Alana narrando.
Nenhuma pesquisa na internet me ajudou. Eu apenas coloquei minha calça jeans surrada, meu tênis velho e uma camiseta preta que eu tinha trazido. Prendi a parte de cima do meu cabelo e fui seguir Karina para perto das galinhas. Maressa estava animada, mais do que eu, com isso. De repente me vi tendo um medo súbito de todas elas.
Eu já tive que passar pelo drama de dormir no mesmo quarto que Diego, o que não era bom para nós agora - ele dormiu no chão, enquanto eu dormi na cama com Maressa - Os parentes dele não entendiam bem a necessidade de ficarmos em quartos separados e me senti mal em dizer que não podíamos, então apenas aceitamos.
Enquanto Karina se prepara para me ajudar. Celine, Laís e Maressa estavam tomando café para em seguida ir brincar no parquinho da vizinhança. Olhei-me no reflexo do espelho e imaginei se seria fácil alimentar as pobres galinhas e depois escovar alguns cavalos.
- Eu pediria para você ordenhar a vaca, mas... - Karina riu do seu próprio pensamento.
- Acho que eu não estou preparada para isso. - Ela concordou com a cabeça de leve.
- Amor, vem comer... - Diego passou pela porta e eu sorri abertamente para ele.
- Tã-dã - Sua irmã apontou suas mãos para mim e ele cruzou os braços.
- O que é isso? - Arqueou a sobrancelha.
- Como a vó está um pouco irritada com sua escolha de noiva, coisa que ninguém além dela acha ruim, eu achei que seria legal a Alana mostrar que não é só uma menina da cidade e que pode sim enfrentar os perigos de ser uma fazendeira - Falou tão rápido que quase não consegui prestar atenção.
- Lana - Ele olhou diretamente para mim. - Você não precisa fazer isso para impressionar minha avó. Só seja você mesma. - Karina caiu na gargalhada.
- Me poupe Di, olha só... - Ela colocou a mão no ombro de Diego. - Eu não sou neta real oficial da dona Lara e sei o sacrifício que foi para ela me aceitar.
- Karina, eu posso conversar a sós com ele, rapidinho? - Ela meneia a cabeça e sai do quarto, deixando a porta entreaberta.
- Não gosto dessa ideia. - Ralhou ainda de braços cruzados.
- Nem se eu te der um beijo? Toquei em seus lábios com os meus, mas ele não se moveu, apenas negou com a cabeça. - E um beijinho aqui? - Pousei minha boca em seu pescoço. - Ele deu uma leve estremecida, mas não disse nada. - Vamos, Diego, por favor.
- Lana, eu não sou a favor disso. - Vislumbrou-me com a face interessada. - Mas... Se é importante para você... - Arregalo os olhos e pulo em seu pescoço.
- Obrigada, meu amor. - Cobri seu rosto com beijos. Ele fez uma leve careta, porém retribuiu o beijo com suavidade. - Toco involuntariamente sua face e o abraço em seguida.
- Só espero que não se arrependa. - Fez uma leve careta que chegou a ser charmosa. - Agora vamos tomar café que a Maressa só fala de você lá. "vovó cadê a mamãe? Papai, chama a mamãe..." - Ele a imitou fazendo-me rir.
- Vamos tomar café. - Puxo-o para fora do quarto.
Eu estava sendo racional, mas do momento em que ficamos noivos parece que ficou ainda mais difícil aguentar ficar a sós com Diego e manter a compostura.
- Mama! - Dona Lara correu seus olhos ao meu encontro e logo torceu o nariz. - Olha só quantos pães - Me entregou um.
- É realmente muito meu amor - Sorrio para ela.
- Vovó, você sabia que a mamãe já viajou para ajudar várias pessoas e ficava sem pão? - Maressa tagarelou.
- Hum... Ah é? Você é médica por acaso?
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O preço de amar a Cristo
EspiritualO primeiro livro se chama "O preço de ser cristã". Leiam primeiro ele e depois aqui. Agora, de volta ao Brasil depois de alguns anos, Alana terá que enfrentar o desafio de conseguir o perdão de seus amigos, ela também vai experimentar mais uma vez...