Épilogo (Revisado)

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Corro como se dependesse da minha vida em direção ao yuru, não por medo do tiro mas sim por medo de que não fosse realmente ele ali, tinha muito sangue naquele chão, aperto ele o mais forte que eu consigo.


"-Me desculpa por demorar tanto"

Se eu imaginava que isso podia acontecer algum dia na minha vida? Não, não imaginava ser quase abusado, ser sequestrado e muito menos encontrar essa pessoa maravilhosa que se arriscou tanto para me salvar.
No meio dos meus pesamentos de puro desespero e alívio eu sinto o corpo de yuru ser jogado contra o meu, lhe seguro pela cabeça e minha mão fica totalmente molhada de sangue, ele estava perdendo muito sangue, olho para trás e gustavo também estava perdendo muito sangue, tiro minha blusa e coloco contra o ferimento de yuru, deito sua cabeça em minha perna e ligo para âmbulancia.

- Alô, por favor eu preciso de ajuda, meu namorado está perdendo muito sangue - Digo isso entre soluços.

- Acalmece senhor, nos diga o endereço que vamos o mais rápido possivel.

- Eu estou na rua... - Lhe falo toda a informação e espero sentado no chão fazendo carinho em yuru - Calma meu amor você vai ficar bem.

Lembro de gustavo e resolvo ligar para a polícia, me perguntam se eu conhecia o yuru e me falaram que ele foi pedir ajuda mais cedo, digo o endereço e explico o estado das coisas.
Se passa cinco minutos e a âmbulancia chega ao mesmo tempo da polícia, levam os dois na mesma âmbulancia, havia apenas uma, prenderam gustavo com algemas na maca.
Chegando ao hospital eles me falam que apenas fariam ponto na cabeça de yuru e lhe daria uma transfusão de sangue e logo logo ele acordaria.

×Yuru×

Acordo no hospital dois dias depois do acontecido e a forte claridade irrita os meus olhos, passo um tempo acostumando com a claridade, a porta do quarto se abre e lá vinha ele segurando uma bandeija de café da manhã.

- Bom dia dorminhoco - fala ele colocando a bandeija na mesinha e me dando um selinho.

- Bom dia, isso é pra mim?

- Não, você ainda não pode comer nada pesado, foi um sacrifício eles deixarem eu comer aqui dentro sabia?

- Então só veio me tentar? - Levo um belisco fraquinho e uma risada gostosa - Aí, eu to aqui tem quantos dias?

- Dois dias

- E gustavo?

- Eles trataram o ferimento dele e no dia seguinte ele foi julgado, o advogado conseguiu que ele não fosse preso e sim levado pra um manicomio, alegando que ele não controlava os seus atos.

- Pelos menos ele está longe agora - Falo puxando ele pra um abraço.

- Sim, obrigado, eu te amo - Diz ele acariciando o meu rosto e me dando um beijo em seguida.

- Eu também te amo.

5 Anos depois

- Amor dar pra levar sofia na escola hoje? Tenho um julgamento - Diz richard gritando do banheiro enquanto eu vou abrir a porta.

Nesse mesmo instante vejo sofia correr em direção a porta.

- TIAAAAAA!! - Olho para porta e vejo eduarda com um sorriso enorme pegando sofia no colo.

- Oque faz aqui? - Digo surpreso.

- Vim ver minha sobrinha já que vocês nunca levam ela pra me ver, né coisinha mais linda - Diz enquanto faz cosquinha nela.

Richard aparece na sala rindo das gargalhadas que sofia dava enquanto ficava sem ar de tanto rir.

- Aproveita que está aqui e leva ela pra escola então – diz rindo.

- Pode deixar, sou uma ótima tia, vem xuxu - Pega a mochila de sofia e sai levando ela sem se despedir de nós, hoje em dia ela não tinha mais cíumes do richard, mas sim da nossa filha.

Olho pra ele e ele estava lindo como sempre, seu olhar que perfurava a minha alma e me fazia derreter todo estava fixo em mim.

- Já falei que te amo hoje?

- Ainda não - Diz ele colocando o braço em volta do meu pescoço e me dando um selinho.

- Eu te amo – digo e finalmente lhe dou o beijo que ele merece.

Fim

Uma luz no fim do túnel (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora