"amo a forma que você me fita.
Que coloca meus cabelos atrás da minha orelha, mesmo toda vez eu brigando com você para não o fazer.
amo a atenção que você me dá quando começo a falar das minhas coisas favoritas. amo a forma que você sempre dá um jeito de me elogiar e sorri."
— ReajaComAmorPassado
Estou esperando meus pais na faculdade.
Eu marquei com eles que, durante essa semana eles iriam me pegar.
Sentada em um banco de madeira, aproveito para ler um pouco.
Até que meu celular toca. Me frustrando por perder a melhor parte do livro.
— princesa, você tem certeza que não vai aceitar uma carona, de volta para casa? — ele fala super animado como sempre.
— Não Ethan. Obrigada! Mas eu disse que esperaria meus pais.
— Certo. Mas você que sabe... — Ele desliga.
Ethan está implicando comigo a mais de três semanas. Tudo por causa da minha carteira de motorista, que tirei a pouco mais de um mês.
Ele quer me ver dirigindo. Mas eu já disse que tenho medo.
Meu celular toca de novo.
O atendo cansada de Ethan e suas brincadeiras sem fim.
— vai a merda e me deixa em paz!
— Se você não queria que eu ligasse, era só falar apressadinha.
— Bruce? — minha voz sai quase como um sussurro.
— estava esperando por outra pessoa?
—Ah, não. — digo, confusa.
— onde você está? — ele pergunta.
— estou... — penso antes de responder, por ainda está abalada com sua ligação. — esperando meus pais. Num banco do lado de fora da faculdade.
— Estou indo. — ele diz e por fim desliga.
Bruce sempre foi de fazer o que entendia. Na hora e do jeito que ele quisesse.
Depois de dois minutos ele chega.
— Oi.
Ele diz se aproximando.
Seu perfume como sempre vem até mim, antes de Bruce ficar ao meu lado.
Ele estende a mão em minha direção, me tirando do banco.
Juntando nossos corpos em um abraço inesperado.
Quando seus braços se cruzam ao redor de minha cintura, eu não sei nem como o abraçar.
Esse abraço, demora mais do que o necessário.
Me desestabilizando, inteiramente.
Sua presença sempre causou isso em mim.
Minhas pernas estão prestes a fraquejar e eu decido me sento, para ao menos não mostrar o que poder que ele tem sobre o meu corpo.
Ele apenas me encara, como suas íris escuras. Fazendo meu coração quase parar de imediato.
Então Bruce pega uma mecha do meu cabelo e a coloca atrás de minha orelha.
Me causando repentinos arrepios.
— eu passei a semana toda pensando em você... — ele diz sério me olhando fixamente.
Eu desvio o olhar para a rua, para assim não deixá-lo me ver corar.
Ele não pode saber o quanto sou fraca só em tê-lo por perto.
Engulo em seco.
Não sei o que dizer, muito menos o que pensar.
Minha cabeça não está mais aqui.
— Você gosta de passar muito tempo sozinha não é?
— sim. — digo com um sorriso fraco. Desviando meu olhar do seu diversas vezes.
Se ele continuar a me olhar assim eu vou acabar me entregando.
Se é que eu já não me entreguei.
— Gostaria de conhecer seus pais. Eles se parecem como você?
— Eu não sei... Mas todos costumam dizer que eu me pareço com minha mãe.
— então ela deve ser muito bonita. — ele diz com a voz mais suave dessa vez e como sempre não perdendo o contato visual, comigo em nenhum momento.
Dessa vez é inevitável. Sinto meu rosto esquentar novamente com mais intensidade.
Então fica um silêncio constrangedor.
Eu só consigo sentir meu coração bater, de forma frenética.
Até que meus pais chegam e eu nunca estive tão grata em toda minha vida.
— Mas já? — ele diz se levantando e apertando minha mão.
Dou um sorriso sem graça, me levantando.
— então, até logo apressadinha... — ele dá um de seus sorrisos que me desestabilizam e beija a mão à qual estava segurando, como forma de despedida.
Então eu estro no carro e o vejo me observar sentado no banco onde estava conversando comigo.
E eu enfim respiro.
Sem em dar conta de que estava prendendo a respiração.
Porque com Bruce sempre foi assim.
Eu nunca me senti eu mesma, ele sempre me fez me sentir, ser outro alguém.
Talvez uma versão melhor, ou uma versão pior...
Mas confesso que eu gostava da forma que meu corpo reagia à ele.
Espero que estejam gostando.
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Até breve!
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Amor Que Habita
RomanceNós tínhamos tudo para dar certo. Mas parece que eu me enganei. Não se pode acreditar num amor cegamente, por mais perfeito que ele pareça. Mas o nosso amor, ainda habita em mim. E eu me culpo amargamente por isso. PLÁGIO É CRIME PROIBIDA PARA...