Capítulo 35 -

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Segui a mulher baixinha até uma sala, sentindo meu peito subir e descer de maneira branda e descompassada

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Segui a mulher baixinha até uma sala, sentindo meu peito subir e descer de maneira branda e descompassada.
Eu nunca fui um cara muito religioso mas nesse momento estava me apegando a Deus ou a qualquer coisa que me desse força e esperança.

Ela abriu a porta e entrou, fiz o mesmo. Ela sentou e talvez estivesse esperando que eu fizesse o mesmo pois ficou me encarando.

— Não enrola e fala como ela está! — Fiquei em frente a mesa e a vi tremer devido ao meu tom de voz.

Eu só queria poder ver Mariana e comprovar com os meus olhos que ela está bem.

— Senhor Vinícius a coisa não está bonita. — Cruza as mãos em cima da mesa e me olha por entre o óculos de grau — Mariana escapou por muito pouco de ser atropelada fatalmente.

— Seja clara! — Peço.

— Ela levou uma pancada muito forte na cabeça que a fez ficar com um inchaço no local. Porém tem outra coisa. Ela teve um deslocamento de placenta devido ao impacto, fizemos o possível para salvar o bebê, mas... Eu sinto muito...

— Salvar o bebê? — Um filho, meu Deus! — Ela estava grávida?

— Sim. O senhor não sabia? — Balanço a cabeça negativamente — Tinha aproximadamente onze semanas.

Ela diz e percebo o pesar em sua voz.

— Ela estava grávida. — Sussurro.

Ela esperava um filho meu.

E ele já não existe mais...

Sento na cadeira atrás de mim, sentindo as lágrimas molharem o meu rosto. Imagens de Mariana em cada estágio da gravidez passando como um pequeno filme em minha mente. Ela sorrindo com as mãos envoltas da barriga de nove meses enquanto eu capturo aqueles momentos com fotos.

AHHHHHHHHH — Grito! Grito alto tentando diminuir essa dor e culpa que está alojada dentro do meu peito.

— Fizemos o possível...

Levanto exaltado e aponto o dedo em sua cara. — Vocês não fizeram a porra do possível. Se não ele aínda estaria lá. — Grito e saio dali batendo a porta com força.

Por mais que eu saiba que a culpa é do miserável que a atropelou. Esse eu vou mata-lo com minhas próprias mãos.

Caminho para fora com passos firmes e calculados. Mais a frente observo quando um carro de luxo para e Pedro salta para fora.
Tiro do bolso o pequeno papel com o número da placa que o garotinho me deu.

Um anjo.

— Será que o Gustavo pode descobrir a quem pertence o carro? — Mostro o papel amassado e ele acente sem exitar.

 MARIANA ©  - OGG 1 [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora