Diego narrando.
Os paramédicos a levaram rapidamente para um quarto na UTI. Eu fui junto, mesmo que não quisessem, porém, fui arrastado para fora e apenas pelos vidros eu conseguia vê-la e ouvir os médicos.
Ela está tão pálida, tão fria. Ela não pode estar morta. Não ela. Eu tenho que a ver feliz para conseguir ser feliz também.
- Diego! - Alex me chamou assim que me viu. Reconheci a voz dele mesmo sem olhar para trás.
- Ela não... Se ela morrer eu não sei o que vou fazer... - Passei a mão pelo cabelo novamente.
- Você precisa ter fé. Ela vai ficar bem. Ela não morreu. - Ele me abraçou por alguns instantes antes de eu ouvir o médico gritando.
- Vamos tentar reanima-la! - Uma das enfermeiras pegou o aparelho de reanimação no corredor e levou a ele. - Vai! - Eu vi novamente aquelas maquinas tentando salvá-la.
Mas eu sabia que nada daquilo iria adiantar se Deus não estivesse com ela ali agora. E eu espero que esteja.
- É melhor sairmos daqui... - Alex tenta me puxar, mas resisto e continuo com as mãos na janela do quarto dela.
- Um, dois, três. Vai! - Novamente o médico gritou.
- Não há batimentos, doutor.
- Por favor... - Senti meu rosto umedecer com a água que jorrava dos meus olhos. - Não me abandone agora Deus. Não me deixe agora, não a deixe agora. - Olhei novamente para Lana, ali deitada com um cabo passando em seu corpo.
A enfermeira lá dentro correu para sair e eu a parei ficando na sua frente.
- Me deixe entrar lá. Por favor.
- Eu não posso, senhor. - Ela tentou passar novamente.
- Enfermeira, eu sei que você pode pelo menos tentar falar com ele. - Alex interviu. - Faça isso por ele.
Ela suspirou profundamente.
- Está bem. - Correu de volta ao quarto e falou com o médico que logo olhou para mim e ficou quieto.
Ela voltou.
- O senhor pode entrar. Mas coloque essas luvas e máscara, por favor. O capote também. - Ela apontou para os materiais que estavam na porta.
Fui o mais depressa para dentro daquela sala isolada na UTI e coloquei tudo que ela me disse com a ajuda da mesma. Alex permaneceu do lado de fora, pelos vidros eu podia ver sua aflição.
- Me diga que tem alguma esperança. - Olhei para o médico que parecia nem saber mais o que fazer.
- Você acredita em milagres? - Perguntou-me.
- E-eu... Eu não sei.
- Reze por um, meu filho. Eu não vou mentir. A situação dela não é boa. Ela não está respondendo aos nossos meios de ressuscitação.
- Seus meios... - Olhei para o lado, onde aplicavam medicamento na veia e continuavam com a maquina de reanimação nela. - "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos." - Eu disse, lembrando-me de Alana me citando esse versículo.
- Um, dois, três. Vai! - Olhei para ela que não atendia a nada disso.
- Parem com isso... - Ninguém me ouviu. - PAREM COM ISSO AGORA! - Berrei.
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O preço de amar a Cristo
ДуховныеO primeiro livro se chama "O preço de ser cristã". Leiam primeiro ele e depois aqui. Agora, de volta ao Brasil depois de alguns anos, Alana terá que enfrentar o desafio de conseguir o perdão de seus amigos, ela também vai experimentar mais uma vez...