Central Park
Edgar
Ter o piquenique de turma interrompido por zumbis? Super normal, ninguém estava correndo em pânico no momento.
Ainda não. Todos estavam mais ocupados ficando paralisados ou tremendo de medo. Menos o nosso professor, ele encarava tudo com muita naturalidade.E garotas malucas lançando bolas de fogo roxo nos zumbis também era super normal, muito bem, obrigado.
Essa semana já estava se tornando uma fonte de bizarrices.Eu estava começando a perder minha calma habitual. Aquilo já estava passando dos limites.
Havia algo de muito podre na cidade de Nova York, e isso eu soube quando encontrei os malditos encanadores-monstro.Não sei porquê vim nesse maldito passeio!
Sinto que a raiva começa a sair por meus poros. Respiro devagar e ela vai embora.
Desde muito novo tenho um problema em controlar meu temperamento, e devido a isso tive que passar por vários psicólogos e terapeutas. Mas só consegui aprender a controlar a raiva quando comecei a lutar, aos dez anos.O Mestre Li, meu ex-professor me ensinou tudo que sei sobre artes marciais e meditação.
Passei horas meditando, por isso consigo me controlar quando mais uma bola de fogo é lançada na direção dos zumbis.Quero parar a maldita luta, quero desaparecer deste lugar barulhento e ir para uma fonte no meio da mata, onde há silêncio.
- Como vocês ousam pisar na minha comida? - a garota, Beatrice era seu nome, olhava enfurecida para os zumbis. - Suas bestas malditas!
Outra bola de fogo atingiu a cabeça do zumbi do meio, arrancando um pouco de sua pele encouraçada.
O fogo roxo parecia consumir a pele deles, mas logo sumia, deixando apenas faíscas que queimavam os trapos em seus corpos.- Saiam agora daqui! - a garota parecia envolta num furacão violeta, que bagunçava seus cabelos de uma maneira sinistra.
O zumbi do meio abriu a boca e dela saiu uma voz esganiçada e lenta:
- Nósssss ssssomosss nosssoi.
- O legaaado de Baco nãooo pode noss deteeer... - o zumbi da direita falou.
- Ele é fraaaco. - o da esquerda completou.
Beatrice olhava tudo com fúria nos olhos.
- Eu não perguntei quem vocês são, estão pisando na minha comida e isso já é o bastante! - a garota se aproximou mais ainda dos mortos-vivos.
Foi aí que reparei que ambos os zumbis estavam encima da toalha de piquenique, e já haviam esmagado uma grande parte da comida que estava ali.
Enquanto olhavamos o zumbi do meio abriu a boca e espirrou uma gosma amarela que saiu voando por todos os lados.
- Se abaixem, não deixe que toque em vocês. - Hannibal grita, e agarra os mais próximos dele, os jogando no chão.
Vejo que uma enorme bola da mesma gosma vai em direção de Beatrice, mas é consumida pelo fogo.
- Olhem para isso! Vocês sujaram toda a comida com essa maldita gosma fedorenta! - ela apontava para a comida, que jazia esmagada e suja de ranho.
- Eu disssse, o legado é fraaaco. - o zumbi do meio abriu sua boca e soprou uma fumaça verde, tóxica. - Nósss vamos destruir tuuudo.
- Somosss muitosss. - a criatura da esquerda também cuspiu fumaça verde. - Os nosoi vencem.
Beatrice parecia ainda mais enfurecida, e logo estava frente à frente com os zumbis.
- Trice, não! - um garoto, devia ser o irmão gêmeo dela, tentava se aproximar, mas a aura não permitia.
- Cubram os narizes! Agora! Não respirem essa fumaça! - o professor grita, e cobre o nariz com a camisa.
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A Peste
AventuraO que você faria se descobrisse que todas as histórias que seus pais contavam são reais? Que todos os mitos e lendas que você aprendeu na escola não são apenas mitos e lendas? Que existe um mundo escondido a nossa frágil visão humana? Um mundo que é...