Alana narrando.
Arthur me levou para casa e em seguida foi ver o porquê Lorena havia enchido seu celular com mensagens. Assim que coloquei os pés em casa, mandei mensagem para Diego pedindo para que trouxesse Maressa, enquanto esperava, coloquei uma música e fui adiantar trabalho da escola.
Fiquei quase uma hora ajeitando as coisas até Diego chegar com Maressa. Ela estava com uma casquinha de sorvete na mão, olhei para Diego e ele deu de ombros.
- A menina é convincente. - Ergueu as mãos, em inocência.
- É quase inverno e você está dando sorvete para ela? - Ri de sua atitude. - Temos que conversar sobre isso. - Falei.
- Mamãe, o papai me levou ao cinema! - Ela ficou animada.
- Ah é mocinha? Fico feliz que tenha se divertido, agora vá lavar o rosto e trocar de roupa. - Digo e ela vai correndo para o quarto.
- Que tal... - Mirei Diego - Que tal nós três passarmos o resto do dia juntos?
- Eu não vejo porquê não - Coloquei minhas mãos em seu rosto e o trouxe para perto para lhe dar um beijo.
Foi o que fizemos o resto do dia. Peguei um jogo de tabuleiro e a comida que tinha sobrado da festa surpresa - que não era muito, mas suficiente - e colocamos na mesa de centro, sentamos no chão e brincamos por algum tempo.
Maressa parecia feliz em estar conosco, então eu também estava. Respirei fundo e olhei para os dois. Queria que minha vida fosse assim para sempre. Calma e cheia de amor, eu podendo estar com minha filha e Diego o tempo todo ia ser perfeito, meu coração é tão desejoso por isso. O que eu não faria para ter esse momento tranquilo parado no tempo e o vivesse eternamente? Acho que ia querer fazer tudo o possível.
Para ter isso eu teria que erguer minha cabeça e continuar na minha luta para desmascarar meu irmão. Porém algo me diz que não vai demorar muito para o Senhor me dar essa vitória. Eu sei que Ele está comigo e eu não devo temer.
- Você está roubando, papai! - Maressa ria sem parar de Diego.
- Eu? Eu não. - Respondeu ele fazendo cócegas nela.
Foi então que meu celular tocou e eu levantei para ir atende-lo. Era a foto de Sabrina na tela, então não pensei duas vezes.
- Alô?
- S-S-Senhora... Alana... - Sua voz estava tremula, o que fez meu coração disparar.
- Sabrina? Está tudo bem? O que houve? - Perguntei e Diego olhou diretamente para mim.
Ele falou algo para Maressa e se aproximou de mim, puxando-me para o quarto. Coloquei no alto-falante.
- A S-Senhora p-pode vir aqui? É que... - Ela choramingou. - Eu não.... Eu não sei o que fazer.
- Sabrina, o Pablo te fez alguma coisa? - Diego perguntou, pegando o celular da minha mão e aproximando dele.
- N-Não... Não foi comigo, mas estou com medo. - Sua voz estava embargada e dava para perceber o tamanho do medo em sua voz. - A senhora Karen está comigo e ela pede que venham. P-Por favor...
- Nós vamos chegar aí o mais rápido possível! - Digo a ela que continuava chorando.
- V-Venha logo... - Antes de eu poder responder, a chamada finalizou.
Eu tentei ligar de volta, mas ela não atendeu, o que nos restava era correr para lá.
- Alana, eu vou na frente e você fica aqui e pede para alguém vir olhar a Maressa - Ele me deu um beijo rápido e saiu as pressas.
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O preço de amar a Cristo
SpiritualitéO primeiro livro se chama "O preço de ser cristã". Leiam primeiro ele e depois aqui. Agora, de volta ao Brasil depois de alguns anos, Alana terá que enfrentar o desafio de conseguir o perdão de seus amigos, ela também vai experimentar mais uma vez...