Capítulo 38 - Esperança de algo novo ❤

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Alana narrando.

Depois daquele encontro estranho decidi apenas pagar a conta e esperar por Diego sentada do outro lado da rua. Quando vi o carro dele se aproximar, apenas me levantei e acenei. Ele me viu e estacionou o carro e veio até mim.

Ele parou alguns centímetros longe de mim e me olhou, fixo e como se eu fosse uma peça rara de algum museu. Senti-me envergonhada então virei o rosto o que o fez rir e me fez rir em seguida. É incrível como esse homem consegue tirar o peso das minhas costas.

- Como foi a conversa? - Sentou-se ao meu lado e entrelaçou seus dedos aos meus.

- Ruim e boa. - Suspirei.

- Como assim? - Olhei para ele e em seguida deitei em seu ombro, relaxando um pouco. - Aconteceu alguma coisa? - Seu tom foi mais sério.

- Não exatamente. O Pablo usou a Lili - Respondi. - Ele me colocou algo naquele suco, mas não exatamente ele, entende? Se eu contar sobre isso para alguém a Liliane vai sair prejudicada quando ela foi usada nesse jogo dele. - Pisquei algumas vezes para conter as lágrimas, e apertei sua mão.

- Seu irmão planejou tudo muito bem, mas... - Ele virou de lado para mim, fazendo-me erguer minha cabeça e segurou minhas duas mãos. - Ele vai cair. Vamos encontrar a esposa dele e, se Deus quiser, ela vai nos ajudar, pois, se ela casou com ele provavelmente não sabe onde se meteu quando aceitou. Entendeu? - Ele passou uma das mãos no meu rosto e retirou um fio de cabelo que fugia para perto da minha boca. - A saída está próxima, só temos que tomar o caminho certo para ela. - Balancei a cabeça, concordando.

Ele tinha razão.

- Que tal irmos à igreja no fim de semana? - Perguntei.

- Claro. - Ele beijou minha mão e voltei a me deitar no seu ombro.

Depois de alguns minutos parada, apenas apreciando a companhia de Diego e o fluxo de pessoas que entrava e saia da cafeteria, recebi uma mensagem de Cecilia:

Ceci: Seu irmão está saindo de casa agora. Ele está com o tal advogado xexelento

Ri com sua mensagem, mas continuei concentrada.

- Ceci está de olho no meu irmão agora. - Falei - Ele está com o advogado dele.

- Não vamos nos preocupar com isso agora. Que tal irmos ver seu emprego novo e depois uma casa, já que você não está afim de morar comigo? - Ri do seu bico enorme.

Ele se levantou e estendeu sua mão para mim. Aquela mão firme na qual eu estava me segurando muito ultimamente e que eu amava fazer isso.

Depois que eu peguei sua mão ele me puxou para mais perto e segurei seu braço até chegarmos ao carro. Sentei-me ao seu lado, no banco do carona e ele entrou em seguida.

- Então? - Suspirou. - Em que emprego pensou?

- Hum... - Pensei um pouco. - Acho que ser professora vai dar certo. Eu posso ser professora de inglês - Dei de ombros e sorri.

- Combina mais com você do que administrar uma empresa. Você parece mais animada sobre isso também. - Colocamos o sinto e então ele girou a chave.

- Eu sinto que Deus quer isso para mim - Sorri de leve, sentindo meu coração aquecer.

- Você já pensou em alguma escola? - Arqueei a sobrancelha e mordi o lábio inferior e ele riu de mim. - Parece que sim.

- O colégio da Maressa parece perfeito, não acha? - Balancei as sobrancelhas, mas pela expressão dele já sabia que vinha sermão.

- Amor, eu sei que quer ficar perto dela, mas lembra que não pode ficar muito perto. Ordem do juiz. Se você quebrar as regras vai complicar - olhei pela janela do carro antes de responder.

O preço de amar a CristoOnde histórias criam vida. Descubra agora