Capítulo 2

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Assim que chegamos em casa eu só deixei minha bolsa no sofá e fui pra geladeira

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Assim que chegamos em casa eu só deixei minha bolsa no sofá e fui pra geladeira. A manhã foi cansativa e comer me acalma, um verdadeiro calmante. Abrir a mesma e comecei a tirar de lá duas lasanhas, chocolates e por último mais não menos importante, um suco natural porquê tem que ser saudável.

- Tia Aurora ligou pra mim. Esqueci de te falar. - Diz Deise. Ela lava as mãos na pia e liga o fogão pra esquentar o arroz.

- E porque ela ligou pra você e não pra mim? - Ponho minhas mãos na cintura indignada e ela ri. Tenho ciúmes mesmo. Já tem dois dias que minha mãe não me liga. Velha falsa.

- E eu que sei. Ela disse que só anda dando caixa postal . - Dá de ombros rindo.

- Vou dá uma olhadinha depois.

Coloco os pratos sobre a ilha e tiro as tigelas do microondas, até que o celular de Deise começa a tocar e ela pega sussurrando um "Alberto" e sai da cozinha.

Abro o laptop voltando as minhas pesquisas mais recentes, ponho meus óculos de grau porque né meu amor, míope é um caso! Me limitando a comer e digitar, coisa que pra mim não é difícil; sou muito boa em ficar atenta em mínimos detalhes.

Pouco mais de um ano eu venho guardando dinheiro, ser professora é o que eu sempre quis, porém pra mim sempre foi importante ter um plano B. Por isso que decidi investir esse dinheiro. Já está na hora de pôr meu plano em ação.

Continuo a procurar um imóvel dentro das minhas condições no momento. Até que encontro um, é um pouco longe mas pelo preço vale a pena.

Levanto e saio correndo a procura do meu celular, meu Deus tomara que dê certo, peço mentalmente.

Digito o número e espero, quando a ligação está quase dando caixa ele atende...

-

Assim que Deise entra na cozinha eu desligo o celular.

- O que aconteceu? Tu tá estranha! - Passa direto, sentando no banquinho e começando a comer.

- Amanhã eu vou ver o imóvel, já falei com o proprietário. - Minha alegria é contagiante.

Comemoramos mais um feito. Ultimamente tudo tem dado certo pra mim e é até assustador sabe, mas vou segurar na mão de Deus e ir.

As horas passaram-se rapidamente, e entre preparar aulas e comer eu não me dei conta de que já era quatro e meia da tarde. Guardei todo o material e fui pro quarto. Abri o guarda roupa tirando de lá minha roupa de corrida. Calcei o tênis e amarrei o cabelo. Antes de sair ainda peguei cem reais e pus dentro da capa do meu celular. Vai quê: não é mesmo?

Pus meu celular no pequeno bolso que tem atrás e sair de casa começando a caminhar.
Meia hora de caminhada e o suor já escorria, uma hora e eu já estava fadigando, comecei a correr pra valer, veio a lasanha de meio dia nas lembranças, e então engatei a marcha e acelerei. As pessoas me olhando estranho, outras cochichando, é assim! Toda vez que eu passo ou alguém fala da minha cor, ou do meu corpo até do meu cabelo. E quando falo que sou professora então.

Porém estou pouco me fudendo pra essas pessoas. Quero mais é viver.

Já estava escurecendo quando desacelerei os passos.

- Se nessa corrida eu não perdi dois quilos eu me caso com Jason Momoa. - Ri com a minha própria piada.

Até porque pensando bem eu preferiria casar com o eterno Aquaman a emagrecer. Não sou hipócrita né meu bem. O homem é o homem!

Sai dos meus pensamentos um pouco inadequados e olhei o celular. Porra! Já são mais de sete.

Voltei, dessa vez caminhando e entrei no primeiro super mercado que eu vi. O lugar até que não está cheio. Peguei o carrinho e fui pegando o que ia precisar, pipoca, porque tem jogo do Flamengo hoje, doce de leite e leite condensado. Peguei absorventes também, camisinha porque nunca se sabe quando vai aparecer, por isso sempre tenho em todos os lugares, gavetas, bolsa entre outros lugares.

Quando me dei por satisfeita fui em direção ao caixa até ser parada.

- me ajuda xocorro! - Virei dando de cara com uma garotinha linda de aproximadamente cinco anos vestida de abelhinha.

- O que aconteceu? Cadê seus pais? - Lhe perguntei. Toda hora ela olhava pra trás até que se jogou em meus braços.

Eu fiquei sem saber o que fazer, então eu abracei.

- o lobo mal, ele vai me pegar, e você também - Apontou pra mim, ela não parecia está chorando, não sei se tinha se perdido dos pais ou não.

- Como você se chama?

- hoje meu nome é seorita abeinha. - E então riu - meu Deus meu Deus ele vai me pegar. Eu peguei as bainhas e sair correndo ele disse que hoje não. Ele está atlais de mim.

Escondeu o rosto na curvatura do meu pescoço. Depois agitou-se pra sair do meu colo e quando eu fui solta-la a voz do diretor Vinícius estrondou atrás de mim, reconheceria em qualquer lugar. Ficou guardada na minha cabeça.

- lobo mal axô.

...

 MARIANA ©  - OGG 1 [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora