Vinte e cinco

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"Amar é muito melhor do que ter razão"

[...]

"Joga tua verdade toda na minha cara
Mas antes de ir embora eu te impeço para
E me beija com raiva"

Jão - (me beija com raiva)

A mão de Bruce se afasta de minha perna, eu enfim posso respirar.

Estamos sentados aos redor da mesa de centro da sala de estar da sua casa, ainda falando sobre o trabalho que a professora de patologia nos passou.

Fazer trabalhos em grupo é uma das inúmeras tarefas que temos que fazer quando se trata de um curso que remete à saúde.

Estamos discutindo qual deve ser o motivo pelo qual o paciente sofreu parada cardíaca.

Eu digo:

— primeiro que todo mundo quando morre tem uma parada cardíaca. Então vamos desde o início.

— tudo bem. — diz Jimmy jogando os papéis na mesa. — Eu acho que poderia ser alguma coisa ligada ao fato de ele ser atleta.

— que nem o atleta que morreu por saber que miocardiopatia hipertrófica é perigoso e mesmo assim ele morreu. — Bruce diz tirando as palavras de minha boca.

— sim. Pode ser isso também.

Depois de uns minutos discutindo qual seria a causa da morte do paciente, eu me dirijo a cozinha parar beber água. Afinal de contas, passar duas horas sentada no tapete da sala, me deixou cansada de tanto falar sobre o caso.

Pego o copo, e a garrafa d'água sinto mãos grandes tocarem minhas costas.

— Preciso conversar com você. — Bruce diz sério.

O que ele quer?

Eu afirmo em um sinal com a cabeça e o sigo

Ele caminha em direção a duas portas grandes de madeira escura e abre umas deles. O cômodo parece ser um escritório.

— Não tem ninguém em casa? — pergunto assim que ele fecha a porta atrás de mim, tentando mudar a tensão no ambiente.

O que se pode esperar de nós dois em um cômodo sozinhos?

— Não. Meu pai viajou a trabalho e a Mei viajaram.

— Como a Mei está?

— Bem. — ele caminha em direção à mesa do possível escritório e pega um porta retrato que mostra iam moça de pele branca e cabelos extremamente lisos — Eu ainda me lembro como se fosse hoje o dia que ela veio aqui em casa.

— como assim?

— A Mei foi adotada, quando ainda era um bebê chorão. — ele ri consigo mesmo — ela cresceu rápido.

— Eu entendo. — digo de forma sincera

— Me desculpe eu não quis tocar no assunto dessa forma.

Amor Que HabitaOnde histórias criam vida. Descubra agora