Capítulo Oito

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A vontade que tenho é de quebrar essa porcaria de uísque na cabeça desse imbecil. Aí que ódio dele. Mas, não vou dar o gostinho para ele de ser expulsa da boate. Ou de ser presa. Definitivamente não vou me rebaixar. Entretanto não deixarei barato.

- Não pense que pode me humilhar assim. Você não passa de um riquinho mimado... - recebo a garrafa, porém a lanço com toda  força no chão - obrigada pelo pagamento, senhor Vilar. - sou irônica.

- Sua maluca! - ouço seu grito enquanto me afasto entre a pequena multidão de curiosos que se formou pelo o ocorrido.

Solto uma gargalhada dando-me por satisfeita por tê-lo deixado soltando fumaça pelo nariz. Quando caio na real, lembro-me de Luiza e do tarado que a agarrou. Onde eles se meteram? Será que ele a forçou a fazer algo que ela não queira? Céus! E se alguma coisa de ruim aconteceu com ela, a culpa é toda minha por não tê-la ajudada.

Fico perdida na pista de dança, olhando para todos os lados a procura da minha amiga. De repente sinto outra uma mão na minha cintura fazendo com que eu ficasse em alerta. Assustada viro rapidamente e é quando vejo que a mão pertence a Gabriel. Um alívio se alastra pelo o meu corpo.

- Assustei você? - faz cara de preocupado - Desculpe, não pretendia deixá-la assustada.

- Tudo bem! Não foi nada. Que bom que veio. Pensei que não viria.

Gabriel está incrivelmente lindo numa blusa preta, calça  Jeans e de tênis marrom. Desde quando o conheci ele  sempre mantém um sorriso maravilhoso. Eu simplesmente poderia me perder naquele sorriso.

- Realmente achava que eu ía perder a chance de sair com você?!

Fico envergonhada com sua cantada. Ele não perde uma. Gabriel desde quando o conhecerá o mesmo fica soltando algumas cantadas para mim. Não é que eu não gostasse. Nem odiasse. Apenas ficava envergonhada com as suas investidas.

- Bom. Tecnicamente isso não é um encontro. Apenas o convidei para sairmos como amigos.

- Entendi linda. - Gabriel me olha dos pés a cabeça -Aliás você está uma gata.

Aí que vergonha! Devo está parecendo uma pimenta de tão vermelha. Droga de timidez!  Por quê eu simplesmente não posso encarar um elogio sem corar? Mas não. Tenho que pagar um mico por ser tão recatada.

- Obrigada! Você também não fica pra trás. - brinco.

Por um curto tempo o silêncio prevalece.  Até que  Luiza finalmente chegar repentina ao meu lado. A minha amiga parece extasiada.

- Iza onde estava? Fiquei preocupada.

- Calma Laurinha! Posso explicar. - ela chega perto e fala no meu ouvido - Daniel e eu demos uma fugidinha até seu escritório. - sorri satisfeita.

- Huum! Que bom pra vocês. Mas pelo menos deveria ter avisado.

- Desculpa amiga, é que não deu tempo. - ela me abraça.

- Tudo bem. - nossa havia me esquecido de apresentá-la a Gabriel.

- Luiza esse é Gabriel e Gabriel essa é minha melhor e única amiga Luiza.

Os dois se cumprimentam educadamente.

- Então, Luiza onde está o seu príncipe misterioso?

- Ele foi cumprimentar os amigos dele, mas... Ah, olha ele vindo alí. - aponta na direção da escada do camarote.

Não pode ser. Daniel? Lembro-me seu nome perfeitamente. Luiza está correndo grande perigo de se machucar ficando com alguém igual ao seu amigo arrogante, Miguel.

- Iza preciso lhe contar uma coisa. - seguro seu braço buscando chamar sua atenção, porém ela nada escuta.

Iza anda em direção do amado, e os dois se abraçam. Caminham de mãos dadas até nós.

Gabriel aproxima-se de me, ficando ao meu lado. Ele parece confuso em relação a Luiza e Daniel. Quando ía explicar o relacionamento dos dois, Iza começa a apresentá-lo para nós.

- Gente esse é Daniel Félix, meu namorado - ele aperta primeiro a mão do Gabriel, e trocam um oi curto e rápido - Dani esse é o Gabriel amigo da minha melhor amiga Laura - ao apertar minha mão, ele franziu o cenho como se busca-se em minha face a resposta para se lembrar de alguém.

- Agora que todos se conhecem vamos dançar! - diz Iza super animada.

Gabriel segue seu conselho e me puxa para dançar.

Enquanto dançamos, um flash passa na minha cabeça: no dia da humilhação que Miguel me fez passar, Daniel no início da cena deu em cima de me e depois ficou do meu lado. Será que ele é igual ao amigo ou apenas estava brincando comigo e depois se arrependeu e me apoiou?

Depois de um tempo dançando, Daniel nos convidam para irmos pro camarote o que aceitamos de bom grado.

Gabriel é uma pessoa muito interessante pelo o que me falou. Na mesa apenas está, ele e eu. O casal apaixonado não se desgruda um minuto. Bebemos e comemos petiscos sempre conversando animadamente. Gabriel tenta disfarçar suas cantadas, mas é impossível não perceber. Teve um momento em que ele fez um carinho na minha bochecha, e quais me beijou. Tenho que ser sincera, o contato com Gabriel não foi nada comparado com o imbecil do Miguel. Que droga! Por que insisto em pensar nele? Tá bem claro que ele me odeia tanto quanto eu.

Peço licença pro Gabriel para ir ao banheiro. Estou apertada ao extremo, apresso os passos para chegar logo no banheiro, a boa notícia é que há um no camarote. Faço a minha necessidade. Nada melhor aliviar a bexiga depois da mesma quase se explodir dentro de você.

Quando saio da divisória quase tenho um ataque cardíaco em ver o Miguel parado entre a porta de saída do banheiro.

- O que faz aqui seu... - sou surpreendida por ele quando me ataca ferozmente. Ele  beija a minha boca e ao mesmo tempo  passeia as suas mãos pelo o meu corpo.

Continua...

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