Notas de Esperança (Completa)

Capítulo 12

Capítulo dedicado a leitora linda jessicatomalok

O vestido preto impecável estava estendido sobre a cama, meia fina escura e um sapato escarpam completavam o look elegante.

Ainda enrolada a toalha, tentava entender o sonho que acabara de ter. Tudo parecia ser real, parecia que tinha vivido aquilo.

Ouvi passos no corredor até pararem em frente à porta do quarto. Pequenas batidas soaram.

− Senhorita Stuart, pode abrir a porta, por favor?

Leonardo Mello estava bem ali, pedindo para entrar e eu estava como? Enrolada em uma tolha e não fazia ideia de quanto tempo se passara.

− Senhor Mello, acabei de sair do banho, ainda estou enrolada na toalha e...

− Sabe que isso não é um problema, senhorita, já que não posso vê-la. Por favor, abra a porta, é importante! – sua voz era autoritária, mesmo pedindo "por favor".

− Tudo bem... já estou indo...

Meu coração acelerou assim que abri a porta. Leonardo estava magnífico de smoking - sem o habitual óculos escuro - e um perfume convidativo a abraça-lo para sentir melhor a fragrância.

Claro que isso ficou apenas em meu pensamento louco.

− Oi...

Oi? Foi tudo o que pude dizer!

Ele sorriu, achando graça.

− O banho parece ter lhe feito bem, senhorita Stuart. – ele continuava sorrindo.

− Ah, sim. Fez-me muito bem, estou descansada e revigorada. – tentei dar firmeza na minha voz, que ultimamente andava me traindo.

− Muito bom! Eu também pude descansar... mas eu vim até aqui, para ver se precisa de algo e trazer-lhe este colar que cairá muito bem com o vestido.

Ele estendeu sua mão segurando a belíssima joia delicada.

− É linda, senhor Mello.

− Vire-se, senhorita Stuart.

Fiz o que me mandou.

Ao sentir o toque gelado do colar e as mãos quentes dele tocando meu pescoço, fizeram minha pele arrepiar-se.

Esperei pela tortura acabar, enquanto ele prendia o fecho.

− Posso saber a quem pertence esse colar? – toquei o pingente de brilhante.

Senti que ele se aproximou mais e encostou seu queixo no topo de minha cabeça.

− Pertenceu a alguém que amava, mas isso não importa mais. Agora é meu e dou a quem quiser... ele é seu, senhorita Stuart.

Virei-me de frente para ele, chocada.

− Não, eu não posso aceitar... deve valer uma fortuna e eu não sou nada... quero dizer... alguém especial. Posso devolver ao senhor depois do jantar, sem problemas...

− Que parte do "ele é seu" você não entendeu? Agora se vista, vou esperá-la lá embaixo.

Ele virou-se e saiu, me deixando sem palavras diante daquele presente lindo. Mas o quanto antes irei agradecê-lo.