Capítulo 19 - Não tenha medo ❤

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Diego narrando.

Depois de bastante tempo, Alana estava fraca depois de tanto gritar. Eu não sabia que podia existir tanto desespero em uma só pessoa. Pablo realmente causou uma ferida profunda nela que, obviamente, ainda está aberta e sangra muito.

Depois de muito chorar, ela adormeceu no meu colo. Ou desmaiou. Eu não sei ao certo, mas ela parecia muito aflita somente por sua expressão, Sabrina me indicou o quarto dela e eu a coloquei na cama.

— O que aconteceu com você? – Passei a mão pelo seu cabelo.

Em seu rosto há tanto medo quanto ódio. Quem pode culpa-la? O próprio irmão inferniza a vida dela e não parece querer "paz" como disse. Só se for uma paz falsa que mascara raiva por ela. Eu ainda não acredito que a justiça liberou ele depois que apenas sete anos, ele merecia muito mais.

Depois de ficar alguns minutos e ver que ela não ia despertar tão cedo, decido ir embora, mas quando vou me levantar a mão dela segura a minha então eu a miro, ela estava abrindo seus olhos verdes que estavam cobertos de tristeza.

— Você está se sentindo melhor? – Pergunto, voltando a me sentar.

— Não vá embora. Como colega de classe... Por favor, fique aqui por um tempo. – Mas uma lágrima caiu de seu rosto.

Eu não sei mais o que sinto por ela, mas agora, eu tenho certeza que não é raiva e nem desprezo e sim, compaixão. Eu queria bater muito no Pablo, mas eu sei que isso é algo que não ia resolver nada essa história, a briga deles está além do que eu ou qualquer pessoa possa fazer. Só Deus poderá ajudar ela agora.

— Está bem. Como um colega de classe preocupado, eu fico com você. – Tiro meus sapatos e estico meus pés em sua cama. Fico sentado enquanto ela fica deitada do lado dela e segura firme minha mão.

— Diego... – Ela me chama e eu a encaro, mas ela segue de olhos fechados.

— O que?

— Eu estou com medo. – Ela limpa seu rosto com seu braço, as lágrimas insistiam em sair dos seus olhos.

— Não tenha medo. Eu estou com você. – Digo, mesmo que por impulso, essas palavras eram sinceras.

— Você é um bom colega de classe. – Ela sorri bem de leve, mas triste ainda.

Continuo acariciando sua cabeça e deixo o silêncio preencher o ambiente. Depois de alguns minutos percebo que ela realmente adormeceu. Me pergunto o que vai acontecer com ela daqui para frente?

Quando acordo, percebo que o dia estava clareando. O céu estava um tanto escurecido e o sol ainda não tinha nascido. Olhei para o relógio na mesa de canto de Alana e vi que não eram nem seis da manhã. Ela ainda estava dormindo e minha mão continuava com as dela. Bem lentamente eu tiro sua mão e saio lentamente da cama dela, pego meus sapatos e de fininho saio do quarto.

Respiro fundo.

No bolso de trás da calça pego meu celular e vejo os milhares de mensagens de Lorena, Helena e Rebecca. Envio uma mensagem para cada uma delas dizendo qualquer desculpa. Peço a Arthur que me cubra dessa vez dizendo que eu estava com ele. Já acordado ele me responde rápido concordando, mas claro que quer saber o que houve.

Quando chego na sala, sinto uma mão no meu ombro e me assusto.

— Desculpe senhor Fontenelle.

— Tudo bem. Liliane, não é? – Ela afirma com a cabeça.

— A senhorita Alana está bem? – Questiona e vejo real preocupação em seus olhos.

— Ela está suportando. Ela está dormindo bem, quando acordar faça ela comer algo. – Digo. — Ah, e a Maressa onde está?

O preço de amar a CristoOnde histórias criam vida. Descubra agora