•3• (Revisado)

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Depois daquela mensagem a gente ficou um bom tempo conversando, ele me mandou foto dos livros que ele pegou e eu recomendei outros também, minha colega que eu dividia apartamento passava de cinco em cinco segundos em frente ao sofá e ficava me olhando.

- Com quem você está falando? – perguntou finalmente se jogando do meu lado.

- Um novato da minha turma, ajudei ele hoje com uma coisa – digo continuando a digitar e sem olhar pra ela, por isso eu não tinha visto sua mão vindo em minha direção, ela puxou o celular e se levantou.

- Realmente é um homem, pensei que fosse outra melhor amiga, já ia dar na sua cara – ela diz e eu começo a rir – ele é gatinho em, ele é descendente de asiático?

- Não sei, não perguntei isso ainda, mas é claro que é – digo pedindo o celular de volta, vejo ela digitando alguma coisa e depois jogou de volta pra mim.

- Agora você sabe – diz e sai correndo, olho pro celular e sinto meu rosto esquentar.

Você:
Você é do Brasil mesmo? Acho seus olhos puxadinhos lindos.

Yuru:
Sim, mas minha familia veio do japão, por isso esse nome exótico kkk os seus olhos também são lindos.

Continuo olhando pro meu celular e sinto meu coração disparar de ansiedade, como eu vou olhar pra esse menino na segunda feira? Travo meu celular sem responder e me levanto correndo.

- EDUARDAAAAA! SAI DAÍ SUA BISCATE – grito e vou até o seu quarto que claro estava trancado.

- Eu só acelerei as coisas migo – diz rindo atrás da porta.

- Você me paga menina – digo desistindo e voltando pra sala, olho pra mensagem de novo e suspiro.

Agora já foi.

....

Bom, não aconteceu nada demais depois daquela mensagem, por incrivel que pareça ele nem tocou mais no assunto, mas depois de uma semana nós já estavamos bem proximos, estudamos juntos, almoçamos juntos e quando não é só nós dois é a turma inteira. E depois de o professor anunciar o dia da prova nós dois fomos até uma praça e sentamos na grama para estudar, quando vimos que o sol estava ficando forte nós fomos para minha casa para continuar lá.

- Pode entrar – digo abrindo a porta e o puxando pelo braço, ele bate de frente comigo e acabamos rindo do nosso desastre, seu nariz toca o meu com um leve roçar e logo se afasta.

- Obrigado – diz e se joga no sofá.

- Pode ficar a vontade, tem água ou suco na geladeira, se quiser pode ligar o ventilador, vou tomar um banho e já volto – digo e vejo ele me encarar sério e assentir.

Vou pro meu quarto e entro no banheiro, quando eu sinto a água gelada bater em minhas costas eu solto um suspiro, estava calor demais.

Uma luz no fim do túnel (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora