Capítulo 39 - Para a honra Dele ❤

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O dia estava ensolarado, eu já podia sentir isso. O calor passando pela janela e o sol batendo na minha pele. Sentia meus dedos dos pés suados pela coberta em cima de mim. Sim, minha vontade era ficar deitada na cama até muito mais tarde. Eu sinto meus ossos pedindo para ficar nela, mas hoje o dia era importante em dose dupla.

Eu sabia que acordaria no momento em que o sol aparecesse, se deixasse essa janela aberta. Assim, eu não me acomodaria mais na cama, com o calor entranhado em mim. Ah, o calor do Rio de Janeiro... Em algumas vezes nos ajuda.

— Acorda! – Levei um susto com a porta sendo aberta repentinamente.

— Aí, meu ouvido Blanca... Que isso?

— Hoje é dia de ver sua filha e o dia de, finalmente, saber se você conseguiu o emprego na escola – Ela estava de mãos dadas com Noah, que apenas a seguia de um lado para o outro.

Ele estava arrumado e ela também.

— Vocês vão sair? – Sentei na cama e cocei os olhos.

— Vamos sim. Dia da família. Aproveitar que meu marido está com bom humor... – Ela virou para mim e, silenciosamente, soletrou "sexo". — Então vamos sair.

— Aí Jesus. – Balancei a cabeça.

Enquanto ela ficava andando pelo meu quarto, arrastei-me para fora da cama e fui ao banheiro que ficava no fim do corredor para tomar uma ducha bem gelada.

A água batendo na minha pele ainda doía – por causa das queimaduras – então a evito em alguns momentos, mas me lavo o máximo que posso e consigo ficar pelo menos dez minutos no banho. Depois que saio, seco meu cabelo e prendo num coque alto.

Peguei uma calça jeans preta e uma blusinha branca de alcinha, ela tinha um tecido leve, era como seda. Coloquei um sapato aberto de salto médio, preto. Eu estava básica e a blusa me ajuda a não sentir dor. Passei um pouco de maquiagem e saí do banheiro.

Quando desci, Alex estava tomando café com Noah, enquanto Blanca estava fazendo algo na cozinha.

— Dormiu bem? – Alex perguntou, direcionando seu olhar para mim.

— Ah... Sim. – Respondi. — Eu vou tomar meu remédio e sair. – Digo.

— Você não vai sair daqui sem tomar café. – Blanca me lançou um olhar mortal.

— Tia Lana, porquê você não come? – Noah perguntou.

— Eu como sim. – Respondo, sorrindo para ele.

— Então come com a gente. – Ele faz um bico enorme e Alex ri quando o filho bate a mão na cadeira ao lado dele.

— Claro. – Respondo entredentes, querendo enforcar Alex e Blanca que só riam de mim.

— Aqui, toma isso com seu remédio. É suco. – Ela dá o suco na minha mão.

Quando eu estava entre a ilha da cozinha e a mesa que ficava logo depois, tive que parar no caminho com a minha cabeça latejando sem parar. Eu olhei aquele copo de suco e parecia que meu irmão estava ali na minha frente.

— Tia Lana? – Parecia que ele estava me chamando de muito longe de mim.

Parecíamos estar num eco assombroso de um banheiro de festa. Eles estavam na festa e eu, no banheiro.

O preço de amar a CristoOnde histórias criam vida. Descubra agora