Dezoito

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Passado

Dou de cara com olhos azuis e uma cabeleira loira.

Ela avança com um sorriso no rosto em nossa direção.

—oi! Vejo que o casal está aproveitando o momento a sós. — Alysson diz olhando especialmente para Bruce, que bufa.

— oi Alysson. — digo olhando para Bruce que não se incomoda em mostrar seu desprezo em vê-la.

— Apolo você se senta ao lado de Bruce e eu vou me sentar ao lado da minha amiga. — ela diz e Apolo que não falou nada desde de quando chegou, que se senta ao lado do meu lindo moreno. Ambos parecem incomodados.

— Então, vocês vão para a festa na casa do Jimmy? — ela pergunta enrolando seu cabelo no seu dedo e continua a secar Bruce descaradamente.

— nós não temos certeza ainda. — digo

— ah, mas vocês não podem perder. Sabem que as festas de Jimmy são as melhores. — ela diz muito animada.

— será que você não sabe falar de outra coisa sem ser de festas? — Bruce diz com um olhar mais irritado que antes.

— O problema não é meu, se vocês não sabem se divertir. — ela diz fazendo biquinho.

— O problema não é meu, se você é uma garota fútil. — Bruce rebate o faz a tensão piorar e Alysson arregalar seus olhos, mas antes que ela diga algo Apolo agarra seu pulso e a puxa para fora dali.

— qualquer coisa se vocês mudarem de ideia, é só avisar. — Apolo se pronuncia.

— ei! Eu ainda não terminei. — ela puxa seu braço e vem de volta à nossa mesa.

— me digam que vocês vão. — Bruce e eu não entreolhamos e eu me deixo por vencer.

— Vamos. — olho para meu moreno mas ele evita olhar para mim e eu sei o porque.

Ela solta um grito e diz

— nos vemos à dez.

Quando eles saem Bruce expira profundamente, passando os dedos em seus olhos, ficando assim uns segundos.

— Como pode uma pessoa estragar a noite de alguém tão rápido? — ele continua evitando meu olhar.

O silêncio se molda entre nós e vai me consumindo aos poucos. Minha respiração começa a ficar pesada e meu coração acelera numa rapidez surreal.

Pela a primeira vez Alysson depois de anos de amizade com ela, a sua presença me deixa incomodada e isso não é legal.

— Vamos voltar para casa. — digo e Bruce se levanta sem esboçar nenhuma faísca de afirmação.

[...]

— por que você acha que ela faz isso? — pergunto para Bruce que está sentado comigo no sofá da minha sala. Estamos assistindo um filme qualquer. Uma de suas mãos está apoiada em minha perna e a outra está com o controle remoto. Como está fazendo muito frio pegamos o meu lençol e o colocamos sobre nós.

— Eu não sei. — ele olha para mim para se certificar de que estou ouvindo atentamente.

Respiro fundo e coloco minha cabeça em seu ombro.

— Eu não sei como sair dessa amizade tóxica. — pego algumas pipocas que estão em um pote no meu colo.

Bruce tira a mão que estava em minha coxa e a coloca sobre meus ombros.

— Não se culpe. Você não tinha como saber antes.

— Antes de você aparecer. — solto um riso, olho para Bruce que franze a testa. — Antes de você ela era uma amiga boa. Mas depois que você apareceu ela se mostrou diferente.

— o que? Ela passou a ter ciúmes de você?

— Não, Bruce! — rio e bato de leve em seu peito, logo percebo seus músculos firmes. — ela não gosta de mim desse jeito. Na verdade não sei se ela realmente gosta de mim.

— o que importa é que vamos saber lidar com ela. Não vamos deixar que isso fique entre nós. Tudo bem? — ele pega meu rosto com uma de suas mãos.

— Tudo bem. — afirmo e Bruce me dá um beijo.

— Você é especial Charlotte. — ele diz isso entre um beijo e o outro. Até que os beijos antes lentos vão se intensificando e suas duas mãos agora seguram meu rosto, descem pelo meu corpo. Abro minha boca e adentro a sua com minha língua.

Bruce então coloca uma de suas mãos em minha cintura aproximando nossos corpos e se inclina sobre mim, minhas mãos estão entre seus cabelos e sua nuca, aproximando mais a intensidade de nossos beijos.

Sem me dar conta ele já está sobre mim e seu corpo pesado faz com que meu corpo fique eletrizado.

Bruce tira sua camisa e na mesma pressa puxa a minha. Com o maior contato de nossos corpos eu arqueio minhas costas e solto um gemido entre seus lábios, fazendo Bruce aumentar a força dos seus beijos, descendo pelo meu pescoço, mordiscado com força, o que sei que irá ficar a marca no dia seguinte. Suas mãos descem do meu pescoço para meus seios.

— Ah! Você não sabe o quanto eu esperei para ter você só pra mim.

Me delicio passando minhas mãos meu seu abdômen definido, guiando para o zíper de sua calça.

— Docinho...

— Cala boca Bruce. — digo puxando sua nuca e seus cabelos, fazendo-o soltar um gemido abafado em meus lábios eu me deixo levar pelas suas carícias e seus beijos.

Amor Que HabitaOnde histórias criam vida. Descubra agora