Prólogo - Crise de gripe

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Brooklyn, New York - USA

03:25 p.m

A menina de cabelos pretos lê atentamente um livro sobre plantas venenosas sentada num canto da sala, enquanto seu avô, um senhor de mais ou menos 70 anos, cabelos bem brancos e rosto gentil, assiste as notícias da tarde.

A sala está agradável, o clima ideal para uma leitura. Foi o que a menina pensou, por isso pegou aquele livro na biblioteca do seu avô.

" Mais um caso de gripe confirmado no Queen's, este já é o trigésimo caso em nossa cidade ", fala a repórter na tevê.

" No estado de Washington já passam de quinhentos os casos confirmados. Pedimos atenciosamente que todas as pessoas na idade de maior risco se dirijam aos hospitais mais próximos para realizarem a vacinação. Eu sou Karen Jackson para o Diário de Notícias, esperamos que essa situação melhore, mais notícias ao vivo no jornal da noite."

O senhor, descontente com as notícias, muda de canal.

" Os casos de gripe tem aumentado... " , " Mais casos confirmados p...", " Primeira morte pela gripe... ". Em todos os canais que passa são essas as notícias.

— Começou. — resmunga o velho para si mesmo.

— Disse alguma coisa vovô? — pede a menina, se virando para fitar o velho.

— Começou Helena, a cólera começou.

— Você está bem vovô?

— Claro que estou, não me trate como se eu fosse um velho acabado, Bah! — bufa o velho — Esses jovens! É por isso que tudo está assim.

A menina balança a cabeça. O velho muda de canal novamente.

" É incrível, a morte acontece muito rápido, e algumas vítimas apresentam manchas pretas e pústulas que explodem... ", fala outro repórter na tevê.

O velho balança a cabeça descrente.

— Começou. — ele fala mirando o vazio — A ira dos deuses caiu sobre nós. Não poderá ser evitada.

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