preocupe. Vai caber até o talo. - sorri vitorioso.

Após colocar o preservativo, Miguel senta-se na beira da cama e me puxa pela cintura de encontro ao seu corpo, fazendo-me sentar de pernas aberta no seu colo. Ele retorna a beliscar e chupar meus seios, enquanto faz-me rebolar no seu membro extremamente duro.

- Aah... - geme abocanhando o seio esquerdo.

Não deveria ter permitido o primeiro beijo, pois foi alí que tudo começou. E agora com o contato entre nossos corpos  é impossível parar. É impossível resistir a esse cretino.

Miguel pega e fica roçando seu pau na minha entrada, fazendo-me sentir um prazer absurdo.

- Lembre-se Laura que deve gemer chamando meu nome. - começa a encaixar seu membro para me penetrar.

Na hora H somos interrompidos pelo soar da campainha do apartamento.

- Porra! - bufa de raiva - Quem pode ser?

A campainha é tocada insistentemente.

- Vou vê quem é. - Miguel levanta-se da cama ainda comigo com as pernas envolvida na sua cintura, depois me deita na cama delicadamente, retira a camisinha, veste novamente a cueca e a calça. - Volto já, garota. - avisa, e fecha com força a porta atrás de si.

Suspiro aliviada. Como pude ter perdido a consciência do que estava preste a fazer? Bendita seja a campainha.

Não deveria ter chegado tão longe. Miguel é um cafajeste irreversível. Nunca passou pela cabeça dele, de querer algo mais sério com alguma mulher que já transou ou tirou a virgindade. Não posso mais permitir que meu corpo responda por mim. Definitivamente não.

Peguei do chão a camisola, mas o melhor que faço é vestir um pijama discreto para evitar novos transtornos. E assim faço. Tirei da bolsa uma regata branca, um short fino e uma calcinha bege. Sigo pro banheiro, tomo uma ducha rápida - apenas para me limpar. Visto a roupa e saio do quarto escondida rumo ao final do corredor para tentar ver quem é o meu ou minha salvador(a).

- Mas... Miguelzinho. Eu não consigo ficar sem você... - uma voz feminina levemente embriagada diz.

Espera! Miguelzinho? Só pode ser a bruaca da Fernanda.

Colo as costas na parede do imenso corredor, e ponho apenas um pouco da minha cabeça para fora que seja o suficiente para ver os dois.

Ambos estão no hall, enquanto Miguel parece está impaciente, Fernanda chora.

- Eu te amo Miguel... - confessa a mulher que se joga nos braços do homem a sua frente.

Avaliei a postura de Miguel em saber que é amado por alguém. E pude constatar o quão é insensível, já que ele a empurra de si.

- Fernanda você está louca. Por favor, vai embora. Estou ocupado. - Ele a pega pelo o braço, e a conduz a sair do apartamento.

- Miguelzinho... Por favor NÃO... - grita quanto é jogada para fora bruscamente e caí no chão.

Num piscar de olhos as lembranças da noite em que ele tratou-me como um lixo voltam a tona. Junto com a recordação vem o ódio por aquele babaca. O ódio que sinto por ele nesse momento não é maior que o ódio de me mesma em ter permitido entrar na minha intimidade.

Sou retirada dos meus pensamentos pela o som da porta de entrada que o arrogante fechou violentamente.

Apresso a sair de onde estava e sigo a passos largos retornando ao quarto. Chegando, fecho a porta com a chave.
Fico sentada na cama observando a porta. Depois de alguns minutos a maçaneta é girada.

- Laura. - ele chama por mim, porém não lhe dou resposta.

Continua a forçar a maçaneta. Miguel bate na porta e exige:

- Abra agora a merda dessa porta garota. - transmite sua raiva no seu tom de voz.

Permaneço em silêncio.

- Não brinca comigo garota. Sei que você está aí, então abra.

- Não. - finalmente digo.

Bate com mais força.

- É o que dá, lidar com garotas frescas.  

Depois de pronunciar a última palavra, escuto passos e em seguida uma porta bater fortemente.

Preciso ser forte. Não posso mais permitir cair nos seus encantos, embora meu corpo tenha declarado me trair.

(...)

Luiza e Daniel chegaram logo pela manhã. Iza me contou que o Dani a levou para o melhor hotel do Rio, e que planejou tudo. Ela disse que, quando chegou no quarto reservado as luzes estavam apagadas, e que só luz das velas clareava o ambiente. Também havia pétalas vermelhas espalhadas pela a suíte, jantaram sob a varanda que tinha vista pro mar. Após o jantar super romântico, dançaram uma música romântica e fizeram amor a noite toda.

Realmente o Daniel é uma ótima pessoa. Fico contente por ele fazer minha amiga feliz como ela merece. Quem me dera o Miguel fosse pelo menos um pouco como o Dani. Tudo seria diferente.

- Laurinha nós vamos na frente, pois o Dani precisa falar com uns investidores, mas não se preocupe o Miguel vai levá-la. - Luiza simplesmente me dá um beijo na bochecha e saí de mãos dadas com o Dani.

Ótimo! Vou ter que ir para praia com o arrogante. O pior é ficar perto dele depois do que aconteceu.

Já faz uma hora que estou aguardando o senhor arrogante sair do quarto para irmos à praia.

- Vamos garota. - simplesmente fala pondo o óculos escuro nos olhos.

Levanto do sofá e sigo Miguel até o elevador. Ao entrarmos  ele aperta no botão térreo e um clima estranho se espalha pelo local.

De repente, o elevador pára no quinto andar.

- Mas, que merda é essa. - Miguel diz e soca na porta do elevador.

É só o que me faltava ficar presa numa lata gigante com um babaca.

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