Ton gostou da idéia de explorar o palácio. O lugar era gigante. Com câmaras e câmaras enormes contendo móveis e artefatos dos quais ele nunca vira.
Ele explorou os vários corredores que encontrava durante a exploração. Todos com aquela decoração sombria, típica de castelos mau assombrados dos filmes, não que ele não gostasse daquilo, era fascinante. Ele encontrou várias portas trancadas e ficou curioso para saber o que elas guardavam. Algumas estavam abertas, mas não tinham nada demais, muitas eram quartos e outras estavam completamente vazias. No final de um dos corredores, ele deu de cara com enormes portas de carvalho duplas, ao abri-las, encontrou-se em um arsenal de armas, mais ou menos, três vezes maior que o de Sfixland. Estava mal iluminado por pequenas janelas no alto do recinto. Vários corredores de prateleiras com os mais variados tipos de armas que você pode imaginar. Tinha até armas de fogo da Terra. Pistolas, fuzis, metralhadoras, rifles, barris de granadas, até lança foguetes pendurados nas paredes. Ele se perguntou porquê Kallow teria aquelas armas ali, mas a resposta era meio óbvia, então ele desistiu.
Ton decidiu explorar o arsenal, a procura de nada em específico. A medida que ele caminhava por um dos corredores, velas de chamas verdes se ascendiam para iluminar mais. Ele foi pegando algumas armas e analisando, espadas, lanças, adagas, estrelas ninjas, lanças parecidas com as dos espartanos e também de outros povos. Haviam armas de todos os lugares, e épocas, do mundo ali. Tinham armas que ele sabia terem sido criadas ali em Natureza mesmo.
Ele chegou ao fim do corredor, no fundo do arsenal, onde, perto da parede, havia alguns pedestais de pedra com algumas armas feitas com alguma espécie de metal negro. Uma das armas, parecia as Lâminas do Caos, armas usadas pelo personagem Kratos do game God of War, Ton se perguntou se em algum lugar naquele palácio havia uma sala de jogos, ele procuraria mais tarde. Em um dos pedestais, outras armas chamaram a atenção dele, duas adagas cruzadas e uma espada, as armas flutuavam alguns centímetros acima do pedestal, o metal delas era mais escuro que o das outras armas, porém, elas emitiam um brilho fascinante e emanava uma energia sombria, ele se sentiu estranhamente atraído até elas.
Ele ficou olhando os detalhes das armas, eram impressionantemente lindas, as adagas tinham lâminas duplas, lisas e levemente curvadas. O cabo continha inscrições numa língua estranha e desenhos de chamas, ao se aproximar mais, Ton notou desenhos de pessoas entre as chamas, era lindo e, ao mesmo tempo, assustador. A espada estava num bainha com alça de couro negra, o cabo tinha os mesmos desenhos das adagas. Com um pouco de receio, ele decidiu pegar a arma. Assim que tocou o cabo da espada, Ton sentiu uma vibração na mão e aquela energia se espalhou por seu corpo, assustado, ele largou a espada, mas nem ela, nem as adagas, continuaram flutuando nos pedestais, elas caíram com um retinido agudo no chão. As armas não amavam mais a energia, nem emitiam mais o brilho obscuro de antes. Ton sentiu a energia dentro dele. Ele pegou as armas e as colocou de volta no pedestal, desejando que, de alguma forma, elas voltassem a flutuar. Mas nada aconteceu, Ton ficou olhando sem saber o que fazer, pensou em sair dali, mas tinha que arrumar aquilo. Então decidiu chamar a Caitlyn, talvez ela pudesse ajudar.
***
Ton já achou que estava perdido quando encontrou com a Caitlyn em um dos corredores.
- Finalmente. - Ele disse, a olhando. - Então, eu estava fazendo o que você disse, explorando o palácio, daí encontrei o arsenal, lá tinha umas armas estranhas e...
- Você tocou nas Brilhosas. - Ela concluiu, o encarando de forma estranha.
- Brilhosas? - Ele perguntou.
- É como eu as chamo. - Ela disse. Ton quase riu, mas o assunto era sério.
- É, pois é, eu toquei e... Me ajuda. - Ele pediu e contou o que aconteceu.
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Filhos Da Natureza - A Prisão Das Trevas
FantasyAudrey Jansen "Audrey caminhou lentamente até o portal, e levou a mão até a névoa. Uma corrente gelada atravessou seu braço e percorreu todo o seu corpo quando ela a tocou. O lugar, alguma coisa, alguém que havia do outro lado, a chamava. Então ela...