Capítulo Vinte E Seis

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Como André teve a audácia de me ligar para mim ameaçar. Quem ele pensa que é? Infeliz. Suas ameaças não me causam medo, pelo contrário, faz com que eu tenha vontade de matá-lo.

- Senhor. - Suzi pede permissão para entrar.

- Entre.

Suzi parece nervosa. Angustiada. A todo momento ela não deixa de mexer no cabelo. Peço para que Suzi sente-se na cadeira de frente a me.

- Diga o que quer? Aliás, preciso que cancele todos os meus compromissos dessa semana e os organize para outro data. - Suzi fica confusa.

- Mas, senhor. Essa semana a compromissos inadiáveis. Não sei se consigo remarcar.

- Tenho certeza que você irá conseguir. Conto com você Suzi.

Minha secretária respira fundo.

- Tudo bem senhor.

- Ótimo. - levanto da cadeira e vou na direção da porta. - Ah, o que você queria falar comigo? - lembro-me antes de sair da sala.

- Bom. É... Que o fornecedor de materiais chegou e ele pede o pedido de fornecimento.

- Bom, o pedido está em cima da mesa. Preciso ir. - abro a porta. - Lembre-se de remarcar meus compromissos daqui a uma semana. Deixarei a empresa nas mãos da minha avô e nas suas também. Confio muito em você. Sei que não irei me decepcionar com você. Até mais Suzi.

- Tchau senhor. - fecho a porta e sigo para o cartório.

O trânsito da cidade até que está tranquilo. Nada de engarrafamento. Liguei para Laura, para informar o endereço do cartório. Também pedi para a mesma, não se atrasar. Pois, precisamos nós casar o quanto antes. Não permitirei que André atrapalhe nossos planos. Lembro-me de fazer uma ligação importante.

- Diz patrão.

- Já resolveu o que lhe pedi?

- Sim. Foi fácil tirar aquele infeliz da cadeia. - sempre competente.

- Pois bem. Agora preciso que abra um processo contra a.senhorita Alice Nóbrega , por calúnias. Tenho todos os documentos que precisa no escritório do meu apartamento. Basta falar ao Firmino, o porteiro do prédio, que permiti a sua entrada.

- Certo senhor. Irei agora mesmo.

- Ótimo. Conto com a sua competência.

- Sem dúvidas. - desligo o celular.

Ao chegar ao cartório fico  aguardando Laura. Meia hora já se passou e nada da minha noiva chegar. Droga! Será que aconteceu algo? Pego o celular e ligo para ela. A mesma atende minutos depois.

- Onde está você Laura? Cheguei na hora marcada e nada de você chegar. - digo apreensivo.

- Estou a caminho meu amor. O trânsito desse lado da cidade está um caos.

Respiro profundamente.

- Ok. Leve o tempo que for, mas hoje precisamos nos casar. - ela concorda do outro lado da linha. - Te amo Laura.

Desligo o celular.

Sem dúvidas irei abrir um buraco no chão, caso se eu não parasse de andar para um  lado e pro outro.
O juiz de paz já estava impaciente. Peço a todo momento que ele tenha paciência e compreensão, afinal o trânsito está caótico.
Estou uma pilha de nervos. Se Laura não chegasse em cinco minutos, eu teria um ataque cardíaco. Para a minha salvação, Laura entra lindamente no cartório.

- Desculpem-me a demora. O trânsito não ajuda. - Laura vem até mim, oferece sua mão que a pego carinhosamente.

Posso vê no seu olhar um brilho estonteante. Sem nenhum dúvidas que ela é a mulher certa para a mim.

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