13 - Os deuses são reais, mas os monstros também

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O que estava a se passar naquela sala de reuniões/escritório?

Um complô? Um bando de pessoas estranhas reunidas por um professor maluco?
Talvez... E isso até poderia ser engraçado se não fosse real, se aquelas pessoas ali reunidas não fossem mesmo semideuses ou legados...

E o professor poderia ser mesmo maluco se não fosse um homem de quarenta e oito anos, já calejado pela vida, embora não aparente por sua bela aparência de um viking saído daquela série.

E como Helena suspeitava ainda haviam muitos segredos ocultos, e muito mistério envolvendo aquilo.

Mas nos foquemos em acompanhar a reação de cada um naquela sala.

Helena estava curiosa em saber o que ainda era mistério para ela, já que desconhecia aquele lugar. Seu avô Ícaro estava remoendo seu ódio pela morte da adorada filha Bella. Trice roía as unhas e seu estômago doía de fome.

Maurice estava com a boca meio aberta, ainda tentando entender como todos ali se conheciam. Mark olhava para os pais com suspeita, pensando se sua teoria do duende ladrão estava certa.

Lisa e seu pai pensavam no incidente do cão infernal, embora Lisa não soubesse o que era um cão infernal. Edgar estava calmo, mantendo os ensinamentos de seu antigo professor e mestre, sua mãe mordia os lábios e esperava que o filho desse um ataque.

Os Carytton olhavam para os Evans e balançavam a cabeça, e estes últimos retribuiam o gesto, como que pensando em como a verdade afetaria seu filhos.

E Hannibal abriu sua boca para dizer a grande verdade:

- Tudo o que vocês ouviram sobre mitologia e folclore popular é real. - e se sentou novamente, fazendo um triângulo com a ponta dos dedos. - Talvez de uma maneira diferente, mas é real.

Um silêncio constrangedor toma conta da sala.

- Eu sabia! - Mark explode num pulo da cadeira. - Sabia que foi um duende que roubou meu computador!

- É o quê? - Edgar Williams, o garoto da bela e preciosa carne, parece achar graça. - Depois sou eu que uso narcóticos...

- Meu filho, tenha modos. - Suzi pede ao filho, fazendo-o sentar novamente.

- Na verdade, não foi um duende que roubou seu computador... - o professor esclarece. - Duendes roubam apenas coisas úteis para eles, e somente por necessidade. O que roubou seu computador e a TV do Evans foi um Imp.

- Um o quê? - Rice coça a cabeça sem entender.

O experiente professor revira os olhos.

- Um diabrete. Uma criaturinha terrível. - ele ri, olhando para a cara do garoto. - Foi ele que azarou seu dia. É um ser desagradável, mas não é perigoso, o máximo que ele vai fazer é bagunçar a sua casa e roubar algo.

Ícaro solta uma risada nasalada.

- Mas porquê roubaram meu computador? - o menino ainda está muito zangado por ter perdido seu notebook, com o qual assistia seus animes e lia seus mangas.

- Imps gostam de objetos brilhantes, talvez este tenha um fraco por tecnologia. - o professor dá de ombros, enquanto o jovem leitor de mangas pensa num diabrete lendo seus arquivos.

- Então foi por isso que a tia ficou doente, papai ficou preso no trânsito, os pneus furaram e começou a chover... - Rice reflete, se lembrando de toda a raiva que passou naquele dia. - Monstrinho maldito!

- A questão aqui é que tudo o que vocês imaginaram que fazia parte dos " mitos " é real e palpavel, talvez queira devorar vocês, mas isso é para isso que estão aqui. - Hannibal analisava cada um dos presentes e balançava a cabeça. - Seus pais deviam tê-los preparado para isso, deviam ter lhes contado sobre as lendas, sobre o mundo mágico, se o tivessem feito vocês estariam mais preparados...

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