•5• (Revisado)

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Bom, eu fiquei surpreso pelo oque quase aconteceu aqui hoje, bom, eu já havia reparado nos olhares que ele me deu durante a semana, eu achava que não tinha nada haver, talvez fosse pela aquela mensagem, eu fiquei reparando em seus olhos puxados mas que eram claros pela sua mãe ser brasileira, seu corpo moreno e alto, seu cabelo liso jogado para o lado, se não fosse aquelas malditas lembranças de gustavo, eu lembrei de suas mãos, de quão alto ele era perto de mim, assim como Yuru é, e eu quase chorei por raiva de mim mesmo, já havia se passado quase cinco anos de toda aquela merda e eu não havia esquecido ainda, passei a tarde toda me lembrando mas mesmo assim colado em yuru, a cada carinho dele em minha nuca eu me via tentado a contar sobre gustavo, mas ai me lembrei que só conhecia ele a um pouco mais de duas semanas e então eu desisto.

Depois de um tempo, cansado de prender o choro eu me levanto e tento ir até o quarto, eu não queria que ele me visse chorar, eu não gostava que me vissem chorar, mas assim que eu chego no meio da sala eu sinto ele me abraçar por trás e deixar seu queixo em meu ombro, não aguentando mais eu sinto uma única lágrima cair e eu limpo ela rápido antes que outras cheguem a cair, assim que ele me solta por perceber que eu estava mais calmo minha amiga entra pela porta.

- Então esse é o famoso Yuru? – pergunta ela daquele jeitinho só dela.

- Famoso? – pergunta ele confuso depois de ir até a mesinha e pegar todos os seus livros e colocar na mochila.

Eduarda depois de reparar no meu rosto vermelho, porque sim, eu estava com vergonha, ela deixou pra lá, depois de se despedir dele ela foi para o quarto e ficou lá, eu olhei pra ele e ele olhou pra mim.

- Bom, já está escuro – diz olhando pela janela – é melhor eu ir – diz apontando para a porta.

- Eu te levo até lá em baixo – digo e vou com ele para o elevador, ficamos cada um de um lado nos olhando de lado – Bom, é isso, até segunda – digo sem saber oque falar, coloco as mãos no bolso e olho diretamente em seus olhos.

- Até segunda – ele diz e me puxa delicadamente pelo braço, toca a minha nuca com as pontas dos  dedos e faz uma pequena caricia, ele olha bem no fundo dos meus olhos assim como eu fiz antes e me beija, não aqueles beijos de gente desesperada, mas sim um delicado e contido, ele sorri pra mim e vai embora.

Ficamos sem nos falar por um dia inteiro, no domingo eu resolvi chama-lo para sair, tentar sei lá, conversar e ver oque estava acontecendo com a gente.

Uma luz no fim do túnel (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora