Alana narrando
Meu coração gelou. Eu fiquei tão aterrorizada que não conseguia me mover, quase não respirei. Mas aí ela cai na gargalhada:
- Isso é porque não está mais apaixonada. - Disse entre risos com Shawn.
- Parem com isso! - Saio de perto batendo o pé.
- Espera Alana! - Shawn corre atrás de mim. - Nós estamos brincando com você, mas... E quando for para valer? Você precisa logo ver ele e tirar essa agonia do seu coração.
- Eu sei, mas... Eu nem sei o que dizer.
- Que tal "oi"? - Ele balança as sobrancelhas.
- Engraçadinho. - Viro-me para observar Maressa, que estava brincando no pula-pula de mãos dadas a Noah.
- É sério. Se não sabe o que falar... Fale do corte de cabelo dele. - Ele deu de ombros, me lembrando do dia que ele bateu lá em casa.
- Vou pensar. - Os braços dele se cruzaram e ele fez um trejeito de reprovação.
- Eu tenho que ir embora, um cliente me ligou. Eu vou te ligar depois que avaliar o caso do seu irmão, ok? - Disse, beijando minha bochecha.
Ele foi até as grades do pula-pula e se despediu de Maressa, colocando um pequeno objeto em seu braço. Claro que era uma pulseira comprada às pressas.
Depois de muitas horas de brincadeiras as crianças começaram a ir embora, eu estava cansada, por isso, internamente dei Graças a Deus por elas começarem a serem arrastadas pelos pais para casa, mas vendo a alegria de Maressa eu poderia passar a madrugada inteira aqui.
Blanca já tinha se despedido e eu, mesmo querendo, mais uma vez quis comentar sobre Alex, mas não o fiz. Eu só contava com Carlos e Marcos, aliás, a filha dele não podia vir, pois estava visitando a mãe.
Carlos dirigiu de volta para casa e como sempre, ficou quieto. Marcos já puxou algum assunto comigo, Sabrina e Liliane. Mas Liliane dormia tranquilamente com Maressa no colo dela.
Ao chegar em casa, eu apenas troco a roupa de Maressa - e ela não se move - e coloco-a na cama confortavelmente, eu sabia que não conseguiria acordá-la mesmo.
- A senhora precisa de mais alguma coisa? - Eu fechei a porta do quarto de Maressa e olhei para trás, para assim responder Carlos.
- Eu já pedi para me chamar apenas de Alana. - Sento-me no sofá e cruzo as pernas.
- Eu prefiro trata-la assim.
- Tudo bem. Não preciso de mais nada, estão dispensados. - Liliane e Sabrina, que estavam com ele, apenas sorriram e saíram.
- Carlos. - Antes dele sair virou-se novamente.
- Sim senhora.
- Eu te aborreço de alguma forma? Por favor, seja sincero.
- Eu não estou aqui para opinar sobre meus patrões. Eu apenas sigo ordens. - Responde.
- Estou perguntando como uma pessoa, possível amiga. Me diga. Prometo que não vai afetar em nada no seu trabalho, eu só estou curiosa. - Cruzo as pernas e fito-o bem, esperando que ele responda:
- Se quer mesmo saber, eu não gosto de você, você me aborrece de muitas formas, que não vem ao caso agora. Espero que eu tenha saciado sua curiosidade. Boa noite. - Ele não me deixou falar mais, apenas foi rapidamente para fora da sala.
Parece que Deus está me dando mais de uma missão.
Eu preciso ajudar meu irmão.
Procurar meus amigos para conseguir que eles me perdoem.
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O preço de amar a Cristo
SpiritualO primeiro livro se chama "O preço de ser cristã". Leiam primeiro ele e depois aqui. Agora, de volta ao Brasil depois de alguns anos, Alana terá que enfrentar o desafio de conseguir o perdão de seus amigos, ela também vai experimentar mais uma vez...