Alana narrando.
Maressa e eu já estávamos de pé, ela, colorindo em seu quarto e eu estava fazendo um coque olhando-me através do espelho que tinha no guarda-roupas de Maressa para receber meus novos ajudantes. Eu nunca me senti tão empolgada por contratar alguém. Claro, eu poderia ver Marcos, um amigo fiel de anos. Um amigo que eu também deixei, mas internamente eu sinto que ele já sabia disso.
Depois de terminar, me olhei atentamente mais uma vez. Uma saia lápis preta que ia até meus joelhos e um cropped que não deixava muito a mostrar e uma regata preta por cima, com alguns detalhes florais. A regata também era preta e transparente. Coloquei um salto alto e respirei fundo.
A campainha tocou. Irracionalmente soltei um leve grito, fazendo Maressa se dispersar e me olhar confusa.
— Mamãe, você tá com do? – Perguntou ela, exalando preocupação.
— Não, amor. Não estou com dor. – Vou até ela e beijo o topo da sua cabeça.
— Porque ocê gritou? – Continuou indagando.
— É que eu estou tão feliz que não consegui conter dentro de mim, por isso o grito. – Agachei perto dela e coloquei o lápis cor de rosa que havia caído no chão em cima da cama novamente.
— Ah! – Ela gritou, me dando um susto. — Eu tamem to feliz mamãe – Sorriu gentilmente.
— Tudo bem meu amor – Sorri. — Fique aqui que eu vou atender e dar instruções aos novos ajudantes da mamãe. Quando eu te chamar você vai, tudo bem? – Ela apenas acenou com a cabeça, afirmando.
— Fica tranquila mamãe, eu sei me cuidar. – Sorriu mais uma vez.
Cada vez que ela responde algo eu me encanto com sua esperteza.
Fui até a sala com meu celular e verifiquei a mensagem do senhor Álvaro confirmando a ida de todos. Realmente todos aceitaram trabalhar comigo, principalmente Marcos. Será que ele já havia se ligado que o endereço era da minha casa ou se passou tanto tempo que ele já não sabe onde eu moro mais?
De tão nervosa não consigo parar de andar pela sala. Quando enfim a campainha tocou, meu coração já não estava mais dentro de mim, certeza que podia sentir ele na mão de tão ansiosa e nervosa que estava.
Então eu fui a porta e a abri, fui andando até o portão, respirei fundo e abri.
— Bem-vindos à minha casa. – Abro espaço para eles entrarem.
— Obrigado senhorita Sanchez. – A mulher com longos cabelos negros, me cumprimentou. Pela foto que eu já havia visto, parecia Liliane, a mais velha dentre eles.
— Ah, por favor. Me chame de Alana. – Peço e ela logo esboça um sorriso.
Olho por cima de seu ombro esperando ver Marcos passar pelo portão.
— Senhorita, espero que nos perdoe, mas... Carlos e Marcos vão chegar atrasados devido ao transito. Nós duas morávamos mais perto, então... – Ela se explica.
— Ah... – Não pude deixar de esconder minha decepção — Tudo bem. Eu entendo. Eu aproveito e mostro o quarto de vocês duas.
Graças a Deus minha avó preparou dois quartos com duas camas cada. Eu fiquei realmente aliviada com isso. O quarto dos homens era um tanto maior então tinha uma cama beliche.
Entramos na casa. Elas não pareciam muito confortáveis no começo, afinal, eu era a desconhecida patroa ainda. Mas com um pouco de gentileza e conversa agradável, a tensão que estava sobre seus ombros foram se esvaindo aos poucos. Elas começaram a falar mais e até jogamos conversa fora.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O preço de amar a Cristo
EspiritualO primeiro livro se chama "O preço de ser cristã". Leiam primeiro ele e depois aqui. Agora, de volta ao Brasil depois de alguns anos, Alana terá que enfrentar o desafio de conseguir o perdão de seus amigos, ela também vai experimentar mais uma vez...