À luz vinda da janela aberta me cega por uns segundos após eu abrir meus olhos. Incomodada, resmungo e puxo o lençol, cobrindo minha cabeça.
Até que sinto um braço firme rodear minha cintura e me puxar para trás com força. Hálito quente sobra na parte de trás da minha orelha o que causa leves arrepios.
Eu me viro para encará-lo e ele me recebe com um beijo em meu nariz e um belo sorriso estreitando os olhos, o que o faz deixar mais bonito.
O sol que entra pela a janela reflete em seu rosto, me dando uma maior visibilidade a sua beleza matinal.
Seus cabelos castanhos ficam mais claros, ao encontro dos reflexos do sol e suas íris, assumem uma cor chocolate.
Como é possível alguém ser tão belo ao acordar?
— Bom dia docinho.
— Bom dia! — retribuo o sorriso.
— Como você dormiu? — Bruce pergunta colocando de forma delicada uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.
— bem! E você?
— melhor impossível! — ele diz me puxando ainda mais, acomodando meu rosto na curva de seu pescoço.
— nos esquecemos de fechar a janela ontem à noite. — falo e Bruce ri, soltando o ar pelo o nariz.
Eu inalo o seu cheiro delicioso e beijo no mesmo local. Bruce retribui beijando minha cabeça.
— você tem um cheiro delicioso. — digo. Bruce se afasta um pouco para analisar meu rosto e em um golpe muito rápido ele fica sobre meu corpo.
— e você é uma delicia por inteiro. — coro por uns instantes enquanto ele sorri — pronta para se divertir na partida de golfe amanhã?
— e eu tenho outra escolha? — digo sorridente
— acho que não. Se você não fosse eu iria te forçar a ir, só para ficarmos mais tempo juntos, então... — Bruce beija minha testa — vou tomar um banho. — ele diz se levantando eu afirmo.
Enquanto eu ouço o barulho da água caindo, resolvo analisar seu quarto.
Vejo varias fotos de Bruce e Mei. Eu admiro muito a amizade deles. Apesar de serem irmãos eles são muito amigos. Isso me faz lembrar de meu irmão.
Tenho saudades das nossas brincadeiras, de como ele me fazia rir quando eu estava chorando por ter andando de bicicleta e lascado meu joelho no asfalto.
Enquanto meus pais viviam em pé de guerra, era ele quem me distraia.
Eu me lembro como se fosse ontem, em que ele dizia que tudo iria ficar bem e que aquilo tudo iria acabar logo.
Ele ia até meu quarto e ficávamos em baixo do edredom. Ele dizia que aquele local era secreto e mágico. Tudo que você desejasse ali, iria se realizar um dia.
Meu irmão dizia que bastava fechar os olhos e tapar os ouvidos.
Assim eu não ouvia meus pais no andar de baixo. Eu não ouvia nada além das batidas de meu coração e aquilo me acalmava.
Escuto a porta do banheiro se abrir e vejo Bruce, vir até mim.
Estou sentada na beirada da cama, ele então se agacha para fitar meu olhos.
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Amor Que Habita
RomanceNós tínhamos tudo para dar certo. Mas parece que eu me enganei. Não se pode acreditar num amor cegamente, por mais perfeito que ele pareça. Mas o nosso amor, ainda habita em mim. E eu me culpo amargamente por isso. PLÁGIO É CRIME PROIBIDA PARA...