Capítulo 6

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Quando decidimos sair para nos divertir, eu não imaginei sequer cogitei a ideia de encontra-lo aqui, quer dizer, São Paulo é enorme

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Quando decidimos sair para
nos divertir, eu não imaginei sequer cogitei a ideia de encontra-lo aqui, quer dizer, São Paulo é enorme.
O que era pra ser mais uma noite comum de diversão se transformou em "noite de terror" por assim dizer.

Descobrimos que o gato negro mas conhecido como Diego, é o dono da boate e está visivelmente interessado na minha amiga. Ela está totalmente nervosa, cruzando e descruzando as pernas a todo momento e eu me limito a rir.

Deise me belisca e aponta pra escada, nos indicando a deixá-los sozinhos,
levantamos e descemos outra vez.

- Tu sabe que ela vai nos matar né? - Indaga com um leve divertimento na voz.

- Tô consciente disso! - Balbucio balançando a cabeça. Continuamos andando até a pista de dança. Até que de longe eu avisto o gatinho do bar vindo em minha direção. Vou encontrá-lo.

Ele está vestido com uma calça jeans e blusa gola V branca. O mesmo me encontra e sem aviso prévio pega a minha nuca me puxando em direção a sua boca. Me recupero do pequeno susto correspondendo ao seu beijo. Hmm...

O garoto descola nossos lábios, e eu fico aérea tentando compreender a situação. Ele ri.

- Vem comigo gata. - Sussurra no meu ouvido. Segura minha mão antes mesmo de esperar a resposta e me leva pra fora. Não reluto em nenhum momento, porém percebo o quanto está excitadíssimo.

Atravessamos a porta e o vento frio me fez tremer. Nos encaminho a um beco escuro um pouco afastado da boate. Agora eu percebi que ele deve ter no máximo uns vinte e dois anos.
A bebida já estava saindo do corpo e aos poucos meu estado "normal" surgia.

Entramos no beco, nos distanciando um pouco pra que ninguém que ali passasse notasse que tinham gente "transando" ali.
O garoto que eu não sabia o nome voltou a me beijar. O negócio estava bom, até ele meter a mão dentro da minha saia, foi rude, afastando minha calcinha pra o lado e penetrando dois dedos em mim.

- Você tá louco seu idiota? - Gritei e o empurrei pra longe, ele se desequilibrou e por pouco não caiu.

Ajeitei a calcinha. Eu fiquei puta!

- A vai me dizer agora que é Santa. O que é pra ir devagar. - Falou com ironia. Rindo sarcástico.

- O fato de eu trazer você aqui, não te faz no direito de fazer o que quiser não moleque. - Virei pronta pra sair dali, mas o mesmo me arrastou pelo cabelo. Me deixando surpresa.

- Vai me deixar assim não dona! - Apertou os dedos ainda mais. E naquele momento eu me dei conta da realidade, eu Marina, uma mulher de vinte e seis anos estava em um beco escuro com um desconhecido prestes a ser agredida... Ou melhor, eu já estava sendo...

- Me solta! - Me debati - Socorro!

Gritei e recebi um tapa na cara. A mascara de mulher forte caiu e as lágrimas desceram no mesmo instante.

- Cala a boca! Ninguém tá te fazendo nada aqui não dona. Relaxa.

Memórias de anos atrás invadem a minha mente. Eu nunca deixei homem nenhum levantar a mão pra mim, eu não ia dá continuidade ao que eu presenciei em casa. Isso nunca!
Por isso cresci sendo uma mulher forte e engraçada. Defendo mulheres frias que não se deixam levar por meia dúzia de palavras bonitas.

Tirei força do meu interior e cravei as unhas nas bolas dele. Eu apertei com tanta força, que a cada vez que minhas mãos e unhas se fechavam ele ia afrouxando o aperto. Então eu vi a oportunidade de correr. E foi isso que eu fiz.

- Filha da puta, desgraçada... - Gemeu.

Eu estava tão cega que só percebi que tinha alguém na minha frente quando fui ao chão devido ao impacto, muito assustada eu chorei tentando levantar, não ia me dar por vencida justo agora.

- Vagabunda... - Olhei pra trás e visualizei ele vindo em minha direção, estava mancando, com a mão entre as pernas.

Senti me levantarem e não acreditei quando vi Vinícius, parece aquelas coisas que acontecem em livros, porém aqui a situação é bem complexa, tem um cara raivoso atrás de mim... Vinícius me olhou nos olhos e sua feição não era das melhores. Ele estava tenso. Com bastante raiva até.

- Sai daqui agora! - Ordenou.

Balencei a cabeça ainda atordoada e dei alguns passos foi quando ouvi os primeiro gemidos de dor e não vinham de Vinícius.
Continuei caminhando até encontrar a caminhonete. Não sei quanto tempo eu fiquei ali encostada, meu corpo tremia devido ao frio, um dos sapatos tinha quebrado o salto. Escorreguei minhas costas sobre o carro e cair sentada no chão. Negligênte. Isso que eu fui. Merda! Mil vezes merda!

- MAS O QUE PORRA VOCÊ ESTAVA PENSANDO? - Me assusto com a voz raivosa de Vinícius e começo a chorar.
Ele continua
- Porra você foi negligênte. Ninguém te impede de transar com quem quiser, porém sugiro que conheça o vagabundo com que vai se envolver. - Acusa frio. Tremo!

- Vou acatar seu conselho diretor. - Soo sarcástica e me levanto, bato a mão na bunda tirando a terra sentindo seu olhar atento em todos os meus movimentos.
- Muito obrigado por... - Aponto engolindo seco.

- O miserável agora pensará duas vezes antes de encostar a mão em uma mulher, isso é, se ele quiser se aproximar de uma outra vez. - Dá uma risada assustadora e continua
- Vamos, vou te levar pra casa Mariana, entra no carro! - Manda.

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Espero que estejam gostando...

Boa noite💜

Lhes apresento uma imagem de paz

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Lhes apresento uma imagem de paz. Rsrs

 MARIANA ©  - OGG 1 [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora