Capítulo 44 - Me dê mais amor por Ti ❤

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Alana narrando.

Encostamos na porta ao ser fechada, e ambos sentamos no chão atrás da porta. Fechei os olhos e respirei fundo.

Não queria ser grosseira com eles, mas eles já estavam piores do que eu. Como podem enrolar tanto? Está na cara que se gostam ainda. As vezes precisamos de uma sacudida para ver a realidade que está bem a frente deles.

Pensei sobre o passado. Da ultima vez que fiquei atrás da porta ouvindo eles dois, eles começaram a namorar e eu fui atrás do Diego. Olhei para ele, que apertava minha mão e parecia pensar em algo distante.

— Você está bem? – Perguntei.

Ele não falou por alguns segundos, mas então abriu a boca para responder:

— "Se querem ficar juntos, apenas fiquem" – Disse e me olhou com um amor imenso transbordando dos seus olhos. — Eu fugi dessa conversa, mas quero começa-la. Vamos terminar.

— O que? – Meu coração acelerou. — Como assim terminar? – Me apavorei e ele riu.

— Estou falando de terminar o noivado para eu poder te pedir apropriadamente em casamento. Você tinha razão, foi um momento triste para você e quero que isso seja esquecido, o momento de um pedido deve ser feliz e trazer alegria e não tristeza. – Explicou.

— Sério? – Senti as lágrimas começarem a vir. — Está bem com isso?

— Eu quero ficar com você do jeito certo, o que tem demais em namorar por mais algum tempo? Vamos recomeçar daí. – Falou e me deu um beijo suave. — Quando tudo estiver no devido lugar, eu vou fazer o melhor pedido do mundo, prometo. – Ele ergueu seu dedo mindinho me fazendo rir.

— Eu acredito em você – Juntei nossos dedos mindinhos.

— ARTHUR! – Lorena berrou e rimos baixinho. — Eu não quero me relacionar com alguém que vai me deixar ir de novo.

— Eu te deixei ir? – Falou em tom alto. — Você que terminou comigo porque me achava um fraco.

— E não era? – Lorena riu. — Todos eramos fracos. Eu não conseguia lidar com o fato de ser cega e não poder te ver, ainda mais por sentir que todos estavam distribuindo pena em cima de mim. – Continuou com a voz embargada.

— Pena? Eu nunca senti pena de você. Eu sempre senti um amor imenso que me fez atravessar diversas dificuldades. Eu fui realmente um idiota em achar que você pensava em mim igual eu pensava em você. Eu só pensava "eu vou ser o suporte dela e apoiar ela quando ela quiser chorar, vou ouvir suas reclamações e amar ela assim mesmo, porque ela é sensacional". Quando minha esposa morreu eu fui todos os dias te ver, mas você não me viu.

— Você é um idiota. – Sua voz estava chorosa.

— E posso saber o porquê? – Perguntou Arthur, um pouco mais calmo.

O clima parecia tenso e o silêncio tomou o ambiente. Então ouvimos um suspiro fundo.

— Eu te amei todos os dias desde que conheci você. – Lorena quebrou o silêncio. — E ainda amo.

Eu tive que sorrir. Finalmente aquilo estava acontecendo e os dois estavam conseguindo se ajeitar. Olhei para Diego, que também sorria, e deitei em seu ombro, ele continuou fazendo carinho na minha mão e eu apenas apreciei aquela sensação.

Não prestei mais atenção na conversa, mas pelo silêncio que se tomou depois que Lorena disse aquilo eu sabia que tudo estava bem agora. Depois de alguns minutos, Diego e eu nos levantamos e abrimos uma brecha na porta e, como esperado, eles estavam abraçados.

O preço de amar a CristoOnde histórias criam vida. Descubra agora