Capítulo 67 - Preciso ou não de remédios?

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Catarina Narrando

- Peço para o taxista deixar Laís em frente de sua casa e me despeço da mesma dando um tchauzinho e o taxista prossegue o caminho com um novo endereço que eu lhe dou.

Essa saída, com a Laís, não passou de um planinho bolado rápido em minha cabeça. Eu queria ter certeza que Laís e Yago não estavam tendo nada.

Ainda não tinha engolido os olhares que um dava para o outro na ceia natalina meu sexto sentido se aguçou mais ainda quando Yago levou um susto e escondeu o celular de mim na sala.

-- Se não tem nada de errado, por quê ficar nervoso e esconder? --

Eu já tinha as lingeries que comprei para Laís tudo gravadas em minha cabeça, provavelmente, ela usaria uma delas hoje no churrasco e se eu desse sorte, encontraria uma delas com o Yago ainda hoje.

- Prontinho, deu vinte três reais. - Parou o taxímetro.

Eu - Aqui. Obrigada. - Dou o dinheiro e saio batendo a porta.

Começo a caçar a chave em minha bolsa enquanto ando e vejo Yago tirando a neve da grama todo mau-humorado resmungando algo.

Eu - Cheguei, hein. - Aviso e ele me olha de canto.

Yago - Fez suas comprinhas? - Seu tom era irónico.

Eu - Urum. - Respondo não querendo muito assunto e entro.

Jogo a bolsa no sofá e tiro o meu sobretudo, arrumo meu cabelo e me sento no sofá olhando para a televisão desligada. Eu estava pensativa e ao mesmo tempo com um pouco de raiva de mim mesma por estar desconfiando da Laís, que eu considero como se fosse uma sobrinha pra mim.

Yago - Ainda vai para o churrasco? - Bateu a porta tirando seu casaco e o pendurando.

Eu - Não sei... está muito frio. Só Guilherme mesmo para querer fazer churrasco com este tempo. - Solto um riso balançando a cabeça como forma de reprovação.

Yago - Ele disse que na parte de trás tem uma cobertura e que nem vamos sentir o frio de tanto vinho que ele vai dar para nós todos. - Disse sério.

Eu - Hum... não duvido nada. - Em nenhum momento lhe encarei.

Yago - E então? - Ainda esperava uma resposta certa.

Eu - Pode tirando qualquer planinho em mente porque eu vou. Aliás, vê se não arruma confusão dessa vez. Já estou farta! - Bato no braço do sofá rolando os olhos.

Yago - Eu não estava com nenhum plano em mente! - Elevou o tom de voz e ficou em minha frente.- No dia em que eu te trair, irei te contar.

Dou uma risada irônica e me levanto ficando frente à frente com ele e me aproximo do mesmo quase beijando seus lábios.

Eu - Eu espero do fundo do meu coração que esse dia não exista, Yago. Seria melhor para você. - Sussurro olhando em seus lábios e depois em seus olhos.

MEU MUNDO, NOSSO MUNDO 3° - Eternamente Meu MUNDO, Seu mundo, final. 🌎❤️Onde histórias criam vida. Descubra agora